Cap 19 : Se não fosse ele, quem sabe seria você?

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Paris - 2 dia depois.

Marine.

Estou em nossa suíte presidencial olhando o teto vermelho luxuriante que se estende a minha frente tentando sondar meus sentimentos controversos.Me movo sobre o edredom macio sentindo meu corpo e toda a tensão existente nele que se recusa a ceder. Levo a mão aos lábios tentando sentir o calor inebriante que deveria estar ali.Cerro minhas coxas apertando-as uma contra a outra e só consigo sentir ânsia.

Eu tivera minha primeira noite de sexo com Gerard e estava ali, ainda insatisfeita, ardendo por um fogo que eu já sentira me consumir , por duas vezes, mas com outro homem.

Sentei na cama mordendo os lábios em agonia. Levo minha mão direita aberta a frente dos meus olhos e toco meu próprio rosto. Vou descendo minha mão lentamente, passando pelos lugares onde Gerard havia passado, mas pensando em Daniel,seus belos olhos azuis, tão escuros tomando conta da minha mente, sua sobrancelha arqueada e boca atrevida me deixando sem ar. Desci minhas mãos vagarosamente pelo meu pescoço e a espalmei sobre um dos meus seios quentes e famintos. A boca de Daniel toma o lugar da minha mão em minhas fantasias e desço tocando levemente minha barriga e meu abdome.

Minha mente teima em dizer que aquilo é pura loucura. Eu estou ali, me tocando e imaginando meu cunhado comigo no meu leito de núpcias.Mas o meu corpo cansado está em grande agonia exigindo a liberação de ao menos uma pequena parte de todo aquele desespero. E eu sei como dar fim aquela ânsia. Eu aprendi,com o melhor, a conhecer meu corpo por completo, cada minúscula partícula viva em mim. Sigo entregue, somente trazendo a minha mente com toda força possível os fragmentos da boca dele, de seu corpo, de seu beijo, seu toque, e seu jeito louco e único de me tomar e me fazer tão dele.

Escorrego lentamente pelo lençol deitando novamente na cama, cerro meus olhos fortalecendo minha ilusão e meus desejos mais secretos de que são mãos morenas e pulsos fortes me tocando tão intimamente. Invado o tecido de renda da minúscula calcinha que estou usando e gemo baixo, como que um sussurro. Toco levemente meu clitóris e movo meus dedos , acariciando lentamente aquela parte sensível e pulsante de meu corpo. Na minha cabeça, ele estava ali, me olhando com adoração enquanto levava o dedos que estivera dentro de mim, ate sua boca e sorria, sensual, extasiado, provando meu gosto.

Gemendo baixo e vivenciando aquele momento uma, duas, mil vezes na minha cabeça,intensifiquei a carícia alternando entre circular meu clitóris e penetrar lentamente a minha entrada com meu dedo que, na minha mente suja e louca, era agora a boca de Daniel e sua língua quente, trabalhando lentamente em me fazer perder o ar, o foco e a cabeça.

Minhas pernas tremiam e minha respiração estava alterada. Algumas gotas de suor que não derramei numa noite inteira com Ger molharam o travesseiro abaixo da minha cabeça. Acelerei o toque em mim mesma e , quando senti se aproximar o orgasmo tão esperado, sussurrei o nome de meu cunhado repetidas vezes, convulsionando no alivio daquela sensação irreal e desesperada .

- Daniel,- baixo,num sussurro quente, como que um pedido. - Daniel - aos poucos aquele pedido febril e murmurado se tornando uma prece. - Daniel - e por fim, uma súplica agoniante. Eu estava tão perdida nele que não sobrava espaço nem para mim mesma.

Fiquei ali, voltando vagarosamente do meu céu particular, deitada entre meus fluidos, meus arrependimento e toda minha vergonha ate me arrastar para o banheiro e estar dentro da banheira esfregando furiosamente meu corpo com lágrimas de desespero em meus olhos.

Conto até dez mentalmente enquanto lavo meus longos cabelos. Paraliso minha ação e me volto para a noite anterior, quando finalmente chegamos a Paris depois de um voo perdido, muitos problemas e um cansaço infinito.

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