Capítulo 3

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#Camila

Acordo no mesmo horário de sempre as 5:30, acho que já me acostumei virou rotina esse horário, hoje resolvo fazer uma surpresa para as meninas, eu me levanto em silêncio, vou ao banheiro faço minhas higienes matinais, e camino até a cozinha é preparo um café da manhã bem caprichado, ovos mexidos, suco de abacaxi , tinha uma poupa de abacaxi pronta aqui em casa e resolvi fazer, as meninas gostam , na verdade nenhuma de nós é enjoada em questão paladar comemos de tudo, fomos criadas ao comer o que tiver sem muito mimimi, crescemos assim em uma educação rígida ser apenas educado quem for educado com você, mas isso fora do serviço pois lá temos que ser educadas o tempo todo e isso me irrita muito pois é cada vontade que tenho de dar uma tirada mais a porra daquele uniforme não me deixa, fazer o que me arrumo e vou pra pista sozinha mesmo, não queria incomodar as meninas visto um cropped azul e um short cintura alta todo rasgado branco e meu vans de toda obra rendo um rabo de galo pego meu skate e vou andar pela cidade de madrugada quando eu saí de casa era umas 6:00 eu saí sem me preocupar pois 6:30 o relógio da Din despertava pra ir pro serviço e eu sei que elas não iriam se atrasar , e outra eu voltaria antes delas saírem , eu não queria ir a pista hoje resolvi dar uma volta na cidade apesar de estar muito escuro e só as luzes da cidade estar acesas eu comecei a andar de skate pelas calçadas, e fui até a zona sul olhar o mar , a brisa batia no meu rosto e me trazia paz , até aqueles olhos azuis de ontem à noite e de quem eu nem sei de quem são, mas tudo bem aquele momento eu estava em paz com meu corpo e com meu espírito, chegando no mar eu desci do meu skate peguei ele em uma mão tirei meus tênis e segurei na outra olhei para todos os lado e não havia ninguém, e de vez em quanto me davam essas loucuras, coloquei meu skate na areia e meus tênis em cima bem perto do mar e me sentei na areia olhando para aquela imensidão escura ouvindo as ondas e sentindo a brisa fria no meu rosto aquela era o verdadeiro significado de liberdade.
-quer saber - eu disse sozinha, olhei para todos os lados e não havia ninguém, olhei para meu celular é ainda era 6:20 eu estava dentro do horário, tirei meu cropped e meu short, fiquei só de calcinha e sutiã, e fui correndo em direção do mar entrei naquela água gelada parece que iria congelar até a minha alma e quando eu estava curtindo vejo uma pessoa, pelas características parece um rapaz de skate , corro em direção às minhas roupas e as visto correndo pego os meus sapatos e caminho em direção a calçada , o rapaz passa direto e eu nem tive a chance de ver quem era mas tudo bem já está na hora de voltar e eu estou molhada , volto de skate com meus tênis na mão e dessa vez a brisa que bate em meu rosto está fria e em questão de pouco tempo eu chego em casa e já estava claro era por volta das 6:45, quando eu entrava em casa .
-madrugo sua puta ?- a Tami me gritou - e por que está toda molhada ?- ela me olha com uma cara de pervertida .
-nada disso que está pensando eu só estava tomando banho de mar - eu disse colocando meus tênis no chão e meu skate perto da parede e caminhando para o banheiro tomar um banho bem quente .
-você é louca - escuto a Din falar enquanto penteia seus cabelos .
-mas por que não chamou a gente Cami? - a Tami me perguntou e de dentro do banheiro eu respondi .
-vocês não iriam tomar banho de mar peladas iriam ?- eu pergunto e não escuto nada por alguns minutos até que .
-você tá louca eu, iria ser a coisa mais divertida que eu já fiz essa semana - a Tami disse é ouvi que ela estava rindo tomei um banho tão bom e quente lavei meus cabelos bem rápido não poderíamos nos atrasar de novo, saio do banheiro correndo e vejo que a Tami e a Din estão prontas só me esperando e eu tenho 5 minutos para quando terminamos eram 7:00 horas, como ainda dava tempo eu e as meninas resolvemos dar uma geral na casa , e em poucos minutos tudo estava em ordem saímos de casa 7:20 para não chegar atrasadas novamente fomos de skate lógico, chegamos às 7:45 pois fomos apreciando a a paisagem, ao chegarmos fizemos questão de entrar pela porta da frente só pra mostrar para dona encrenca que tínhamos chegado antes do horário, ela estava de trás do balcão e só nos deu uma olhada do tipo , o que estão fazendo aqui essas horas caíram da cama foi ? Tipo isso risos, mas logo fomos lá para os fundos trocarmos de roupa.
-viu a cara da dona encrenca ?- a Tami disse, e eu sorri .
-lógico , ela ficou parecendo uma mosca morta de trás do balcão - eu complemento .
-tirou as palavras da minha boca - a Din afirma - mas então meninas vamos pois temos um dia cheio pela frente .
-ainda bem que hoje é quinta - todas nós erguemos as mão, a quinta feira para nós era como se fosse sexta, pois na sexta feira não trabalhávamos nem sábado e nem domingo , esses três dias a lanchonete era do tipo 24 horas aí era outros funcionários, mal abrimos a lanchonete e quem era o primeiro cliente? O loiro dos olhos claros , sozinho é isso mesmo? Como as tarefas eram divididas eu tinha que atender uma ala e as meninas outra porque ele sempre sentava na minha ala? Vou até a sua mesa toda sorridente aí que ódio.
-o que desejas ? - digo sorrindo, ele me olha e pensa um pouco .
-um copo de suco de morango, e uma fatia de bolo de cenoura - ele disse é continuou a me encarar , eu anotei .
-só um instante - eu disse é virei as costas e ouvi ele sussurrar algo é isso mesmo que ouvi !?
-valeu - ele estava agradecendo mesmo , mas nem liguei continuei andando entreguei o pedido que demorou alguns minutos para ficar pronto mas logo que ficou eu levei até a sua mesa, quando eu colocava sobre a mesa , ele disse.
-você já sentiu a sensação de seus pais te odiarem pelos seus gostos?- por que ele estava me perguntando isso? Mas ele parece vulnerável e eu respondi com educação.
-e como eu sei - eu respondi em um tom de voz meiga, ele me olhou parecendo confuso.
- meus pais não aceitam a minha idéia de seguir sendo um skatista profissional , meu pai quer que eu assuma o comando da empresa dele mas eu realmente não quero , esses não são meus planos - ele me olhava e logo olhou para sua comida , ele até parecia uma boa pedida vulnerável, doce mas não fazia meu tipo homens doces.
-já os meus pais fizeram diferente mas igual - ele sorriu, caralho que sorriso filho da puta de bonito - quando eu tinha 16 anos eles me expulsaram de casa por eu gostar de skate , desde então eu me viro sozinha - ele me olhou com dó, e eu odeio esse olhar, foi aí então que eu notei que aquele olhar era o do meu sonho , mas como ?
- pais são complicados - ele disse tomando o primeiro gole de seu suco e eu apenas sorri e sai o deixando lá.

#Tomás

Eu acordei era umas 6:15 confesso que eu madruguei hoje, mas acordei fui ao banheiro fazer as minhas higienes matinais, vesti uma calça preta e coloquei a minha camiseta no ombro, coloquei uma toca na cabeça, e calcei um vans, desci as escadas cuidadosamente para que ninguém acordasse peguei meu skate passei na cozinha e peguei um bolo que estava na mesa, e eu nem sei de quem era mas tudo bem sai andando de skate pelas ruas a brisa batia em meu rosto e ainda estava escuro, passando pelo mar eu vi uma garota banhando no mar , como assim cara quem vem ao mar bara banhar essas horas, mas eu não quis assusta lá então nem parei onde ela estava, passei bem rápido e nem vi quem era ela, continuei andando pela cidade dando voltas até que deu 8:00 e eu lembrei lá lanchonete perto da pista no norte e resolvi dar uma passada por lá , cantar e parecer bem vulnerável para a minha mina tatuada, bem eu só vou ficar com ela para mostrar aos manos que eu ainda estou na ativa e fico com quem eu quiser, fui até a lanchonete e notei que eu era o primeiro cliente, vi que ela estava vindo em minha direção, com um sorriso lindo.

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