Cap. 8

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Nossos lábios estavam conectados em um beijo calmo, mesmo que por dentro me encontrava no sentido alerta. Seu beijo tinha um sabor de menta.

Não demorou muito me afastei o encarando assustada.

- O que foi isso? - Perguntei ainda sentindo o gosto de seus lábios.

- Um beijo. - Suspirou um sorriso fazendo carícia com seus dedos em minha bochecha.

- Carter...

- Não. - Ele me interrompeu. - Não fale que isso é errado, ou que nos conhecemos a pouco tempo. Quero poder te conhecer melhor Lucy, quero poder estar com você quando eu quiser.

- De onde surgiu isso? - Pergunto afastando um pouco sua mão.

- Desde o momento em que a conheci. - Ele pareceu ofendido.

- Carter... - Me sento com um pouco de dificuldade e pego sua mão a apertando com as minhas. - Isso está indo rápido demais. Preciso ser sincera ao dizer que nem mesmo sei o que sinto por você.

Ele sorri por não ter sido totalmente rejeitado.

- Eu não tenho pressa, só queria te mostrar que estou aqui Lucy.

Não consigo evitar um sorriso para ele.

- Bom, você tem uma caneta? - Pergunta tentando mudar de assunto.

- Tenho, porque? - Ele me pergunta onde está. - Tem um estojo ali no armário da TV.

- Perfeito! - Diz ao encontrar um canetão preto.

Carter se dirigi à mim com um sorriso largo no rosto, ele me deita novamente colocando minha perna em cima de suas cochas. Antes que eu perceba já estou sorrindo com o fato de meu gesso estar sendo desenhado.

- O que você está desenhando? - Pergunto não conseguindo ver. Me levanto sendo apoiada pelos meus cotovelos tentando enxergar.

- Estou desenhando uma lua com pequenas estrelas ao lado, pois você pra mim brilha como ela. - Sinto minhas bochechas queimarem em resposta. - E agora... Meu nome. Pronto.

Sou levemente levantada pelos seus braços ao ponto de estar sentada. Vejo o desenho médio cobrindo uma parte do gesso, e então a pequena assinatura.

" Com carinho, Carter."

- Está parecendo gesso de adolescente. - Libero uma risada mínima. - Sem ofensas.

- Era exatamente isso que eu queria. - Carter passa os dedos pelo desenho.

- Carter? - Não sei o que me deu, precisava perguntar por que era algo que me veio na cabeça como se dependesse disso. - Pode me beijar de novo?

O sorriso dele desapareceu, o olhar brilhou em surpresa e vontade. Seu rosto chegou perto do meu lentamente como se tivesse com medo da minha desistência.

- Posso? - Perguntou à um centímetro de distância.

- Com toda certeza.

Seus lábios finalmente invade os meus pedindo passagem por sua língua, o mesmo gosto de menta invade minha boca me fazendo suspirar quando o beijo se intensifica.

Uma limpada de garganta nos atrapalha me fazendo pular de susto ao ver minha mãe ali.

O ruim de ter alguém que trabalha em turnos diferente por cada dia, é que você nunca sabe quando essa pessoa estará em casa.

- Me disseram que você esteve no hospital, porque não me chamou? - Perguntou chegando perto e ignorando o fato de ver sua filha sendo beijada.

- Esqueci mamãe, perdão. Digo.

IncondicionalmenteOnde histórias criam vida. Descubra agora