Capítulo 48

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#camila.

Em um movimento rápido, peguei a mochila e joguei em cima de um arbusto e corri para parte de trás da casa pelo menos eu tentei e as meninas foram atrás de mim, graças a Deus e eu fiquei de butuca pra ver quem era o dono daquele mansão e eu estava de longe mas é loiro e alto.
-esta sim - ele disse em alta voz e eu conheço essa voz é do...
-esse é o Tomás!?- a Din pergunta e eu olho fixamente para o homem voltando para casa e quando ele chega a um ponto de claridade eu vejo perfeitamente a face do Tomás.
-É ele sim - eu respondo e houve um grande silêncio mas eu o quebrei - vamos continuar o serviço!?- eu disse indo até a moita e pegando a mochila, estava com muita raiva, como assim amor!? Caralho mal terminou comigo já está com uma vadia qualquer!? Vou matar aquele viado amanhã! A mais esse desgraçado me paga, otário ordinário.
-bastante cuidado meninas!- a Tami disse, e assentimos fomos bem rápidas eu escrevi otário, pois eu não podia pensar em mais nada a não ser no Tomás com outra, a Tami fez um skate até bonitinho e a Din fez um filtro dos sonhos se eu não estivesse com tanta pressa de sair dali eu faria outra coisa mas esse ar está me contaminando, aquele idiota me paga amanhã safado, pulamos de volta e caminhamos para a casa.
-vamos pra pista como os velhos tempos!?- eu pergunto e a Din sorri.
-dessa eu gostei - ela responde e a Tami revira os olhos .
-pode ser - a Tami completa, e o resto do caminho foi em silêncio, pois nem uma das duas ousou e perguntar sobre o Tomás, além de amigas elas são minhas irmãs e sabem muito bem o que está acontecendo comigo nesse isato momento. Chegamos em casa a Din se pronunciou.
-ou temos que devolver as tintas - a Din disse e eu a olhei como se isso fosse óbvio.
-é melhor esse horário que amanhã - eu disse e elas concordaram.
-então bora logo, pois já são 23:40 - a Tami disse, e saímos novamente só que dessa vez com os skates na mão e fomos bem rápido até a lanchonete.
-acho que não precisa entrar todas lá- a Din disse quando estávamos na porta da lanchonete e eu sorri.
-eu entro e vocês vigiam - eu disse e a Tami revirou os olhos.
-ta de brincadeira né!? Eu vou entrar aí !- ela disse.
-ta bom, faz assim lá dentro tem outra entrada você entra e vigia a outra entrada a Din cobre aqui e eu devolvo- eu disse e elas assentiram com a cabeça, mas a Tami não perde uma oportunidade de sentir o perigo na pele aí essa garota ainda vai arrumar muito encrenca.
-vamos lá então meninas - a Tami diz pulando o muro dos fundos e indo para o seu posto, eu pulo logo em seguida e dou uma olhada pelo local, que está tudo certo tem uma porta mas tá fechada, olho para o lado e tem uma marreta e a pego e bato duas vezes na fechadura que se abre.
-o que é isso tá louca!? - a Tami pergunta e eu a olho sorrindo.
-não é por que tava fechado, tive que improvisar - eu respondi entrando procurei a caixa quando achei eu joguei todas as tintas da mochila dentro da caixa.
-pronto!?- a Tami pergunta, e eu saio para fora e faço o sinal se "sim" com a mão e ela sorri pulando de volta para fora e eu tento escorar a porta, sabendo que ela não vai fechar só escoro, e pulo o muro também é quando chego ao chão do outro lado eu tenho uma surpresa, as meninas estão caladas por dois homens que seguram suas bocas, e a minha espera está um homem de roupa preta e uma máscara no rosto, eu coloco o pé no chão e ele me segura.
-tem mais alguém lá dentro !?- ele pergunta com uma voz rouca e macia, e eu conheço essa voz, mas no momento estou com tanto medo que eu não consiga pensar em ninguém q não ser em como sair daqui.
-n... não - eu digo gaguejando, e vejo tudo ficar escuro pois ele colocou uma venda em meus olhos, eu sinto sendo guiada para o meio da rua, logo entramos em um carro, e estamos sentadas e o carro em movimento pelo menos eu ouço os seus movimentos.
-o que eles querem !?- uma voz dia ao pé do meu ouvido em forma de sussurro, e eu posso reconhecer pois é a Tami.
-não sei, mas faça silêncio - eu respondi na mesma forma, em sussurro e uma lágrima escorreu do meu olho esquerdo e senti o carro parar, mas é muito perto esse trajeto, em questão de segundos sou lançada ara fora do carro, e caio no chão peguei no chão e senti a grama, e começou a passar um filme na minha cabeça de todos os lugares gramados que eu já passei, perto da lanchonete pois a gente não andou muito dentro do carro e ele não estava em alta velocidade, uma mão bastante forte segurou meu braço me fazendo levantar, e me empurrando para que eu andasse e eu andei.
-todas caladas - disse uma outra voz, essa tinha um aspecto de metálica, como se estivesse sendo forçada de algum modo que não sei explicar, ao passar pela porta eu estiquei a mão e a mesma deslizou pela porta e senti que ela é uma porta grande com uma maçaneta também grande de aço frio, e comecei a me lembrar de todas as casas perto da lanchonete com grama na porta e uma porta tão grande assim, mas nenhuma surgia em minha cabeça que droga estou muito nervosa, as meninas nenhuma ousou dizer uma só palavra, mas eu ouvi passos se aproximando parece descer escadas não sei, e quando os passos pararam, senti uma mão levantando o meu queixo.
-eu só quero essa, levem as outras para a praia e deixem lá - aquela voz que eu conheço, mas onde!? De onde eu conheço essa voz.

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