Dinner

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- Tom. Que bom te ver.

Sorri-lhe.

Ele me pegou em um abraço apertado, como se não nos víssemos há anos, não meses.

- Continua maravilhosa Lan. Cheguei numa hora ruim?

- N - não. Entra. - cocei a nuca, levantando as duas sobrancelhas.

Ele carregava uma sacolinha da Apple, enquanto caminhava lentamente até a sala.

- Onde está minha afilhada?

- Ela está dormindo, mas daqui a pouco acorda. Quer beber algo? - ofereci.

- O que você tem aí?

- Como acabei de chegar, não muito, só vinho tinto. Senta aí, eu vou buscar.

Ele sentou, pondo a sacola ao seu lado. Olhando algumas fotos nos porta retratos.

Quando cheguei na cozinha, Harry mexia no estrogonofe, adicionando páprica eu acho, e... curry.

- Adoro curry. - o tirei de sua distração.

Ele sorriu de lado e tampou a panela.

- Eu sei. - ele passou para o balcão, terminando de arrumar a salada com tanto esmero que parecia ter desenvolvido TOC. - Quem era? - perguntou ao acaso, mas com uma pontada de interesse.

Cocei a garganta e me escorei no balcão, tentando soar casual.

- Tom Parker. - sussurrei e dei um pigarro involuntário.

- O quê? - ele parou o que fazia. - Ele já foi não é? - fiquei calada. - Não é? - insistiu.

Seus olhos verdes em fendas, com uma surpresa desagradável.

- Não. Ele veio me visitar e não posso expulsá-lo. Na verdade, vou lhe servir vinho. - fui um pouco ríspida.

- Isso não vai prestar. Louis e Zayn perdem o controle facilmente, pode ser um desastre. - bufou, apoiando as mãos no balcão.

- Cresçam. Só digo isso. Ele foi meu amigo por todos esses anos e foi o único. - exaltei o único. - Que não me julgou por qualquer coisa.

Passei por ele para pegar o vinho no armário. Sentia seus olhos queimarem minhas costas, sua respiração denunciava que não estava nem um pouco satisfeito.

- Ok. - ele levantou as mãos em rendição. - Eu tentei.

Harry atirou o pano de prato na pia e me acompanhou de volta para a sala. Senti sua mão tocar minhas costas, enquanto caminhávamos. Um sorriso presunçoso brincava em seus lábios quando o olhei, ele sabia que me afetava e fazia exatamente por onde.

- Aqui. - chamei a atenção de Tom, que olhava pela grande janela do apartamento, que dava vista para a rua. Ele soltou a cortina e seu sorriso morreu assim que viu Harry. Seus olhos vagaram rapidamente para a mão dele em minha cintura, e ele semicerrou os mesmos.

- Styles. - ele comprimiu os lábios em desgosto.

- Parker. - o outro foi curto e frio feito iceberg.

- Como vai? Onde estão seus companheiros do Trem da Alegria? - ah não. Eu não mereço isso.

- Muito bem. Eles devem estar por aí, ganhando os milhões de dólares que vocês não tem. - seu sorrisinho foi cruel. Crianças.

- Wow. É verdade, mas... Fazemos música porque gostamos sabe, não só pra comer menininhas inocentes e arrastar um baby squad que tem papais ricos para bancar suas atividades de recreação. - Tom continuou provocando.

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