Capítulo 10

1K 68 5
                                    

- Filha você tem visitas - Gritou mamãe da cozinha.
Desci às escadas, achava que era alguém do palácio ou mais algum vizinho me desejando Boa sorte.
Quando abri à porta, vi Peeta, com flores na mão.
- Oi Mertiniss.
- Oi Peeta.
- Essas flores são de Ana, ela queria te desejar boa sorte.
Ele se aproximou e entregou as flores da irmã, não dele.
- Que gentileza! - falou minha mãe.
- Peeta, que bom que está aqui, fiz uma bagunça no meu quarto enquanto arrumava a mala, pode me ajudar com a limpeza?
Como minha mãe estava lá, ele tinha que aceitar, pela regra os seis não recusavam trabalho.
Ele assentiu com a cabeça.
Abri a porta do quarto e fiquei no corredor, Peeta deu uma gargalhada.
- Foi o cachorro que fez suas malas?
- Cale a boca, tive problemas para encontrar oque procurava!
Peeta começou a trabalhar, arrumando os objetos e dobrando as roupas. E eu o ajudando.
- Não vai levar essas roupas?
- A partir de amanhã eles que vão me vestir.
- Nossa.
- Ana ficou decepcionada?
- Não, nem um pouco, assim que viram sua foto, todos explodiram de alegria, principalmente minha mãe.
- Adoro sua mãe.
- Você estava... Linda na foto.
- Ah, obrigada.
- Desculpe Tiniss, mas estava esperando...
- Esperando?
- O recrutamento.
Um problema de verdade, nos Estados Unidos, os rapazes com dezenove anos eram elegíveis para a guarda.
- Só queria te poupar disso.
- Entendo.
- O que vai levar?
- Algumas roupas, fotos e discos, disseram que eu teria um arco lá, poderia treinar.
- Não é muito.
- Nunca precisei de muito para ser feliz.
- Chega eu fiz a coisa certa!
- A coisa certa? Peeta, você me fez acreditar que íamos conseguir, você me fez te amar, e depois me convenceu a entrar nessa porcaria de concurso.
- Mas se o príncipe te escolher, vai ser bom, você merece ser feliz.
Era o bastante, dei um tapa na cara dele.
- Seu idiota. Eu amava você. Eu queria você, queria ser feliz ao seu lado!
- Preciso ir - ele disse se dirigindo à porta.
- Espere, ainda não paguei.
- Não precisa me pagar - Ele disse saindo.
- Peeta Leger, nem ouse sair daqui.
Minha voz estava feroz. Ele parou e prestou atenção em mim.
- Está praticando para quando for Um?
Revirei os olhos.
Peguei todas as moedas que juntava para nosso casamento e o entreguei.
- Tome!
- Não vou aceitar.
- Vai aceitar sim, não preciso mais desse dinheiro e você precisa, pegue, largue o orgulho, já não basta oque fez por nós?
Ele pegou as moedas e quando estava indo embora, virou-se.
- Boa sorte.
Ele saiu, achava que iria chorar, soluçar, trancar a porta e pensar nele, mas não.
Estava furiosa e só queria esquecer ele.

A Seleção Voraz Onde histórias criam vida. Descubra agora