Oi, pessoal!! Espero que vocês tenham gostado, mas como sei que é duro esperar, segue mais um capítulo. Se gostar não se esqueça de votar.
(Revisado em 20/06/2016)
Às 14:00 em ponto, desço no 18ª andar da empresa onde fica a sala de João. Uma sensação indefinida ainda me persegue e por mais que eu queira deixar pra lá, não consigo, mas sou uma boa profissional e não posso ficar me dando ao luxo de acreditar nessas coisas.
Trabalho aqui há quatro anos, mas toda vez que a porta do elevador se abre, olho ao redor admirada. A decoração é de muito bom gosto e feita para impressionar.
Os móveis são de madeira escura contrastando com o piso e as paredes claras, o nome da empresa fica acima da cabeça das recepcionistas, escrito em aço escovado e em letra corrida. À direita está a missão, a visão e os valores também escritos em aço, mas em letras de vários tamanhos de forma que se forme um mosaico com as letras.
Há vasos imensos em cada lado do balcão da recepção com flores lindas e coloridas quebrando a neutralidade das cores predominantes no ambiente. Entre os elevadores há quadros de artistas regionais emoldurados para parecerem peças muito antigas, contrastando com a decoração ultramoderna do ambiente.
Ana, uma das recepcionistas aperta o controle remota da porta assim que chego e me dá um sorriso de boas-vindas e ao mesmo tempo de boa sorte. Chego a sala de Márcia, a secretaria de João, que me informa que todos estão na sala de João, pois não quiseram usar a sala de reunião.
Márcia aperta o controle remoto e a porta da sala se abre, nunca entendi para que tudo isso, todas as portas do andar não possuem maçaneta, são todas abertas por controle remoto ou por impressão digital. Não entendo o porquê, uma vez que para chegar ali há uma burocracia do caramba e um monte de seguranças. Mas enfim, quem sou eu para dar palpite, nunca tive dinheiro suficiente para me preocupar tanto com segurança.
Entro na sala e sinto um arrepio percorrer o meu corpo, mas me mantenho firme. e Fred se levanta para me receber. Na sala há dois homens muito bem vestidos, um mais jovem, cerca de vinte e cinco anos, cabelos pretos muito bem penteados, usa uma camisa rosa e um terno grafite, mas está sem a gravata. É muito bonito e tem aparência de advogado. Está de pé próximo a mesa de João e ao seu lado há um senhor de meia idade, cabelos grisalhos, usando um terno preto, gravata preta e camisa branca impecáveis. Tem um olhar doce e sorri ao me ver entrar.
Estavam na sala Fred e Armando que é um dos diretores da RISSI Saneamento e mais dois homens. O mais jovem se chama Alberto Martins e como imaginei é advogado, o outro é engenheiro e se chama Ângelo de Castro, ambos trabalham para a CAZZARINI – EMPREEENDIMENTOS E ENGENHARIA que é uma empresa de capital fechado, familiar que está no mercado desde 1944. A empresa enfrentou muitos períodos difíceis, mas é sólida. Sei disso porque estamos estudando para esse novo projeto conjunto entre a CAZZARINI e a RISSI.
Cumprimento os dois e falo da satisfação em conhecê-los, pois em nossas análises sobre o novo projeto, encontramos alguns pontos que precisarão ser melhor trabalhados, pois nossos estudos demonstraram várias inconsistências na construção do projeto.
Nesse momento, sinto uma tensão no ar, um calafrio percorre meu corpo intensamente, vejo Ângelo afrouxar a gravata e Alberto olhar para o lado como se pedisse ajuda. Foi então que percebi que havia uma terceira pessoa na sala.
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VAI SER SEMPRE VOCÊ (Concluída)
RomanceÉ possível determinar quando uma pessoa passa a amar outra? Dificilmente, pois para ser amor de verdade tem que brotar, crescer e florescer. Você se apaixona pelo que vê e ama pelo que não pode ver. Melissa é diretora de gestão do Grupo Empresaria...