Capítulo 30 - Miguel

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               Acordei com o telefone tocando.

               A reunião acabou era de madrugada e eu acabei pegando no sono no sofá de minha sala.

               Procurei meu celular e não achei, então eu fui até minha mesa e atendi o telefone.

               - Miguel, bom dia.

               - Senhor, – ouvi a voz de um dos meus seguranças – a Dona Melissa sumiu.

               Meu sangue gelou. Minha cabeça começou a latejar e senti um pânico sem limite tomar conta de mim.

               - Como assim sumiu? – Gritei desesperado.

               - A Maria e o Gui foram acordar ela hoje de manhã e ela não estava na cama – fez uma pausa – procuramos em todo lugar e nada dela.

               - E o alarme? – Perguntei tentando achar uma lógica, pois eu sabia que Melissa não sairia de casa sem levar os seguranças.

               - Foi desligado – disse pesaroso – já avisamos a central, os seguranças do condomínio e estamos fazendo buscas pelas redondezas.

               - Estou indo! – Falei em desespero.

               Procurei meu celular e encontrei na mesa da minha secretária. Achei muito estranho, pois tinha certeza que ele estava na mesa ao lado do sofá, mas eu não tinha tempo para isso.

               Avisei meu motorista que estava descendo e liguei para Solano.

               - Solano, minha mulher sumiu!

               - Como assim, sumiu – falou sonolento, pois ainda eram sete da manhã.

              - Não sei – disse desolado – foram procurá-la pela manhã, mas ela não estava na casa e o alarme estava desligado.

               - Estranho, Miguel! – Falou já acordado – Vamos achá-la antes que aconteça alguma coisa. Ela está com a corrente?

               - Creio que sim. Eu disse pra ela não tirar nunca – falei convicto.

               - Então vamos encontrar ela.

               Graças a Deus, Solano havia dado a ideia de colocar um rastreador em Melissa e Guilherme.

               Como eu sabia o quanto ela é teimosa, pedi a Solano que embutisse o rastreador no pingente de uma corrente e no do Guilherme estava num coração que ficava ao lado do fecho da corrente.

               Bendita hora que fizemos isso.

               Mas meu medo era que fosse tarde demais. Meu consolo era pensar que aquele louco era apaixonado por ela e que quisesse ficar com ela e não matar.

               Quando eu me encontrar com ele, vou matá-lo com minhas próprias mãos.

               Fui para a casa de Melissa me amaldiçoando, pois se eu não tivesse aquela maldita reunião, eu estaria com ela.

               Eu dormia todas as noites com ela e ia embora antes de Guilherme acordar, pois Mel ainda tinha receio de que ele pudesse estranhar, mas eu ficava até cinco da manhã normalmente e se não fosse a maldita reunião, eu estaria lá.

               Como estaria minha baixinha? Ela tem tanto medo daquele monstro. Meu desespero estava chegando as raias da loucura.

               Cheguei em casa e as empregadas me avisaram que disseram para Guilherme que a mãe havia saído, pois ele já havia sofrido demais e não precisava de mais uma dose.

VAI SER SEMPRE VOCÊ (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora