Capítulo 3 - Nada é definitivo

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Oi de novo, pessoal!!!! Segue o terceiro capítulo, espero que vocês gostem e por favor não se esqueçam de votar. Obrigada a todos que leram, foi um surpresa pra mim a quantidade por ser meu primeiro romance. Obrigadíssimo, boa leitura e de novo, lembra da estrelinha!!!! Até semana que vem.


               Cheguei em casa esgotada. Era como se um caminhão tivesse passado em cima de mim com todas suas rodas. Desde que saí daquela sala, eu não conseguia pensar em mais nada, a não ser naquele homem.

               Havia alguma coisa nele que me perturbava. Quem era ele? Eu havia pesquisado pessoalmente sobre o presidente e todos diretores da CAZZARINI, inclusive os que atuavam fora do país. Mas não havia nenhum Miguel.

               Assim que João chegasse eu ia investigar o assunto. Contudo, o que mais me intrigava era minha reação diante dele. Eu sou uma mulher madura, bem resolvida e feliz. Não podia permitir ficar perturbada por um homem que eu nem sabia quem era.

               Fui para o banheiro e me demorei olhando minha imagem refletida no espelho. E o que eu vi me assustou. Vi uma mulher de vinte e seis anos com cara de 40, bolsas escuras debaixo dos olhos, manchas escuras no rosto, nariz cheio de cravos, cabelo ressecado cotados rente ao ombro. Eu mantinha assim para não dar trabalho pela manhã.

               Fiquei ali me encarando naquele espelho e me perguntando quem era aquela mulher. Aquela era mesmo eu?

               Eu nasci no interior de São Paulo em uma família que já tinha quatro filhos, duas meninas e dois meninos e aí veio euzinha.

               Meu pai era um nordestino muito bravo e rígido e minha mãe era a mulher mais doce que eu já tive o prazer de conhecer. Segundo meus irmãos, eu fui a única filha que meu pai pegou no colo, se é verdade eu não sei, mas isso nunca foi motivo de desavença entre nós.

               Minha irmã mais velha se casou quando eu era bem pequena e se tornou uma segunda mãe para mim, os do meio eram um casal de gêmeos, meu irmão terrível e minha irmã uma cobra, mas como eu era a caçulinha tudo era mais fácil.

               Cresci com muito amor e desde cedo minha mãe nos preparou para casar, tinha que aprender tudo sobre casa, pois papai não admitiria um genro em pior situação que o marido da minha irmã. Fazendeiro forte, dizia meu pai.

               Eu lia muitos romances antigos, então cresci sonhando em me formar para professora, depois casar, ter três filhos, morar numa linda casinha com varada e um lindo quintal para eu fazer uma bela horta como minha mãe e no final de ano viajar para a praia.

               Esse era o meu sonho de consumo.

               Aos onze anos me apaixonei pela primeira vez. Cheguei à escola para fazer educação física e lá estava ele: lindo, loiro, olhos claros e um sorriso que me fazia sonhar com aquela casinha e três lindas crianças loirinhas brincando no quintal.

               Ele havia se mudado para a cidade e era de uma das famílias mais ricas do lugar, os Teixeira, como todos diziam. Eu sabia que era muita areia para o meu caminhãozinho, mas sonhar não custava nada. Ele se chamava Marcelo Teixeira.

               No ano seguinte, estudamos na mesma turma e desenvolvemos uma amizade muito profunda da parte dele, pois da minha parte era amor. E seguimos juntos todo o primeiro grau.

               Fui confidente sobre as garotas que ele se interessava. Pedia ajuda para conquistá-las e eu ajudava. Nas férias dávamos um jeito de nos encontrar para colocar o papo em dia e passávamos horas e horas conversando deitados na grama que ficava no fundo da nossa escola.

VAI SER SEMPRE VOCÊ (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora