Cap 5: Enfim dezoito - Parte dois

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Tudo passou como um borrão através dos meus olhos. E eu simplesmente não sentia que tinha o direito de reclamar. Foi a vida que eu escolhi " NÃO É COMO SE TIVÉSSEMOS ALGUMA ESCOLHA AQUI". Eu vou ter meu noivado juntamente com meu aniversario de dezoito anos e neste momento tudo que eu quero é encontrar meu futuro cunhado e lhe falar que seu beijo ficou gravado em meus lábios, seu toque está tatuado em meu corpo e eu só consigo sentir um desespero absurdo!

Todos na fazendo estão radiantes e eu serei uma noiva linda. Convenci-os a me deixar sozinha até a hora da festa, aleguei cansaço mas só preciso respirar e não surtar. Estou com a respiração presa na garganta e sinto que vou ter uma crise de pânico a qualquer minuto.Ando de um lado para o outro contando as batidas do meu coração. Isso me acalma, brevemente.

Não vi Daniel uma segunda vez em nenhuma parte para onde olhei. Ele parecia ter sumido, e isso era para ser um alívio para mim, mas eu só sentia meu desespero se intensificar e uma vontade louca de entrar em cada cômodo daquela gigantesca casa gritando seu nome se apoderava de mim.

Uma hora depois ainda estou em meu quarto tomando uma taça de vinho branco porque agora sim,eu atingi a maioridade, eu posso beber.E até isso me lembra Dani e seus lábios sarcásticos e maravilhosos, trocando nossos drinques e enganado a todos...Eu conseguiria seguir com este casamento ? Sim , eu era de Ger e ele era meu. Meu companheiro, meu amigo,meu futuro. Isso era certo. Repeti por vezes seguidas como um mantra que meu inconsciente precisava decorar e aceitar.

Adormeci e acordei horas depois com batidas drásticas em minha porta. Era hora de me arrumar para o show.Escolhi um vestido curto esvoaçante, o calor era terrível e eu não queria me sentir presa. Prendi uma rosa em meu cabelo e calcei um salto branco, que beirava a pureza.

Passei um gloss nos lábios, pedi sorte a Deus e fui a andando vagarosamente, um passo após o outro,de encontro do meu futuro.

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DANIEL

E eu estava quase conseguido respirar normalmente uma outra vez quando ela desceu as escadas e paralisou meu coração. Estava linda, de uma forma que não se é possível descrever. Transparecia firmeza, sensualidade ao mesmo tempo que irradiava uma pureza que eu nem mesmo sabia se ela ainda tinha.

O choque de vê-la três anos depois e saber que o balanço louco que ela trazia ao meu coração somente aumentara com o tempo, que a adolescente desafiadora de corpo delicioso dera lugar a uma jovem mulher que exalava sensualidade por todos os poros e possuía curvas perfeitas, todas estas constatações acabaram comigo. Três anos e eu não conseguira esquece-la.

E o sortudo do meu irmão nem sequer a olhava, não viu tão maravilhosa aparição. Claro,ele a tinha, para que admira-la com roupas quando podia vê-la nua?

Meu pau ganhou vida no mesmo instante ficou duro. A simples menção daquela mulher nua. Soltei um palavrão forçando-me a olhar para qualquer mulher que não fosse a noiva de meu irmão.

E de repente nossos olhares se cruzaram, e eu vi pela respiração irregular dela o quanto eu a afetava. Repeti a mim mesmo que esqueceria o mel de seus lábios e me manteria longe. Mas eu sabia não possuir forças para isso tendo-a ao alcance de minhas mãos. Eu sucumbiria aquele desejo louco e desgraçaria três vidas nesse processo.

Então eu jurei a mim mesmo que no dia seguinte eu retornaria ao exército. Iria sacrificar minha vida a proteger meu país. A guerra me faria esquecer o sabor inebriante da minha cunhada e manteria nossas vidas sobre os trilhos.

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