Imagine a dor de amar alguém, que mora com você. Um rapaz desejado por garotas de quatorze anos, um rapaz que será o futuro marido de sua mãe. Talvez, você não teria chance alguma. Mas isso não significa que Helena não iria conquistar seu amado, afinal, ele gostava dela tanto quanto ela dele. Mas a idade, a mãe, a vida não apoiava os dois. Muito mais velho, padrasto...
A sensação de fracasso sempre batia no coração de Helena. Uma garota doce, amável, jovem. Apenas dezesseis anos.
Havia um menino bem popular na escola, seu nome era esquisito: Enrick. Descendente de europeus. Ele gostava de Helena, fazia de tudo para impressiona-la. Um garoto desejado por ter um sorriso bonito, um corpo elegante, olhos azuis(da cor do céu), tinha sardas e era alto. As garotas todas achavam-o perfeito, mas nenhuma delas teve a oportunidade para namorar com ele.
Enrick vestia-se com cores neutras, usava óculos redondos, jogava no time de futebol americano da escola.
Uma manhã de segunda-feira, Enrick decidiu escrever um pequeno texto e por no armário de Helena.
"Bom dia princesa, eu sou só um moleque qualquer: feio que dá dó. Mas as garotas gostam de mim apesar de eu sempre me olhar no espelho e nunca me achar especial. Reparei o seu jeito meigo de ser, vestir, falar e se comportar. Me conquistou. Eu queria que você fosse minha mas já reparei a maneira que você olha para ele, apenas digo que tem sorte. Queria ser ele, para sempre ser observado de uma maneira tão pura e amável por alguém como você. Não por essas vadias básicas. Eu sou um péssimo escritor, não me dou bem em textos, mas como é para uma pessoa importante na minha vida; faremos direito.
Ass: Sr Bintch"
Ao ler esse pequeno texto, Helena deu umas risadas.
-Todas as manhãs eu dou de cara com esses bilhetinhos desse tal de Senhor Bintch. Não aguento mais. -Helena riu, delicadamente.
Quando Helena ia fechar o armário, dá de cara com Enrick. Levanto um susto.
-Olá. -Enrick disse, tentando ser gentil.
-Olá, licença. -Helena foi em direção da aula.
-Enrick a segurou com força pelos braços. -Como assim? Você já vai?
-Enrick eu vou para aula agora.
-Mas nem está na hora...
Os amigos de Enrick estavam se aproximando.
-Seus amigos estão vindo.
-Problema é deles lá.
-Não vai ficar com eles?
-Não estou falando com você?
-Enrick, estou falando sério. Deixa eu ir. Não quero conversa.
-Mas se fosse o Derik você estaria conversando.
-Enrick para de se comparar com ele.
-Ue? Ficou nervosa?
-Não... Quer dizer... Simplesmente achei ridículo isso. Desculpe.
-Ah é? Saiba que eu não vou continuar.
-Você já está me perturbando o suficiente.
-Eu queria conversar com você numa boa, mas você não quis me ouvir.
-Nem quero.
-Mas eu vou falar assim mesmo.
-Quer sair comigo hoje?
Helena ficou em silêncio. Arregalou os olhos. Deixou os livros caírem também.
-Meleca!
Os dois se abaixaram ao mesmo tempo.
Ao se abaixem, Enrick olhou fixamente aos olhos de Helena(que também trocou olhares com ele).
-Sim... Eu quero... -Helena retirou-se com os livros na mão, dirigindo-se a sala de aula.
Após as aulas, Enrick largou os amigos no pátio e foi até Helena que estava sozinha sentada num banco abaixo de uma árvore.
-Olá?
-Você novamente...O que quer dessa vez?
-Eu quero te pedir desculpas, por te pressionar naquela hora. -Enrick pôs as mãos dele sob as mãos geladas e brancas de Helena.
-Não precisa disso. Eu o perdoo. Já fizeram coisas piores para mim, e eu perdoei.
-Então quer dizer que você vai hoje?
-Me pega às oito.
-Te pego a noite toda se quiser. -Enrick disse rapidamente.
-O que?
-Nada.
Helena manteve-se calada.
-Você recebe bilhetinhos no armário?-Enrick puxou assunto.
-Recebo. Do mesmo Zé mané de sempre.
-Quem.
-Senhor Bintch
-Eu não sou um Zé Mané. -Enrick disse rapidamente.
-Então você é o Senhor Bintch? -Helena riu.
-Sim sou eu. Bintch é o único nome meu que presta.
-Não é não.
-Ah deixa.
-Nunca pensei que fosse você o Senhor Bintch. -Helena riu
-Então, hoje eu posso te buscar às 20 horas, não?
-Pode, pode. Iremos onde mesmo?
-Não sei. Tenho autorização para dirigir, meus pais estão cientes que eu vou usar o carro para passear com você
-Bom saber.
Derik havia chegado de carro, Helena foi em direção ao carro. Enrick puxa ela pelo braço.
-Já vai, querida?
-Sim. Derik está ali me esperando.
-Adeus. -Enrick deu um beijo na boca de Helena, na frente de Derik(que buzinou).
Derik estava sorrindo com a música, vê a cena e fecha a cara. Helena entra no carro e cumprimenta Derik:
-Olá. Como vai? -Disse Helena enquanto abria um lindo sorriso.
-Quem era aquele rapaz? O que ele fez para te deixar feliz? -Derik disse, enquanto estava com ciúmes.
-Ele me chamou para sair hoje à noite.
-Que horas? Para onde? Quando volta?
-Derik! Para de ser estupido, isso será eu e minha mãe que vamos conversar, me dê um tempo por favor!
Derik manteve-se calado.
-Eu não quero que você saia com qualquer coisa.
-Saiba que o Enrick nunca será qualquer coisa para mim.
-Você é só uma menininha de dezesseis anos que não sabe nada da vida, perdão
-O que sair com um garoto que eu estou amando tem haver com sabedoria sobre a vida? Para de ser estranho, Derik. -Helena quis causar ciúmes em Derik.
-Tem razão, você sempre tem razão! -Derik gritou no volante. -Isso... Saia com um moleque por aí...
-Qual é o problema? Ele não é meu namorado...
-Mas quer ser! -Derik gritou novamente. -Eu não aceito isso, nem vou aceitar.
-Não vai aceitar agora, mas quando eu estiver pronta para sair... Quando ele for em casa me buscar... Você vai ter que me deixar ir.
-Mas só por cima do meu cadáver! Você não vai a lugar nenhum! -Derik enfureceu-se.
-Vou sim! Não pode me impedir. -Helena gritou.
Derik manteve-se em silêncio, logo, já estavam em casa.
-Olá querida, como foi o dia na escola?
-Muito bom minha mãe, um menino me chamou para sair, ele vem me buscar às oito horas.
-Que interessante, querida.
-Muito. E eu quero ir minha mãe. Ele vem aqui me buscar para irmos ao restaurante.
-Está tudo bem, eu permito. Depois te dou uma determinada quantia para ajudá-lo a pagar o jantar também.
-Aham pois eu não sou dessas que fazem questão que o namorado ou que o companheiro pague toda a refeição.
-Todas deviam pensar dessa maneira, não acha querida?
-Acho.
Derik olhou de cara feia, revirando os olhos para cima. Não estava nenhum pouco a favor.
Helena foi tomar banho, e depois ajudou a mãe a servir as refeições restantes.
-A comida está maravilhosa!
-Muito obrigada querido.
-A comida está muito boa mesmo.
-Vocês são fofos demais, meus amores.
Depois de terminar a refeição, Helena pôs os pratos na pia.
-Querida, não deve estar na hora de ir se arrumando para sair?
-Mãe, é só às oito horas da noite! Ainda não uma hora da tarde... Está cedo...
-Você que sabe, quanto mais linda melhor. Seria bom se já fosse escolhendo as roupas, maquiagens e sapatos. -A mãe sugeriu.
-A senhora está certa. -Helena olhou para Derik, depois foi até o quarto.
Sentiu-se na cama e começou a chorar.
-Será que ele percebeu?
A mãe de Helena bate na porta, chamando-a.
-Helena?
-Pode entrar. -Helena abre a porta para a mãe.
-Querida! Você está vermelha... Estava chorando?
-Não não. Alergia...
-Você tem tomado os remédios... Estranho essa alergia. -Franziu a sobrancelha.
-É alergia minha mãe, pois meus olhos não param de coçar.
-Espero que não esteja chorando por Enrick, aquele menino não presta.
-Mas hoje eu vou sair com ele...
-Eu sei, não se apegue a quem não presta.
-Falou a que gosta de Derik. -Helena resmungou.
A mãe saiu do quarto, e deixou Helena sozinha. Que em páginas descrevia os problemas:
"Hoje eu vou sair com um garoto que acho um pouco desagradável, me desculpe; mas ele não me agrada quanto agrada todos ao redor dele. Mas sair com ele será bom para esquecer Derik, afinal, eu o amo mas não posso(nem vou) tê-los para mim pois este, já está comprometido com a pessoa mais importante da minha vida: minha mãe. Mas enfim, está na hora de esquecer. Alimentar sentimento que não é recíproco faz mal para tudo, incluindo para a alma." -Helena acrescentou essas palavras no diário, chorando.
"É, você ainda é tão ingênua; talvez a vida ainda esteja te ensinando o que seja amor e te preparando para enfrentar isso na vida adulta, adultos são apenas crianças que sofreram por amor e que foram alimentados pelo ódio. E talvez você, uma bela menininha com apenas dezesseis anos ainda tem muito para aprender. 'Focar-se na faculdade é o fundamental.' Viva assim e sobreviverá a alguns anos a mais nesse planeta sombrio." -Acrescentou.
Helena largou o diário na cama, sentou-se numa escrivaninha que tem no quarto, começou a estudar parando apenas quando deu seis horas pois precisava começar a se arrumar.
-Putz grila! Já é hora de me arrumar!
Helena correu para o banheiro, sabia que para uma ocasião especial deveria se vestir como a tal, então cada segundo podia ser contado.
Tomou banho na banheira quente, tinha lavado o cabelo.
-Querida, querida. Chamei a cabeleireira para fazer um penteado é uma maquiagem! Ela está aqui desde às seis horas... Não quis atrapalhar... Você estava estudando! -A mãe gritou.
-Mas não vai dar tempo! Ele vai chegar às oito! E já são seis...
-Calma! Já sabe a roupa que vai?
-Sim...
-Usa aquele vestido longo violeta, é lindo.
-Tem razão. -Helena saiu do banho ainda usando a toalha no corpo.
Satty era cabeleireira e maquiadora profissional. E fazia penteados incrível em pouco tempo.
O que Satty tinha produzido no cabelo de Helena foi um coque desfiado, e como o cabelo dela era roxo, ficou incrível. A maquiagem mais ainda, tinha desfocado as imperfeições e a sombra estava magnífica, tudo estava incrível.
-Terminei, querida. Pode se olhar no espelho agora.
-Nossa... Satty você é realmente demais!
-Muito obrigada. Você que é linda demais, está como uma princesa.
O relógio marcava oito e quarenta, quase que Helena não fica pronta a tempo.
Helena desceu as escadas feitas à Madeira de sua casa. Derik estava sentando o no sofá, e ao ouvir o primeiro passo, olhou para escada. Ficou admirado com quão bonita Helena ficou.
A mãe de Helena descia logo em seguida, acompanhando Satty e pagando o total que deve-a.
Derik ficou hipnotizado, sem piscar os olhos por segundos, ficava apenas focado em Helena.
As duas desceram e sentaram-se no sofá. Helena permaneceu em pé.
-Ei, amor.
-O que foi, Derik? Estou ocupada agora
-Para onde Helena vai desse jeito?
-Para um restaurante francês com Enrick, por que da curiosidade?
-Eu nunca a vi desse jeito...
-Está muito bonita não é? Puxou a mãe
Derik deu uma risadinha forçada, pois sabia que Helena era muito mais bonita
-Eu sei, nunca vai ser tão bonita e amada como você! -Derik beijou a mão da mãe de Helena.
Enrick havia chegado, buzinou com o carro.
-Mãe já vou. -Helena avisou a mãe.
-Aguarde. Tome um pouco de dinheiro, homens não gostam tanto de pagar a conta...
-Muito obrigada pela quantia, até mais tarde.
Enrick saiu do carro, pegou na mão de Helena, virou-se para a frente dela ficando cara-a-cara. Então disse:
-Nossa, você está mais linda do que nunca vi.
-Muito obrigada.
Enrick beija as mãos de Helena, e abre a porta do carro.
-Enrick, para que tudo isso? Vamos só jantar... Não tem nada especial nisso.
-Ue? Você veio toda bonita...
-Claro... Vim porque vamos ir a um lugar muito bom e elegante, temos que agir como tal.
-Eu sei, estou elegante.
Os dois ficaram em silêncio, até que Enrick decide puxar assunto novamente.
-Você quer ir para a minha casa? Para ver uns filmes e tal...
-Claro... Será agradável com certeza. Mas qual iremos ver?
-O que quiser, ora. Fique a vontade para escolher o que quiser.
-Me desculpe a pergunta, mas você não mora com seus pais, mora?
-Não, não. Em breve vou terminar a escola a ir para a faculdade. Esse ano ainda, serei ingressado. E você?
-No meio desse ano irei para uma também, começar meu ano letivo...
-Você é tão inteligente...
-Não sou inteligente, só me esforço. Se fizer o mesmo, terá resultado imediato.
-Chegamos.
Era um restaurante lindo, servia comida refinada e muitos frutos do mar, fora as massas, caldos e sobremesas.
-Sinta-se a vontade. Pagarei tudo.
-Não tem problema, trouxe dinheiro.
-Eu insisto pagar.
-Ok, ok.
-Sejam bem-vindos ao aliments succulents, pour les gens qui réussissent.
-Qual é o nome desse lugar, Enrick?
-Comidas suculentas, para pessoas de sucesso. Simplesmente o melhor restaurante da região. Adoro esse lugar
-Percebo, pois você está fazendo publicidade gratuita...
-Para de ser chata! Aqui é um ambiente agradável.
-Chegamos senhores, essa é a mesa de vocês. Em frente a banda de música clássica.
-O bom daqui é que sempre tem alguma mesa...
-Claro... Não são todos que podem pagar tanto por uma refeição.
O garçom pôs o cardápio acima da mesa deles e logo após disse:
-Bon appétit. Depois vou na mesa de vocês, vê o que decidiram, com licença.
-Eu vou explicar como funciona o lugar, primeiro escolhe-se um dos caldos franceses e toma-se. Durante o período de oito horas. Depois, pede-se a refeição em si. Terminando esses passos, a sobremesa.
-Nossa, estou me sentindo gorda...
-As comidas são leves, por isso que dá para comer tudo...
-E beber... Não pode nada não?
-Claro. Somos maior de idade, vinhos são permitidos. Enrick acariciou as mãos de Helena, que as tirou.
-Desculpe, mas o que agora eu mais quero é ir ao banheiro.
-Ue? Mas já?
-Sim... Com licença. -Helena retirou-se e foi até a direção do banheiro.
Lá ela olhou encaradamente para seu reflexo, fazendo várias caretas.
-Você está tão bonita hoje. -disse a si mesma. -Deixe Derik para trás, ele não vai ser seu nunca.
Helena voltou para a mesa com um sorriso no rosto.
-O garçom passou aqui, viu que você não estava aqui então não me deixou fazer o pedido.
-Tá, tá. Você acha que estou bonita?
-Acho? Você é bonita, a menina mais linda que já vi. Você é única. A única que eu quero ter para mim. -Enrick acariciou o rosto de Helena que deu um leve sorriso.
-Que bom que pensa assim.
-Eu sei que você gosta daquele cara que vai se casar com a sua mãe.
-Mas como sabe?
-Eu olho o jeito que você olha para ele.
-Nossa... Não sei nem o que dizer.
-Você não tem culpa, mas eu acho que ele gosta de você, só não pode admitir.
-Eu fiquei feliz de você ter me chamado para sair...
-Helena, não contorce as coisas, estamos tendo um papo sério.
-É tão engraçado o jeito que você fala das coisas, parece tão fácil...
-Mas é fácil. Escute, há muitos garotos no mundo, você não pode sofrer por um cara que nunca vai querer você, ele está indo casar-se com a sua mãe.
-Você acha que isso não me dói? Isso me atormenta... Sair com você foi uma tentativa de esquecê-lo e partir para outra, mas parece que você não quer que eu o esqueça, quer?
-Quero mais que tudo, pois eu amo você, e gostaria de ter uma chance...
-Eu gostaria de te dar uma chance, mas o meu coração não ficaria feliz ao lado de quem eu não sinto nada.
-Eu entendo, você tem que querer também... Eu não quero machucar você
-Enrick, você não tem culpa de nada. Eu vou acabar com esse sentimento que eu crie... Afinal, amo-o mas não posso tê-lo para mim.
O garçom tinha passado perto da mesa vizinha. Então Enrick o chama:
-Garçom!
-Olá senhor, quer fazer os pedidos?
-Aceitaria de bom grado.
-Já decidiram então não é?
-Não imagina, ainda estamos escolhendo...
O garçom manteu-se calado.
-Qual vai ser a primeira refeição?
-Eu quero uma sopa de capeletti, e você Helena?
-Quero a sopa de cogumelos especial, a que vem com lagostas.
-Pode deixar. -O garçom anotou os pedidos.
-Você tem que ver o quão bonita são as refeições daqui! Ficará de boca aberta só se sentir o cheiro!
-Para de fazer tanta propaganda daqui
-Não estou fazendo propaganda alguma, só estou apreciando o quão perfeito esse lugar é.
-Nossa...
Em poucos minutos as sopas haviam chegado.
-Eu quero que você coma tudinho, e depois me diga o que acha.
Helena comeu uma pequena quantidade.
-Isso aqui é bom, mas parece uma sopa qualquer, sendo assim não tem nada de especial...
-Especial para mim é estar aqui com você... -Enrick acariciou a mão de Helena, e aproximou-se dela para dar um beijo.
-Bom, a comida está boa não? -Helena disfarçou, virando o rosto para outro lado.
-Sim, a comida está... -Enrick olhou triste para o prato. -Talvez seja a hora de você dar uma chance para nós.
-Não tem como ter "nós" ', se eu não consigo esquecer do "ele". -Helena olhou para o prato com olhar de desprezo.
-Por favor me dê uma chance...
-Por mais que eu queria, não consigo.
-Você ainda o ama?
-O suficiente para não esquecê-lo jamais...
-Pois você tem que esquecê-lo, acredite, só será uma fase. Você o ama, mas ele não pode ser seu.
-Eu sei, você sabe que eu sei. Por mais que eu tente... Mas...
-Você o ama, entendo. Entendo muito bem o que não é ser correspondido pela pessoa que ama, isso que acontece comigo quando o assunto é você...
-Eu... Me desculpa...
Helena começou a chorar, levantou-se e foi até o segundo andar do restaurante, ficou em uma sacada bonita onde tinham mesas lá, e os casais gostavam de ficar lá para observar, e diante de tantos amantes, ficava Helena sozinha; afundando-se nas próprias lágrimas.
-Eu adoraria estar aqui, mas com você: Derik pois eu te amo. Enrick estava certo quando disse que ele nunca seria meu. -Helena pensou, enquanto chorava.
Enrick procurou-a em todos os lugares do restaurante, e quando encontrou-a, viu sentada olhando para a lua.
-Posso sentar-me ao seu lado?
-Pode... Fica a vontade. -Disse Helena com um tom de desespero.
-Eu posso sentir o desespero na sua voz
-Eu me desespero em ouvir a sua.
-Não fiquei desesperada, eu estou aqui
-Você não vai cuidar de mim...
-Não vou, não sou médico... Mas estarei aqui para fazer sentir-se melhor
-Estou estragando a noite com meus problemas ao invés de curtir...
-Eu sei, estou tentando amenizar isso.
-Me desculpe... Mas não me julgue por favor, eu imploro...
-Não estou te julgando... Nem irei fazer isso...
-Obrigada... -Helena levantou-se da cadeira, e o deu um abraço. -Podemos comer novamente,ou ao menos tentar?
-Tudo bem. -Enrick deu a mão para Helena, e eles foram em direção da mesa.
Sentaram novamente, o garçom apareceu e disse:
-Achava que os senhores já tinham ido embora...
-Não, fomos só lá em cima.
-Bom, o que o casal vai querer para a refeição?
-Nós queremos uma porção de aligot...
-E vinhos? Qual tipo? Qual sabor? Qual originalidade?
-Queremos um vinho tinto argentino, por favor.
-Anotei os pedidos... Chegarei em instantes.
-O ambiente é muito agradável.
-Depois eu que faço propaganda.
-Claro.
Eles riram, para tentar esquecer os problemas.
O garçom chegou, eles começaram a comer.
-Você gosta de assistir a séries?
-Gosto bastante.
-Quais?
-The Walking Dead, Under the dome e Supernatural, Narcos e supernatural.
-Eu achava que você gostava de séries românticas... Ah não sei... Séries semelhantes a The vampire diaries(nada contra quem assiste), mas parece mais com você.
-Enfim, você está me julgando por causa da aparência, e isso não pode significar que eu vejo séries como estas, isso que quis dizer...
-Não... Nã foi exatamente isso.
Helena permaneceu em silêncio. Em pouco tempo já tinham terminado a refeição.
-Oh, Der... Enrick. Eu vou embora.
-Não vai nem esperar a sobremesa?
-Não, não. Estou cheia, desculpe.
-Mas eu te levo.
-Quero ir só.
-Te acompanho.
-Sai do meu pé.
-Vou chamar o garçom para vir trazer a conta, depois eu vou levar você em casa, sim.
-Obrigada...
-Apenas fique na mesa até o garçom chegar.
-Acho que estraguei tudo, quer saber... Vou ficar aqui até a sobremesa.
Enrick sorriu, apesar que ele ia ter que pagar uma conta ainda mais alta.
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Um cara bem mais velho que eu
Storie d'amoreHelena é uma garota de nova Iorque que viu o pai ser morto em um grave acidente. Porém, a sua mãe já estava em um relacionamento com Derik e ele decide se mudar para a casa das duas, até o dia do casamento dele com a mãe chegar...