Capítulo 25 - Melissa

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Ficamos até de madrugada conversando e cantando, num dado momento, ele se sentou do meu lado e começamos uma conversa tranquila cheia de amenidades.

Foi bom, pois desanuviou o ambiente que havia ficado muito carregado desde a sua chegada.

O domingo acordou com sol forte e crianças com todo gás para queimar.

Levantei e fui direto para cozinha ajudar no café da manhã. Quando menos esperava, chega Gui de mãos dadas com um Miguel de sunga. Jesus, Maria, José!

O corpo dele continuava tão lindo quando eu me lembrava. Sua pele estava mais clara, mas os músculos estavam bem mais definidos. Com certeza, ele fazia musculação agora.

- Mãe, o tio Miguel vai andar de barco. Posso ir com ele? - Falou Gui em tom choroso, só para me convencer.

- Se você prometer que vai passar protetor solar, que vai se comportar direitinho e que vai fazer tudo o que Miguel disser, eu deixo - falei me abaixando para arrumar sua sunga.

- Oba, milagre, minha mãe deixando eu sair sem ela - saiu gritando e pulando pelo pátio da casa.

- Obrigada por deixá-lo ir comigo. Cuidarei direitinho dele - Miguel falou sem desviar seus olhos dos meus.

- De nada, mas cuidado que aquele rapazinho é muito teimoso - falei.

- Puxou pra quem, hein? - Disse Miguel zombando da minha cara como antigamente.

Fiquei lá, observando os dois saírem em direção ao ancoradouro. Eu precisava contar aos dois o mais breve possível.

Miguel iria voltar para o Rio no domingo de manhã, então aproveitei um momento que ele estava sozinho assistindo TV e me sentei ao lado dele.

Ele ficou surpreso, mas abriu um sorriso lindo.

- Achei que nunca mais você sairia daquela cozinha, Mel - disse em tom alegre.

- Quando venho pra cá é sempre assim. É muita gente pra alimentar e eu adoro cozinhar - falei calmamente - pra mim é terapia.

- Guilherme é um garoto excepcional, Mel. Você está de parabéns, criou-o muito bem.

Ficamos lá sentados conversando sobre tudo e ao mesmo tempo sobre nada. Era estranho saber que tivemos um romance tórrido no passado e que agora precisávamos ficar achando assunto para conversar.

No final da conversa, ele me convidou para jantar na quarta-feira e eu aceitei. Seria um bom momento para falar sobre Guilherme.

No domingo de manhã ele partiu deixando um vazio imenso.

Na segunda pela manhã, minha mãe e minha irmã chegaram do interior para passar uns dias comigo. Chegaram de surpresa e tive que dar uma improvisada.

Então combinei com Rita que no final da manhã, ela iria até minha empresa pegar o carro e buscar Gui no colégio, pois eu queria adiantar o trabalho para ter tempo de ficar com minha mãe e irmã no final da tarde.

Por volta das onze, Rita chegou no escritório para buscar o carro.

Fiz mil recomendações, mas eu sabia que ela era uma pessoa muito eficiente e de confiança, logo não fiquei muito preocupada.

Por volta de meio dia e meia, vejo entrar na minha sala uma Camila, uma Adriana seguidas por uma Lia, minha secretária, todas com cara de enterro.

VAI SER SEMPRE VOCÊ (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora