12.

88 12 8
                                    

©©

[ MERLIA ]


Depois daquele passeio na roda gigante, ainda andamos juntos no parque comemos, e sorrimos. Paparazzis tiraram várias fotos nossas, mas não nos importamos, estávamos bem de mais um com o outro. Alguns abraços e até beijos foram trocados naquela noite.

E logo no dia seguinte estava lá no Twitter, as directioners pirando por ele, e pelo novo casal.

Na mesma noite que ele veio me deixar em casa, me prometeu que iria ligar.

Mas tem um porém, ele não ligou.

Nem no dia seguinte, nem no dia depois do dia seguinte, e nem em nenhuma outra ocasião.

Sim, eu deixei passar o três dias depois do primeiro encontro. MAIS ELE NÃO LIGOU.

Nem no terceiro dia, nem no quarto, nem no quinto e muito menos no sexto. O que me deixou puta do raiva. Nos dias em que eu ia para a revista, conversava com Mari, mas sempre com vergonha de perguntar o que ele tava fazendo que me ignorou durante a última semana. Ela até chegou a perguntar das fotos uma vez, e eu - PESSOA SEM VERGONHA NA CARA QUE SOU - contei ao menos um pouco do que aconteceu lá, e ela me garantiu que eles estavam ocupados de mais com as coisas da banda e que logo ele iria retornar minha ligação, isso serviu pra eu me controlar um pouco.

Mas o pior é que quando eu parava pra pensar, vi o quanto eu fui infantil, de me interessar logo no cara, só porque ele me beijou e me disse alguma palavras bonitas.

Quando cheguei em casa, pensei boa parte do tempo na possibilidade de aparecer na casa dele, poderia fazer uma surpresa.

Tomara que ele goste de surpresas.

Então eu me arrumei, coloquei um velha calça jeans e uma blusa, e peguei um táxi até a mansão dele.

O caminho todo fui pensando se estava fazendo a coisa certa, se ir até a casa dele não iria parecer que eu sou uma desesperada possessiva. Ao chegar na casa paguei o motorista e saí do carro, toquei a campainha, já não tinha mais volta.

Pela demora, toquei a campainha mais alguma vezes, mas parecia que mão tinha ninguém na casa, então me virei pra sair andando, quando alguém abriu a porta, me virei pra ver quem poderia ser e era ele.

Sem camisa, só com uma calça moletom, cabelos bagunçados e rosto de sono.

Merlia, respira, inspira, respira, inspira, respira, inspira. Tenta não olhar o corpo desse cara. Não olha, não olha.

É IMPOSSÍVEL NÃO OLHAR.

- Oi. - disse assim que o vi, tentei não mostrar meu nervosismo.

- Oi.

- Eu te acordei não foi? Desculpa, eu já estou indo embora. - disse e e virei pra sair.

- Não! Merlia, não vai. - ele falou, e eu me senti aliviada. - bom, o que veio fazer aqui?

- Na verdade... eu.. Só queria te ver. - disse por fim.

- Sério? - por um minuto vi humor em sua voz, o que me deixou irritada.

- Harry, eu não devia ter vindo, Tchau. - disse e me virei pra sair.

Harry foi mais rápido, ele me puxou pelo braço, e segurou minha cintura forte, grudando meus seios em seu abdômen, o que me deixou de perna bamba, ele me encarava, mas dessa vez olhando nos meus olhos.

- Eu já não acho isso.

- Harry eu...

- Ei, não fala nada. - ele sussurrou no meu ouvido interrompendo.

Ele me olhou mais uma vez, e com uma das mãos tocou meu rosto fazendo uma carinho, com tanto cuidado como se a qualquer momento eu fosse desmontar igual uma boneca em sua mão. Seu toque fez meu coração acelerar, o que me fez fechar os olhos e esperar o que estivesse por vir. E veio. Ele atacou meus lábios, com tanta delicadeza que me fazia ficar curiosa com o que ele pensava de mim, mas ao mesmo tempo em que ele me beijava com delicadeza, o desejo era explícito, eu podia parar o beijo e dizer que está tudo indo rápido de mais, talvez eu passei a desejá-lo rápido de mais, talvez eu não esteja apaixonada, AINDA, talvez eu devesse afastá-lo, e talvez ao menos durante esse beijo que eu desejei essa semana toda eu possa esquecer todo "talvez" e aproveitar.

Infelismente nos afastamos por falta de ar.

- Porque me ignorou essa semana? - perguntei.

- Não te ignorei, só estive muito ocupado com as coisas da banda essa semana. - sorri fraco. - quer entrar? Podemos ver um filme, passar a tarde juntos. O que acha?

Sorri, mas dessa vez foi um sorriso radiante.

- Por mim tá ótimo. - ele sorri e me dá um selinho, depois me puxa pra dentro da mansão, o que me lembra o dia em que cheguei aqui, e nós brigamos. Ele segurou minha mão e puxou pela escada.

- A gente não vai assistir um filme?

- Vamos, mas no meu quarto. - eu o olhei e ele sorriu malicioso pra mim.

Que sorriso meu pai. FOCO MERLIA.

Entramos no quarto dele e eu me surpreendi, era lindo, simples, mas lindo. Era branco, com uma cama no centro e logo atrás uma janela de vidro enorme o que fazia com que ficasse iluminado o ambiente. Mas algo me chamou atenção, tinha uma parede preta, com um quadro enorme, era como se fosse um mural, tinha várias fotos lindas, cheguei mais perto e observei, tinha várias fotos dele com duas mulheres, elas eram lindas, uma era loira, a outra era morena, e isso me deixou intrigada.

- Quem são? - perguntei ao apontar pra uma das fotos, me virei para o ser que estava parado na porta me observância.

- Minha mãe e minha irmã. - disse se aproximando.

Continuei vendo as fotos, eram lindas, tinha del com a mãe, dele com a irmã, e com os meninos.

- Isso é lindo. - disse olhando para o grande mural. - mas porque só tem fotos das mesma pessoa, você sua mãe, sua irmã e os meninos?

- Só coloco fotos das pessoas que realmente eu amo. Das pessoas que são importantes pra mim, pela qual eu faria qualquer coisa, daria minha vida por essas pessoas. Se um dia aparecer uma foto sua aí, não duvide da importância que pode ter pra mim.

Como eu queria que aparecesse uma foto minha aí.

Sem perceber já estávamos de mãos dadas. Nossos dedos que estavam entrelaçados com folga há alguns instantes, agora estão agarrados uns aos outros. A palma da minha mão está úmida e a sua um pouco áspera. Ele parece cansado mais seus olhos me fazer pensar em céus abertos que nunca vi de verdade apenas vislumbrei em sonhos. Quero muito beijá-lo, e é o que fazemos. Ele encosta em minha bochecha a fim de prolongar o beijo segurando sua boca junto a minha, para que eu possa sentir todas as partes onde seus lábios se encostam e todas as partes onde se afastam. Saboreio o ar que compartilhamos no segundo seguinte, e a maneira como seu nariz roça o meu. Penso em algo que quero dizer, mas é íntimo demais, então engulo as palavras. Um instante depois, decido que não me importo.

- Ainda bem que estamos sozinhos. - ele diz e me prende na parede.

- Não vamos passar de beijos. - digo e ele sorri.

- Por mim assim tá ótimo. - e nós voltamos a nos beijar.

Merlia; H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora