Todo marrento tem sua marrentinha [Completo] 1º Book

Capítulo 60 - Aluno novo, ciumes?

Manu narrando:
Quando esbarro no menino deixo que um livro e meu celular caem no chão.

Porra, não olha pra onde anda não - esbravejo enquanto aguaixo para pegar minhas coisas e a pessoa toda atrapalhada faz o mesmo e quando levanto e o garoto com quem esbarrei devolve meu livro com um meio sorriso, que tenho que ser sincera era a coisa mais fofa que tinha visto, pelo menos nessa manhã.

Obrigada - digo pegando um livro e dou um sorriso sem mostrar os dentes.

Eu juro que eu não fiz de propósito e se fosse teria feito muito melhor - diz o garoto de cabelo preto igual a cor do seus olhos o que o deixa mais misterioso.

Tudo bem, desculpe eu que me estressei demais e também não era o único que não tava prestando atenção por onde anda - digo meio sem graça por ter sido tão grossa com ele - Não querendo ser curiosa, mas já sendo é aluno novo né? É que eu nunca te vi por aqui.

Acho que sou se não fosse acha mesmo que estaria perdido num corredor sem nenhuma alma penada e ter a sorte de esbarrar na garota mais linda que já vi, mas que tem um vocabulário meio que impróprio para uma menina linda e que apareceu na hora certa para me ajudar, então eu sou? - ele diz brincando com a minha cara e dou um soco em seu ombro - Au essa doeu.

Para de chorar cachorrinho nem doeu tanto, além de merecer isso - digo.

O que eu fiz? - ele pergunta ainda passando a mão onde eu dei um soco, que bebêzão.

Ficou brincando com minha cara - digo.

Eu? - ele pergunta tentando não rir, mas foi uma tentativa falha - Mas vai me ajudar ou não.

Como sou uma pessoa muito legal, sim vou te ajudar - digo.

Então não tenho que me preocupar em você me bater a qualquer momento? - ele pergunta.

Não né, idiota - digo.

Todo cuidado é pouco - ele diz - principalmente com uma menina tão atormentada como você. dou outro soco em seu ombro.

Ta esse eu mereci - ele diz rindo e passando a mão no lugar que eu bati e eu acabei rindo também, porque? Eu realmente não sei, talvez a idioticesse é contagiante.

Antes de continuarmos, como você chama? - pergunto.

Alexandre - ele diz estendendo a mão e sorrindo.

Lucas narrando:
Tinha acabado de chegar na escola e estava totalmente atrasado, não sei como me atrasei tanto, talvez seja culpa de eu ter dormido muito tarde me fazendo perder a hora.

Estava passando pelos corredores, quando ouço sons, pensando que é aquela inspetora chata ou a direto encosto na parede e procuro ver quem é discretamente sem que me vejam, mas não são bem as pessoas que eu queria ver.

Quando vejo a cena da Manu com um garoto que eu nunca vi e pior está rindo com ele, sinto algo arder dentro de mim, me fazendo querer acabar com a raça desse pivete, mas me controlo e continuo meu caminho só que mais rápido para chegar logo na minha sala e não ter mais que ver essa cena ridícula..

Chega a hora do recreio e estou faminto, pego meu lanche e quando estou sentando na mesa com meus amigos vejo a cena mais patética, cada hora fica mais pior não tem uma que não seja.

Manu e o tal do garoto de hoje cedo estão numa mesa sentados juntos, ela parece estar muito interessada no que ele está dizendo enquanto come, ele , o idiota, está totalmente empolgado em contar o quer que seja que está contando que concerteza é totalmente estúpido.

E ela ri, ela deve ter bebido algum veneno só pode ela ta rindo do que aquele idiota ta falando, estou tão entretido no que está acontecendo que só percebo que estou amassando a latinha de coca cola quando sinto o líquido da lata e os cara do meu lado começa a rir.

Droga! - digo e limpo a sujeira que fiz na mesa com guardanapos e quando olho pra mesa onde eles estavam, não estão mais lá, que agora eles são ninjas é isso?.

Luc presta atenção na história que o Leo ta contando é muito engraçada - Gustavo diz rindo.

Depois seis me contam, tenho que resolver um negócio - digo me levantando.

Beleza então, conta de novo.. - Gustavo pede para Leo.

Estou prestes a sair do refeitório quando sou parado por nada mais e nem menos que a cobra da Tatiana.

Oi Luc - ela diz sorrindo.

Oi - digo, mas nem olhando para você e sim pelos arredores do lugar.
Desde aquele dia nunca mais falou comigo estou ficando preocupada, será que nossa amizade acabou tão rápido (e desde quando começou? ) - ela diz tentando se por na frente de onde estou olhando.

Estava ocupado demais (dormindo) - digo tentando achar eles.

Ah sim - ela diz e segura em meu rosto e puxando para que eu veja ela - a gente podia marcar um dia como aquele né, se sabe pra conversar ou nem precisamos conversar poderiamos fazer outra coisa. Pera deixa eu entender ela ta me cantando é isso mesmo?

Ta um dia - digo quando avisto quem eu queria avistar e me desvio da "coisa" na minha frente.

Ok, me liga! - ela grita pra mim e eu finjo que não ouvi, quando chego no pátio me perdo deles até que encontro, mas sou barrado por meu irmão.

Eae mano - diz Théo vindo me abraçar.

Eae - digo.

Pensei que se não vinha hoje porque quando sai seu carro ainda tava lá - ele diz.

É, quase não vim de tão atrasado - digo.

Que bom que veio então - ele diz e eu só assinto querendo prestar atenção no que ta acontecendo ali e e ele percebe seguindo meu olhar.

É o garoto novo parece ser bem legal - ele comenta.

Falou com ele? - pergunto, mas não tirando a atenção de lá.

Não muito, mas o pouco que nos falamos ele parece ser e acho que a Manu também acha isso - ele diz.

Deve achar né - digo.

Vou indo cara - ele diz batendo no meu ombro de leve e some pela multidão, enquanto eu sigo a duplinha que se meche, aproveito o momento em que o garoto se afasta e vou até ela.

Quem é o cara? - pergunto.

Que cara? - ela pergunta.

Não se faça de sonsa, que nos dois sabemos que você não é nem um pouco - digo.

Ata o aluno novo - ela diz.

Esse mesmo - afirmo.

O que tem ele, ele é tão legal e divertido você iria gostar dele - ela diz.

Não mesmo - murmuro.

Que?.. Tudo bem ele já deve tar voltando e você pode conhece-lo melhor, que tal? - ela propõem.

Lucas - chamam meus amigos e colegas de time.

É to vendo que não vai dar, o dever o chama - ela diz e eu tento dizer algo ela me imterrompe - tudo bem eu entendo vai, não deixe seus amigos na mão. Ela me empurra e quando olho para trás ela da tchauzinho e sorri de boca fechada, retribuo o sorriso e continuo andando...