VAI SER SEMPRE VOCÊ (Concluída)

Capítulo 13 - Viver

               Quando acabei de cantar, todos aplaudiram de pé, inclusive Miguel. Agradeci e busquei com os olhos os demais e vi que João já tinha sumido, Adriana voltou a conversar animadamente em um canto do salão, Camila também não estava mais, coisa que achei estranho, era muito cedo ainda para ela ter ido dormir. Voltei a procurar Miguel e ele havia sumido.

               "Será que ele não gostou da minha apresentação" – pensei desolada – "caprichei ao máximo".

               O baile recomeçou e eu caminhei em direção a nossa mesa quando senti uma mão pegar a minha e me puxar. Nem precisei olhar para saber quem era, segui-o sem perguntar para onde. Essa noite eu seria dele e ele seria meu. Amanhã seria outro dia, então a gente veria o que ia faz, pensei me sentindo nas nuvens.

               Saímos do salão quase correndo, na entrada havia muitas pessoas e no jardim também. Então ele me levou em direção às suítes, dei uma parada e puxei minha mão. Ele me olhou com cara assustada pensando que eu ia desistir. Apenas parei tirei os sapatos, entreguei-os para ele que me deu um sorriso lindo, estendi minha mão e então pudemos correr ao invés de andar.

               Infelizmente, quando chegamos ao final da escada, João estava no corredor dando uns amassos em uma loira e por um segundo pensei que fosse Camila, mas tirei esse pensamento da cabeça, ela detesta o João.

               Miguel olhou para mim e fiz sinal que não, vai que João resolvesse parar quando estivéssemos passando. Então descemos correndo as escadas e ele me conduziu em direção a área de lazer que ficava distante de tudo em uma floresta de Araucárias que circunda o hotel.

               Lá não havia ninguém, então ele me puxou e me beijou. Foi "o beijo". Ele estava com fome e eu mais que ele, logo nos devoramos literalmente. A boca dele era macia, mas exigente, nossas línguas duelavam com necessidade uma da outra, nossas respirações estavam pesadas e aceleradas, as mãos dele corriam meu corpo todo com pressa, com desejo, com loucura.

               Senti seu braço prender ainda mais a minha cintura, retirando-me do chão, passei meus braços pelo seu pescoço e ele me levantou do chão como se eu fosse uma pluma, então circundei sua cintura com minhas pernas e ele me manteve presa como se tivesse medo que eu fugisse. E eu, apertei mais seu pescoço e me esfreguei, sôfrega e desesperada desejando que aquele momento se perpetuasse, após tantas noites sonhando e desejando tê-lo dentro de mim.

               Ele me apertou mais contra ele e caminhou comigo até uma área mais escura e reservada, pousou-me sobre uma superfície dura e gelada, beijando desesperado meu rosto, pescoço e se demorando em minha orelha, provocando espasmos de prazer que eu não conhecia até aquele momento, pois nada, nada do que já vivi e senti se compara ao que estou sentindo nesse momento.

               Então ele parou de me beijar e de uma vez abaixou a parte de cima do vestido de forma que meus braços ficaram presos rente ao corpo e meus seios à mostra. Quando ele viu meus seios expostos, ele gemeu e falou:

               - Eu sonho com esses peitinhos lindos desde que você mandou aquela foto da festa. Eles são como eu sonhei, pequenos, durinhos, lindos e com esse bico cor de chocolate me chamando.

               Então, chupou-os sem dó nem piedade. Eu estava com os braços imobilizados, mas queria tocar em seus cabelos e apertar cada vez mais sua cabeça contra mim, mas não podia e aquilo me deixava mais excitada ainda.

              Ele mordeu, chupou, lambeu e eu achei que ia morrer de tanto prazer. Ele alternava as mordidas com lambidas e o vento frio da noite batia todas as vezes que ele parava para olhá-los, alternando com o calor da sua boca e a carícia do vento gelado. Era o inferno e o paraíso misturados me deixando cada vez mais enlouquecida.