Prólogo

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Boa tarde caro leitor.

Abaixo o prólogo de uma historia apaixonante cheia de romance, ódio, rancor e amor...

Espero que gostem. Não deixem de comentar . Bjuss

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Minha vida com Gerard só parecia certa. E realmente deveria ter sido.

Mas a história que vou contar, a história da minha vida, é sobre todos os altos e baixos, encontros e desencontros que passamos até finalmente enxergarmos onde e com quem realmente está a nossa felicidade.

Então eu devo dizer a vocês, que essa história não é bonita. Ela é toda sobre erros,mentiras e muitos, muitos segredos.

Mas creio que,quando chegarmos ao final dela teremos nosso final feliz, da forma como cada um de nós a fizer por merecer,ao longo do caminho.

Gerard e eu sempre fomos inseparáveis na infância e adolescência.Por mais que em minha puberdade e depois em momentos obscuros eu cheguei a ter sonhos com um outro homem que jamais seria meu, nada poderia me distrair do meu propósito que era crescer e me educar unicamente para me tornar a melhor esposa a altura dele . Minha vida estava toda traçada, eu já aceitara isso a muito tempo. A tanto tempo, que eu nem mesmo me lembrava de uma época em que não existia Gerard em minha vida.

Nós estudávamos juntos, vivíamos praticamente grudados um ao outro . Tudo estava tão predestinado que foi somente uma questão de tempo o intervalo entre nossa saída da infância para a adolescência até o momento em que ele me beijou pela primeira vez . A partir dai, tudo se tornou ainda mais oficial, e quando ele me propôs casamento, foi tão natural quanto respirar, minha resposta ser sim. Eu tinha meu futuro desenhado a minha frente, todo com Gerard.

Estávamos então em nosso último ano de faculdade, ambos fazíamos arquitetura. Após nossa formatura tardia e depois de uma sequência de acontecimentos que nos aproximaram ainda mais, mesmo que de maneira forçada ele me propôs casamento. Selamos nosso compromisso com um beijo (dado como forma de reconciliação após uma briga infantil no dia de nosso baile de nossa formatura) morno que me chocou por ser tão normal. Nós planejamos nosso futuro próximo, nossa pequena casa com jardim e piscina e marcamos nosso casamento para o que deveria ter sido apenas meses depois.

Eu disse, era para ser uma vida perfeita. Normal e natural como todos os meus planos dos quais Gerard fazia parte. Ele era meu companheiro e amigo de toda uma vida e me trazia a segurança de finalmente pertencer a alguém e a um lugar.

Mas o acontecimento de uma noite a cinco anos atrás, quando havíamos acabado de oficializar nosso noivado,havia me mudado e mudado a ele também de forma irreversível e definitiva. E isso foi como uma rachadura em um mundo que era para ser só certo e confortável.

Me chame Marine, tenho agora vinte e três anos mas a cinco anos atrás eu tinha somente dezoito. Dezoito anos de inexperiência, e sentimentos a flor da pele.

Moro em Minneápolis, uma cidadezinha mediana e calorosa ao Sul do estado de Minesota onde todos se conhecem e nunca existe uma só novidade para se descobrir. Sou filha única e meus pais, ambos professores aposentados, vivem a maior parte do ano em viagens pelo mundo.

Então muito cedo acabei sendo praticamente adotada pela família Nark, os poderosos de Minneápolis. Possuidores de uma grande empresa de arquitetura, paisagismo e visagismo, e detentores de grande parte do poder de nossa cidade e dos arredores.

Minha proximidade com o pequeno Gerard, desde nossos primeiros anos na escola, mesmo sendo ele cinco anos mais velho do que eu, e o fato de passar tantas partes do ano sozinha na casa de minha família foi o principal motivo de ter sido praticamente adotada por toda a família Nark.

A família em questão era bastante barulhenta e diversificada. Composta de cinco irmãos, sendo Gerard o mais novo e do Sr e Sra Nark, ambos excelentes empresários de sucesso e pais amorosos. A mãe de Ger apesar de ser uma excelente pessoa, era tão excessivamente amorosa e controladora que me parecia por muitas vezes beirar a loucura e posse para com os filhos. E isso para mim era perturbador, visto que meus pais me viam poucas vezes num único mês e tampouco pareciam se importar com ligações e saudades.

Fui educada para ser uma boa mulher, boa esposa e boa mãe. Roxette, a sra Nark, decretou que eu seria sua futura nora desde os meus dez anos de idade e usou todo o seu tempo livre para me preparar para tal. Eles haviam me escolhido para mulher de Gerard e aquilo parecia natural. Eles eram os únicos que se preocupavam um pouco comigo e se o preço a pagar fosse este, tudo bem!

Ali eu parecia ter meu espaço e minha devida importância, eu pertencia a um lugar e isso, para mim, era de importância vital.

Durante nossa infância muito pouco tive contato com qualquer outro Nark que não fosse Roxette e Gerard, mas quando entrei em minha adolescência, passei a conviver mais de perto com todos os homens da família. Meu faro próprio dos quinze anos se especializou em detectar cada um dos Nark de forma diferente. E foi justamente esta diferença entre todos eles que me trouxe grandes constatações.

O mais velho dos cinco irmãos era Dann, advogado bonachão e de grande reputação por todo o estado, tinha na época dos meus quinze anos a idade de 30 anos e já coleciona três ex- esposas e uma grande fila de amantes.

Após ele, num intervalo de cinco anos, vieram Charles e Pitter, gêmeos, agora com vinte e cinco anos. Ambos tinham namoradas e viviam em outro estado, onde abriram um pequeno empreendimento na área de assistência técnica e computação, na qual eram especializados. Eu os via na casa Nark em qualquer data festiva, feriado ou mesmo o menor motivo de comemoração. Eles viviam longe mas eram muito ligados a família e a tradição da mesma.

Então após três anos descobriu-se uma nova gravidez completamente fora dos padrões. A regra Nark era ter sempre um intervalo seguido religiosamente de cinco anos entre cada gravidez e outra. Mas, esta, que viera de surpresa, havia sido a mais iluminada e alegre gestação da família. Roxette passado o choque viveu aquela gravidez de forma única, se afastou do trabalho e dedicou-se a tesouro de seus olhos, como intitulara o pequenino ser dentro de si. Seu amor por ele era algo que me causava arrepios.

E foi assim que, fora dos padrões desde o próprio nascimento, somente três anos após Pitter e Charles e cinco anos antes de Gerard havia nascido na familia Nark ele. Tão desajustado, mimado, e arrogante... Tão perigoso, insuportável e corajoso.

Ele foi chamado de Daniel. Daniel E foram seus olhos, olhos desumanamente azuis que balançaram todas as minhas estruturas e mudou toda minha vida numa única noite.

Ele fora desde sempre o mais mimado pela família,idolatrado por Roxette e por todas as demais mulheres do mundo desde a diretora do colégio a professora de catequese. Ele manipulava as mulheres a lhe dar tudo o que ele quisesse, com aqueles olhos azuis escuro completo com os longos cílios e sobrancelha grossa e com seu eterno ar de deboche que o fazia parecer tão divertido e descolado.

Eu devia a este homem, agora meu cunhado, tudo que ficara para sempre guardado dentro de mim. Segredos, promessas e mentiras,e uma mistura de sentimentos ações e contradições que me matavam um pouco a cada dia, de saudade, vontade e desespero.

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Amores, primeiro capítulo pequeno pois é somente introdução e  ideia geral. Me contem , o que estão achando?? Não deixem de votar, comentar e compartilhar! Divulguem para as amigas, ajudem esta escritora aqui :)

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