Romance De Rua

Capítulo 12

#Camila

Aproveito que não tenho que trabalhar hoje, e continuo deitada por alguns minutos olho para meu relógio que são exatas 8:35, não está tarde posso ficar mais um pouquinho por aqui, eu penso comigo mesma e meus pensamentos são tomados por Tomás, e aquela loira na mesma casa quem é ela? O que ela fazia lá? Ela mora com ele? Por que eu estou pensando nele? Aí meu Deus tantas perguntas, resolvo me levantar e distrair a minha cabeça pois ficar ali deitada só iria me atormentar mais ainda, me levanto faço minhas higienes matinais, pego um biquíni branco um short um tênis qualquer que eu vejo primeiro,minha mochila de couro marrom e meu skate, resolvo sair dar uma volta e me distrair para não pensar bobeira, saio de casa com planos na cabeça de ir na praia, então eu fui, como era domingo e o sol estava quente já, a praia estava lotada então resolvi ir a uma praia que ficava um pouco distante dali detrás da pista do sul, era tipo privada mas ninguém morava na casa abandonada, pulei o muro que não era muito difícil, joguei a minha mochila em cima do meu skate na areia tirei meus tênis e coloquei os com cuidado do lado da mochila, me sentei em uma sombra que era provocada por uma grande árvore e fiquei ali observando, tirei uma garrafa de Whisky, da mochila e um sanduíche, comi devagar o sanduíche, pois não poderia beber de estômago vazio, logo que terminei abri a garrafa e dei alguns goles, tomei dois goles dei uma leve afundada na garrafa na areia para que ela ficasse em pé coloquei a minha mochila na areia e me deitei apoiando a cabeça na mochila fechei meus olhos pois o clima estava maravilhosamente bem, estou deitada naquela sombra maravilhosa e sinto algo em meu rosto, abro os olhos e quase dou um pulo de susto, vejo o rosto perfeito de Tomás ele estava passando as mãos em meu rosto como se estivesse fazendo carinho.
-o que pensa que está fazendo? - eu digo me levantando bruscamente.
-estou na praia da minha casa - ele me olha e sorri cinicamente, droga por essa eu não esperava.
-a já estou indo - digo tentando me levantar mas ele segura meu braço.
-não! Fica - ele diz olhando dentro dos meus olhos, parece que algo o aflige - eu preciso conversar com você.
-então fale estou ouvindo - eu digo sem a mínima paciência, ele me olha e parece carente.
-eu queria te pedir desculpas - ele diz, mas pelo que ? Já sei pela loira ele se tocou, ainda bem.
-pelo que ? - dou uma de sonsa.
-não sei - a sua resposta me surpreende muito confesso.
-como assim não sabe? - digo meio intrigada.
-é o seguinte, ontem você ficou meio brava lá na minha casa e eu realmente não sei o porque mas deve ser por minha causa né pois só eu e a Raquel estava lá em casa, e a minha prima nem soube me explicar sobre você, acho que vocês nem se viram - a então a safada é Raquel sua prima, que nojo cara você transa com a sua prima.
-há então você transa com a sua prima - eu sussurro bem baixo mas acho que ele escultou, e me olha confuso.
-o que disse? - ele me encara.
-palavras - o respondo .
-não diga - ele me olha colocando uma de suas mãos em seu rosto - mas porquê você disse que eu transo com a minha prima?
-por que ela falou - digo na lata, sem rodeios ele vai ficar sabendo mesmo.
-então vocês conversaram? - ele diz
-claro né seu idiota, ela me disse coisas que eu não precisaria saber - eu digo e o mesmo fica abismado.
-mas, ela falou que não te viu...
-ela é louca - eu digo o interrompendo.
-mas eu nunca transei com ela, ela chegou em casa a pouco tempo - ele me diz como se deve se explicações para mim, e na verdade não deve.
-não quero saber - digo pegando a garrafa de Whisky e dando um gole, o Tomás pega da minha mão e toma um gole que quase seca a garrafa - ei, isso é meu sabia?
-sabia mas tudo que é seu é bom- ele reponde enquanto eu tomo a garrafa de sua mão e o encaro com cara feia.
-não interessa seu idiota - digo secando de vez a garrafa.
-vamos mergulhar? - ele diz se levantando e tirando a camisa branca e a bermuda azul, ficando só de box vermelha, eu não respondo apenas me levanto tirando meu short, e caminhando para o mar, ele estende a sua mão para me ajudar mas passo direto o deixando ali com a mão estendida, apenas passo é dou um mergulho, ao voltar para a superfície sinto umas mãos fortes envolverem a minha cintura só olho para trás é o Tomás, o que ele quer ?
-o que pensa que está fazendo? - pergunto abismada tentando me afastar mas sem sucesso pois ele é mais forte que eu.
-quero um beijo - como ele diz isso na cara dura?
- querer não é poder meu querido - digo e ele me solta, saio da água e ele me segue, sinto um pé de rodo e eu caio foi o safado do Tomás, que me derrubou cai sentada, aproveito que eu estou sentada e faço um drama, me deitando na beira do mar sentindo as ondas bem pequenas baterem em meu corpo, mas para que eu deitei? Tomás vem e se deita por cima de mim, me fazendo olhar diretamente em seus olhos como são lindos, azuis como o mar, e esse rosto perfeito, que Deus grego, ele abre um sorriso encantador, e eu não abro nenhum sorriso.
-me diz uma coisa ? - ele pergunta ainda em cima de mim e ainda sorrindo.
-diga- falo sem a mínima importância para o que ele perguntar .
-como pode ser tão linda assim? - ele acabou de me perguntar isso? Sério? Não me controlo.
-meus pais que me fizeram assim - digo e ele me olha com malícia.
-marrenta - e sorri mais ainda.
-idiota - eu digo a ele.
-se organizar, direitinho todo mundo transa - ele sorri.
-nem no seu sonho - digo tentando me levantar mas ele não deixa.
-veremos - ele sussurra em meu ouvido me fazendo arrepiar com completa, e me rouba um beijo que eu não correspondo, e tento virar o rosto mas é em vão, ele pega o meu rosto com uma mão e me dá um leve e carinhoso selinho.
-por que você faz isso comigo? - ele me diz se levantando de cima de mim lentamente.
-faço o que? - eu pergunto.
-me deixa louco - ele sorri e eu abro um leve sorriso sem mostrar os dentes e dou de ombros, e vou em direção às minhas coisas as pego visto meu short calçando meu tênis e saindo.
-vou ter que pular o muro novamente ou você me leva até a porta? - ele me olha e sorri.
-vai ter que pular o muro - que desgraçado mas não faz mal sou ótima nisso, abro um sorrisinho irônico, e dou de costas.
-sem problemas - digo de costas pulando o muro, sem ao menos olhar para trás.