16

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Já era dia vinte e cinco de julho. Aniversário de Helena. E a menina ia conseguir atingir a sua maioridade, que legal não?
Mia estava preparando uma festa super incrível para a filha. Não é todos os dias que se faz 16.
Helena estava experimentando o vestido em seu quarto. Mas a festa não ia ser daquelas chatas cuja aniversariante se veste igual uma princesa, ia ser mais do que isso.
Helena necessariamente não estava igual uma daquelas princesas que vemos em filmes, mas estava tão incrível quanto uma.
Vestia um vestido rosa e roxo, longo. E estava com os cabelos roxos trançados, a maquiagem estava perfeita.
Todas as meninas da idade dela, sonhavam em namorar Derik e por isso, todas as piranhas compareceram à festa de bom grado.
Elas deram encima de Derik enquanto ele conversava com a mãe de Helena.
Mas apesar de tantas meninas na cola dele, ele tinha apenas olhos para Helena, que estava sentada sozinha, esperando o suco ir até a sua mesa.
Ele decidiu ir até lá falar com ela.
-Sua festa está tão divertida. Por que tá com essa cara?
-Eu não tenho tantos amigos quanto gostaria de ter. A festa não está me divertindo.
-Deixa eu tentar melhorar esse astral. Não gosto de ver você com essa cara de cachorrinho triste.-Derik estendeu a mão. -Vamos dançar, cara. -Ele puxou Helena.
Derik pôs a mão na cintura de Helena, e começaram a dançar agarradinhos.
Derik olhava profundamente para Helena, suas pupilas chegavam a dilatar.
Todos saíram do meio da pista de dança e só restou Derik e Helena ali. O DJ tinha posto uma música romântica.
As piranhas da idade de Helena, olhavam com muita inveja. Assim, a metade delas foi embora.
Após a música ter acabado, Mia foi direto a direção de Derik.
-O que você fez ali?
-Dancei, ora.
-Com minha filha?
-Qual é o problema? Ela estava tão triste e sozinha...
-Todos pensaram que você e ela formavam um casal...
-Nós nunca seremos um casal. Nunca namoraria uma criança.
-Ela não pode mais receber o título de 'criança'. Completou sua maioridade hoje. Eu só peço que você não me troque, ainda mais pela minha própria filha.
-Que bobagem a sua! Eu nunca vou te trocar por mulher alguma, sua louca! Eu te amo. E nunca vou quebrar seu coração. Derik beijou a mãos de Mia.
Helena estava no barzinho que tinha dentro do salão de festas.
Derik foi até lá.
-Se divertiu?
-Bastante. Apesar de você ter pisado no meu pé algumas vezes...
-Desculpa. Eu não sei dançar. Sou todo atrapalhado... Sabe? -Derik sentou-se ao lado dela.
-O que houve entre você e minha mãe?
-Nada não. Sua mãe estava dando uma crise de ciúmes básica, apenas.
-Espero que ela não esteja brava comigo...
-Mas por que ela estaria brava com você? Você não fez nada de errado, ou fez?
-Eu não sei, eu não sei...
-Calma, calma. Vai ficar tudo bem. -Derik acaricia a mão de Helena. -Curta seu aniversário, não é todos os dias que a gente faz 16.
-Tem razão.
-Você tá esse tempo todo sentada aqui sem fazer nada?
-Sim. Ninguém me chamou para fazer nada.
-Sua felicidade não pode depender dos outros. -Vamos,  dançar.
Derik puxou Helena para a pista de dança.
Eles dançaram a noite toda.
Derik e Helena decidiram parar um pouco, e se sentaram no mesmo lugar de antes.
-Meus pés estão me matando. Que horas já devem ser?
-São umas quatro da madrugada.
-Ai meu Deus! Já? Era para eu ter ido embora já.
-Calma, calma. Eu levo você para casa.
-Derik passou a mão sob a mão de Helena. -Nós não vamos chegar tão tarde assim em casa, relaxe.
-Tem certeza?
-Claro!
Derik e Helena foram em direção ao carro dele.
Derik ligou o carro e eles foram para casa.
Chegando lá, Mia estava esperando os dois, no sofá. Inquieta.
-Ora, ora. Já sabem que horas são?
-Me desculpa, mãe.
-A festa já acabou assim que saímos.
-Tudo bem. Eu sei que Derik estava cuidando de você.
-Ele não precisa tomar conta de mim, sou de maior agora.
-Enquanto você tiver abaixo do meu teto, será minha responsabilidade. -Marie olhou bem nos olhos de Helena.-Boa noite meus docinhos, está na hora de dormir.
Helena foi tomar banho, depois seguiu para a cama onde dormiu até às cinco. Mas Derik foi bater na porta do quarto dela.
-Helena?
-O que foi?
-Quer fazer uma maratona de séries comigo? Eu não gosto de fazer sozinho...
-Ah, você não cansa não?
-Por favor, vamos.
-Não quero ir. -Helena bateu à porta-Fica para amanhã. Boa noite.
Helena voltou a dormir.
Já era meio dia e Helena ainda estava dormindo.
Derik vai bater na porta para acorda-la.
Helena levantou assustada e abriu a porta.
-Bom dia, Derik... -Helena caiu aos braços de Derik dando-o um abraço. -Ah já amanheceu?
-Claro... Querida?
Helena ficou um tempão abraçada com Derik, fazendo-o de apoio.
-Helena?
-Deixa eu dormir um pouco mais.
-Você não vai abrir os presentes?
-Não estou nem aí para eles.
Derik pegou-a no colo e pôs na cama.
-Vou deixar você dormirá até uma da tarde. Nada mais que isso. -Derik cobriu-a com um cobertor.
Derik estava tratando-a como filha, mas o jeito que ele a olhava parecia muito mais que isso... Suas pupilas delatavam e talvez ele nunca teria olhado para uma pessoa como ele olhava para ela, naquele instante, por exemplo, parecia uma demonstração de carinho que pais costumam fazer aos filhos, mas Derik amava-a muito mais que isso. 

Um cara bem mais velho que euOnde histórias criam vida. Descubra agora