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[ MERLIA ]

- Não vai falar nada? - ele pergunta, já estamos no carro, Harry está me levando pra casa, e eu simplesmente não falei nada além do nome do meu bairro, durante 15 min.

- Eu não quero conversar. - digo ríspida.

- Eu percebi, vai ficar me dando gelo, como uma garotinha de 6 anos? - ele pergunta e eu o olho séria.

- Só não quero conversar. - digo me virando pra encarar a estrada novamente.

- Porque não? - como ele pode ser tão cínico.

- Em um minuto você diz que não quer ser meu amigo, no outro já me oferece carona, você é bipolar garoto. - digo.

- Merlia eu só quero pedir desculpas tá legal? Eu sei que eu errei, e se você não me perdoar todos naquela casa vão querer arrancar minha cabeça. - ele diz e eu já entendi tudo, forçaram ele pra vir falar comigo.

- Ótimo, tudo explicado então, você está aqui porque foi forçado à estar aqui, seu idiota. - como ele faz pra me irritar tão fácil?

- Olha aqui, você está no meu carro então me respeite. - ele diz.

- Então não seja por isso, para o carro.

- O que? - esse garoto é surdo?

- Para o carro.. - digo.

- Não vou parar o carro. - ele diz.

- Vai parar o carro sim, cuida! - eu grito e ele para o carro, e eu desço, sigo minha rota andando, apesar de não saber pra onde estou indo, só sei o nome do meu bairro, mais a parte mais importante que é chegar lá eu ainda não aprendi.

- Garota você é louca. - Harry disse enquanto corria pra me alcançar.

- Jura, eu sou louca? - pergunto o encarando séria.

- Sim, eu estou tentando te pedir desculpas pelo que falei, mais você é orgulhosa de mais pra aceitar.

- Eu não sou orgulhosa, é você que está aqui porque te obrigaram, eu não aceito desculpas assim. - digo enquanto cruso os braços, dessa vez nosso tom de voz está mais baixo, acho que finalmente posso dizer que estamos chegando perto de uma conversa.

- Eu não estou aqui porque fui obriga... - o som do seu celular o interrompeu, ele ainda tentou falar mais eu pedi que atendesse a droga do celular que o som estava me irritando.

Depois de uns 10 min no telefone ele desligou e voltou sua atenção pra mim, já estava encostada no capô do carro, não iria ficar em pé esperando o rei da Inglaterra terminar de falar no telefone já que não me deixou seguir andando.

- Terminou rei da Inglaterra? - digo e ele sorri, eu queria mesmo provocar, acho que não atingi essa finalidade.

- Sim, Miss Simpatia.

- O meu apelido foi mais criativo, nem pra isso você serve. - digo ele me dá língua.

- Você pode me levar pra casa? - pergunto, já ficamos mais de horas brigando aqui e eu estou cansada.

Merlia; H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora