Kyle sumiu, não respondeu minhas mensagens, não retornou minhas ligações, muito menos ao hospital. Fiquei três dias internada, e ao chegar em casa com minha cadeira de rodas novinha em folha, ainda estava me perguntando por onde ele andava.
Lessie voltou da clínica, minha mãe havia pego um adiantamento e pago pelas suas despesas e cirurgia, ela mancava com uma tala na pata, mas estava bem.
- Estamos na mesma situação em, pequena? - Ela lambeu meus dedos antes de se deitar novamente.
Mamãe e Kayla fizeram tudo por mim, ao se passar uma semana os mimos foram parando até se tornarem normais.
Tirei os pontos, comecei a fisioterapia, estava quase saindo da cadeira de rodas em poucos dias.
- Está com a cabeça em certas pessoas? - Perguntou Kayla.
- Não, tô só admirando a paisagem. - Menti.
Ela havia me levado na segunda semana de recuperação para a casa de campo. Estávamos sentadas (eu na cadeira de rodas, ela em uma normal) na beira da margem desfrutando da natureza, mas minha mente estava longe demais.
- Sei que está pensando nele, e se quiser saber o motivo de seu sumisso, posso te dizer...
- Não. Não quero.
Ela deu de ombros e voltou a prestar atenção em sua revista de moda.
- Tudo bem, me diz.
- Ele descobriu quem te atropelou. - Soltou sem tirar os olhos da revista, como se não fizesse nenhuma diferença. - Por acaso é alguém conhecido.
- Como?
- Não importa como, só importa que agora ele está... fazendo justiça.
Comecei a pensar em várias formas de justiça, nenhuma me pareceu boa.
- Kayla, conversa com ele, eu estou bem! Não preciso desse negócio de "justiça".
- Vai por mim, precisa sim.
- Me leva pra casa. - Pedi assim que percebi que aquela casa de campo, não tinha mais sentido sem ele.
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- Como foi a consulta? - Mamãe perguntou assim que cheguei em casa.
- O Doutor reclamou muito, disse que já era para mim estar andando, não quebrei a perna foi só uns pontos, diz ele. - Revirei os olhos.
Ja me encontrava bem, estava avançando com as muletas, mas sentia umas pontadas de dor nada normais.
- Já faz quase três semanas, Lucy, ele tem razão.
- Três semanas e você não sai de casa mãe, devia aproveitar as suas férias. - Sentei no sofá colocando a perna com cuidado em cima da mesa de centro e comecei a fazer um cafune na Lessie que permanecia deitada no sofá, ela também já estava bem melhor, mais do que eu até.
- Na verdade, vou fazer isso, amanhã à noite... Você se importa?
Pulei no sofá na mesma hora, ignorei a pequena pontada de dor quando fiquei em pé.
- Sério? Com quem?
- Você vai conhecê-lo, somente amanhã.
Ergui uma sobrancelha, havia percebido o entusiasmo de minha mãe nos últimos dias, mas fui egoísta o bastante para achar que era por minha causa, por passar as férias sentada no sofá assistindo Netflix comigo.
- Mãe, só... Toma cuidado tá?
- Tomarei filha.
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Incondicionalmente
Storie d'amoreLucy Fanning, uma jovem que perdeu muito mesmo antes de entender. Sem pai, sem irmã, somente com sua mãe e uma casa para ajudar a sustentar. Sua melhor amiga é diferente, vive em uma vida perfeita de atriz. Seu futuro? Era algo que não encaixava na...