- Oi. - suspirei, largando as malas ali mesmo.
- Me acompanha? - ele levantou o copo rapidamente e o pôs de volta na mesinha.
- Acho que estou precisando mesmo.
Me aproximei devagar. Já que não tinha taça, peguei a garrafa e virei sem saber de que bebida se tratava, pois não me importei em olhar o rótulo. Descobri com gosto ser um Jack Daniels.
- Foi mal invadir teu quarto. A Lea me ligou mais cedo e fiquei ansioso. Eu... Sinto muito por tudo isso.
Ele mordeu a boca, lidando com o restante da bebida.
- As coisas vão se resolver, não foi sua culpa. Eu me preocupo mais com você. As pessoas são tão bárbaras e maldosas. Estou evitando a internet igual o diabo a cruz.
Sentei ao seu lado, com alguns centímetros de distância.
- Eu meio que estou acostumado, só acho um saco porque parece que eu não sei me cuidar. Todos me enchem o tempo inteiro, eu sou dono da minha vida, eles esquecem.
O cenho franziu, enrugando sua testa. Ele se encostou no sofá, coçando os olhos.
- Eu acho que você tem que dormir um pouco. Seus olhos estão cansados.
- Eu estou exausto. - bufou.
- Pode ficar aqui se quiser. Eu durmo no sofá cama. - propus. Ele tinha um quarto. Mas preferia ficar de olho, e era uma desculpa para tê-lo perto.
- Mas... - protelou, se inclinando em minha direção.
- Harry não. É sério. As coisas não estão certas, você estava tão nervoso que desligou na minha cara e não sabe como me sinto ao ser informada que seu manager e quase todo mundo fala que quero lhe aplicar um golpe.
Não era a intenção descarregar meus anseios, o fiz pela situação em si e por me sentir um pouco sufocada com os mesmos.
- É um completo absurdo. Me desculpe por aquilo, eu não consegui me concentrar em nada. - esfregou a mão no rosto com certa grosseria.
- Eu vim até aqui para me despedir de vocês. Contra meu empresário e suas expectativas. Não precisa pedir desculpas, eu compreendo. - amenizei.
Pus minha mão em sua coxa por reflexo. Ele a segurou junto a sua no lugar.
- Isso é a única coisa que me deixa feliz no momento.
Ele se juntou a mim e pôs nossas mãos enlaçadas no peito.
- Não estou no direito de te pedir nada, por isso mesmo não vou pedir isso.
Com um movimento rápido ele se chocou a mim. Seus labios buscaram os meus, que a princípio pela surpresa ficaram imóveis.
- Me beija Lana, por favor. - sussurrou em minha boca.
Seus labios se moveram nos meus e eu acordei. Retribuí o ato, agarrando seu pescoço buscando mais calor de sua pele. Eu queria que ele apaziguasse a dor que dilacerava minha garganta.
Sua língua com toque de whisky me possuiu, e se antes alguma coisa perturbava meu juízo, agora tudo estava longe de nós. Impermeável por nossa barreira conjunta. Retirei sua camisa, ele desabotoou a minha, deixando-a em meu corpo. Nossos toques urgentes incendiavam a pele, suas mãos eram perfeitas para os meus seios, ele os segurava com um carinho rude, apertando-os por cima do sutiã. Ele foi me descendo pelo sofá, até tombar e sobrepujar seu corpo no meu, onde abarquei sua cintura com as pernas. Friccionando sua calça contra minha legging fina.- Vamos... Parar por aqui. - minha voz saiu entrecortada por gemidos enquanto ele usava meu pescoço para deixar marcas.
Ele me dirigiu um olhar confuso e um suspiro frustrado.
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PARA SEMPRE
Fiksi PenggemarMarissa Meyer, tinha apenas dois anos de idade quando teve de ir morar na Europa com a tia, que a adotou após a morte do pai e abandono da mãe. Aos quase dezessete anos retornou ao Brasil, após ser humilhada e injustiçada publicamente na escola em...