Calor e Neve

98 8 10
                                    

As gravações do filme começaram e ficamos hospedados em um Hotel próximo a uma estação de Esqui em Pittsburgh, PA. Quase toda a trama do filme se passava ali, e Rara estava adorando poder esquiar ou tentar, além da bela vista que tínhamos.

- O que tá rolando entre a gente?

Evan me abraçou e eu me aconcheguei em seu colo. Não era confortável e familiar como o do Harry, mas eu precisava ultrapassar essa barreira. Nós ficamos algumas vezes, e agora estávamos a beira da janela observando as pessoas se divertindo na imensidão branca lá fora.

- Você quer uma nomenclatura? - tentei sorrir, sem sucesso.

- Algo próximo funciona. - ele beijou minha cabeça.

- Estamos curtindo, serve?

Eu não queria nada sério com ninguém. Não estava pronta para me atirar em um relacionamento por mais magoada e quebrada que fosse.

- Eu gosto. Depois do meu último fracasso, não quero compromisso tão cedo.

- Eu poderia dizer o mesmo.

Evan namorava a sobrinha da Júlia Roberts. Pelo que consta os tablóides, ela o espancou e foi parar atrás das grades. Não tive coragem de perguntar sobre a veracidade da história.

- Então chegamos a um acordo.

- Parece que sim. - forcei um sorriso que ele não pôde ver.

Eu estava encaixada entre suas pernas, vendo sem ver. Os pensamentos voavam para Harry e no fato de que ele estava com a tal Kendall. Doía tanto. Só queria saber porquê ele escolheu esse rumo, porque me desprezou assim.
Virei o rosto para que Evan me beijasse, enrolados em uma manta, com uma lareira a nos aquecer. O cenário perfeito, pena que eu nunca poderia sentir nada por ele, e talvez o mesmo se aplicasse de sua parte.

- Ok. Eu preciso ir ver a Rara. Ela me pediu para mostrar suas habilidades no snowboard.

Me desvencilhei de seus braços, ainda mais com o rumo de meus pensamentos.

- Eu vou mais tarde. Preciso organizar algumas coisas.

- Ok.

Lhe dei um beijo casto e segui para o hall de entrada.

Harry falava todos os dias com Rara pelo Skype, enquanto eu o evitava. Não recebia suas chamadas e não respondia suas mensagens. Era tão difícil aceitar que eu não tinha importância para ele.
Não conseguia compreender os motivos por trás de tanta jura de amor se não eram reais. Isso me machucava e me fazia perder o rumo das coisas cada vez que pensava sobre. Sempre que lembrava de suas palavras, de nós dois juntos, parecia não existir espaço para mais ninguém. Bom, pra mim não, acho que era um sentimento unilateral.

"- Mari, eu te amo e espero o tempo que for preciso para isso, tudo bem?

Ele me beijou com suavidade, o corpo cobrindo o meu. Eu estava só de sutiã e calcinha e Harry ainda vestido.

- Eu quero que seja agora.

Não era mais capaz de controlar o desejo que ele despertava. Eu pensava mais em ter sexo com ele do que em qualquer outra coisa ultimamente e isso era de longe não saudável.

- Você me quer agora? - ele apertou meu seio e eu gemi em sua boca.

Assenti bem devagar.

- Tem certeza?

- Absoluta. - sussurrei sem ar.

Eu o queria. Eu o amava e queria ser dele. Seus toques e suas palavras já não eram suficientes, eu queria ultrapassar nossos limites. Queria me unir a ele e me entregar à ele porque eu sou dele, não importa o que falem sobre sermos novos e jovens e que tudo é passageiro. Ele não será, ele sempre terá marcado minha alma e agora eu quero que ele marque meu corpo.
Seus beijos se intensificaram e suas mãos percorreram meu corpo. O ajudei a retirar a camisa e desabotoei suas calças, onde ele baixou junto com a cueca. Eu já tinha visto e sentido seu comprimento em minha boca, mas imaginá-lo em mim me gerava um tanto de nervosismo.
Harry retirou minha lingerie e sua boca e língua trabalharam meus pontos de prazer. Meus mamilos cresceram a medida que ele os sugava e alongava com seus dedos ágeis. Ele mordeu meu pescoço e um dedo tocou minha vagina, completamente encharcada de tesão.

- Droga, você tá pronta pra mim. Tão rápido babe... - sua língua invadiu minha boca e o dedo massageou meu clitóris. - Eu vou devagar, e você me diz se quiser que eu pare.

Engoli em seco e afirmei com a cabeça.

Harry segurou o membro duro e o deslizou para cima e para baixo em mim, lambuzando-o com meu liquido. Ele então encaixou a cabecinha na minha entrada e eu abri mais as pernas para recebê-lo.
Ele se empurrou um pouco e comecei a sentir os efeitos da intrusão. Uma dor se alastrou por minha carne, queimando e me fazendo morder o lábio.

- Quer que eu pare?

- Não, por favor...

Eu queria que ele fosse logo e que aquela dor acabasse. Senti quando suas bolas bateram em mim e ele se manteve parado. Ambos suados, ele pelo esforço, eu pela dor.

- Posso me mexer amor?

- A - acho que sim.

Seus quadris foram para trás e para frente, bem devagar e Harry grunhia alto. Gemidos roucos escapavam de seus lábios rosados e aqueles sons e sua cara de prazer que eu nunca tinha visto tão de perto, me distraíram do ardor. Ele fechou os olhos e balançou contra mim, parecendo se esforçar para se conter.

Em uma das vezes ele foi mais fundo e um quase rugido arranhou sua garganta.

- Eu vou gozar amor. Eu... Porra Mari...

O corpo dele se retesou e Harry teve alguns espasmos, grudando nossos sexos com certa força. Ele caiu mole em meu peito, respirando rápido e com força. Ele se retirou devagar de mim, senti seu líquido quente escorrer por minhas pernas.

- Desculpe se te machuquei.

- Não foi tão dolorido quanto pensei que fosse. - amenizei.

Ele sorriu com doçura, o rosto suado com os cabelos grudados na testa. Ele era tão lindo e tão meu.

- Eu te amo. Esse foi um dos melhores dias da minha vida.

- Também te amo. - bati em sua bunda nua. - Vem tomar banho comigo.

Ele me ajudou a levantar, me abraçando e beijando meu pescoço. Mirei na cama, onde uma mancha vermelha de sangue pairava na mesma. Teria que me livrar disso depois.

Fomos abraçados para o banheiro, gerando um desastre pelo quarto. Entramos juntos e ele me beijou suave já dentro do box.

- Queria te foder no chuveiro. - sussurrou em minha boca.

- Haverá tempo. - pisquei divertida, sentindo o ardor lá embaixo dizendo claramente que hoje não ia rolar.

Liguei a água quente e ele me abraçou, unindo nossos lábios e acendendo meu corpo, embora eu não estivesse pronta para outra sessão, ainda haviam muitas coisas que podíamos fazer com as mãos e a boca."

- Então foi aqui que você se escondeu.

Parei quase no fim da escada. Sendo despertada dos meus devaneios sexuais, onde eu tinha certeza que minhas bochechas estavam coradas.

Olhos verdes questionadores avaliavam meu choque.

🔜

Sei que os caps estão menores, mas isso é pq estou tentando att every day. Bjs suas lindas. 💟

PARA SEMPREOnde histórias criam vida. Descubra agora