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[ MERLIA ]
Hoje o dia está bem bonito, ou talvez ele esteja lindo todos os dias e eu que acordo de mal humor. Por mais incrível que pareça eu acordei com um humor melhor hoje, fui pra revista com a Tia Ana, e acabei encontrando Mari, que me pediu desculpas pelo chilique de domingo, e eu aceitei, ela não teve culpa de nada.
Nós acabamos marcando de sair um dia, eu até aceitei já que ela disse que os meninos queriam compensar o acontecido, mas aproveitei pra explicar que está tudo bem entre mim e o Harry - bem do nosso jeito. - e que eu já desculpei.
- Ele disse que iria te pegar as três. - disse minha tia tentando me convencer que Harry tá interessado em mim, enquanto estamos no caminho para casa.
- Ele estava zuando tia, ele não vem me buscar. - digo sorrindo, só ela pra acreditar nisso.
- Se você tá dizendo. - ela diz dando de ombros. - e você? Não tá interessada por ele? - pergunta ela.
- Não, claro que não, nunca! Ele é um otário, me odiou desde o primeiro dia que me viu, eu não estou e nunca estarei interessada por ele.
- Merlia relaxa eu só fiz uma pergunta criatura. - tia Ana diz sorrindo.
Ela tinha esse poder, de me fazer ficar pensando no que falou por horas e até dias, quando ela colocava algo na cabeça era impossível de alguém descordar dos pensamentos dessa maluca.
Chegamos na casa da tia Ana e fomos almoçar, depois aproveitamos pra sentar um pouco no sofá e assistir alguma coisa, já que minha tia era daquelas pessoas tradicionais que só comem na mesa, ao contrário de quando morava na minha antiga casa, nós comíamos onde queríamos, passar de ser só eu e minha mãe.
Coloquei minha cabeça nas pernas da minha tia.
- Sabe eu vou mandar meu históricos pra algumas faculdades, o que acha? - perguntei pra tia Ana.
- Acho ótimo Lia. - diz tia Ana e eu sorrio.
- Eu não queria dar trabalho pra senhora a vida toda. - digo.
- Merlia você tá louca? Não me dá trabalho, faço tudo que faço porque você é como uma filha pra mim garota, não fala mais isso. - soou mais que um bronca, foi um conselho.
Acredito que palavras não descrevem o quanto sou grata por tudo que essa mulher faz na minha vida, ela com certeza é minha segunda mãe. Apesar de lembrar da minha mãe todos os dias, tia Ana tem me feito maravilhosamente feliz.
- Bom, vou tomar um banho pra voltar pra revista. - diz tia Ana e eu assinto tirando a cabeça de suas pernas.
Continuei assistindo televisão, e não demora muito minha tia se despede de mim com um beijo na minha testa, e sai para o trabalho
Resolvo colocar um roupa um pouco mais confortável, já que uma calça jeans apertada já deve está prendendo meu sangue, subo pra vestir um short mais casual, essa época do ano não está tão frio aqui em Londres, posso dizer que a temperatura está praticamente razoável e dá sim de usar um shortinho, que apesar de gostar muito da peça não tenho muitos afinal Forks é fria o tempo todo. Coloco um dos meus poucos shorts e desço pra assistir televisão, mais antes que eu possa me deitar no sofá a campainha toca.
Dona Célia corre o mais rápido possível pra atender.
- Dona Célia eu atendo. - digo quando ela passa correndo pela sala.
A campainha toca mais uma vez.
- Por favor, você trabalha de mais eu digo. - ela agradece e logo sai para fazer o resto dos seus afazeres.
A campainha toca novamente.
- Já vai. - eu grito e vou em direção a bendita porta.
A abro e me dou de cara com um ser de cabelos castanhos, olhos verdes e um sorriso lindo que fez minhas pernas virarem gelatina ao ver aquelas covinhas. Ele parecia ter a mesma reação que a minha já que ficamos nos olhando por uns 15 segundos, e provavelmente ele devia estar com as pernas virando gelatina, mais não pelo meu sorriso, devia ser minhas pernas a mostra.
- Er... você... o que você veio fazer aqui? - pergunto o mais direta possível fechando por um segundo os olhos pra poder não olhar o ser a minha frente.
- Eu disse que ia te pegar pra sair. Não lembra? - ele pergunta sorrindo,
O que ele tá achando tão engraçado?
- Eu não achei que fosse sério!
- Mas foi sério. - ele disse.
- Nunca sei quando você está sendo sério ou não Harry. - disse.
- Então você vai se arrumar que vamos sair mesmo assim, não vim aqui de otário.
- Apesar de ser um. - disse baixinho trocando pra ele não escutar.
- E o que te faz pensar que eu vou sair com você? - perguntei cruzando os braços, e me encostando na porta, queria mais intimidar do que que perguntar.
- Tenho absoluta certeza que ai dentro está um tédio do caralho.
- Não tá não. - menti, mas na verdade tava sim.
- Vamos, podemos conversar um pouco.
- Harry nós não conversamos, somente brigamos, e é o que eu sei fazer de melhor.
- Vamos Lia.
- A dois dias atrás... ou foram três? Não importa! Só sei que a pouco tempo você me odiava.
- Eu não te odiava. - ele disse.
- Então o que era aquilo? Admiração em forma de patadas?
- Não. Não só não ia com a sua cara. E você vai sair comigo ou não?
- Tudo bem, vou me trocar. - disse isso é fechei a porta. Quando subia as escadas lembrei que tinha fechado a porta na cara dele, então voltei envergonhada, e abri novamente a porta.
- Foi mal.
- Percebi. - ele disse.
- Entra. - disse dando espaço pra ele entrar.
- Obrigado.
Corri pra me vestir, coloquei uma calça jeans, eu estava extremamente envergonhada com ele olhando para minha pernas, apesar de ter morado 18 anos da minha vida em Forks, sou descendente de brasileira, minha mãe morava em uma cidade em Minas Gerais, Juiz de Fora, e através de um esbarrão encontrou meu pai, um gringo loiro e lindo, que estava como turista visitando nosso país, eles trocaram números e olhares, e 2 anos de relacionamento depois eles casaram e foram morar na cidade do meu pai, Forks, era incrível as histórias que minha mãe contava, de como teve que aprender a falar inglês muito rápido, e quando chegou se perdia no meio das palavras e reclamava que os Estadunidenses falavam rápido de mais. É uma pena o casamento ter ido por água abaixo por causa de um Novaiorquina, Giorgina. Odeio ela.
A irmã adotiva de minha mãe, Tia Ana, já foi bem diferente, não via nada que lhe desse interesse nos Estados Unidos, e com a ajuda de meu pai, veio morar em Londres, onde criou a revista Teen Vogue.
Terminei de me arrumar e desci, sinceramente eu não tava acreditando que tinha topado sair com o otário do Harry Styles.
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Merlia; H.S
FanfictionAos dezoito anos Merlia perdeu a pessoa que mais amava, sua mãe. Suportar uma dor como essa sozinha chega a ser impossível! Mas ela não estava sozinha, tinha um belo anjo ao seu lado, sua tia Ana, que lhe consolava e dava força enquanto precisasse...