Cap. 36

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- Jura falar a verdade, somente a verdade, nada à mais que a verdade? - Me perguntou o júri.

- Eu juro. - Tirei minha mão da Bíblia e me sentei no local indicado.

Até então o julgamento estava com todas as provas e testemunhas contra Bryan, mas ainda havia dúvidas sobre a cumplicidade de Kayla.

- Senhorita Fanning. - Começou o advogado de Bryan. - A senhorita afirma que meu cliente, o senhor Pekolskin, a humilhou na entrada de um baile?

- Sim. - Escondi minhas mãos suadas.

- E como foi isso, posso saber?

E mais uma vez, teria que dizer sobre o pior dia da minha vida, ali no meio de muita gente conhecida. Kayla tinha feito o favor de chamar algumas pessoas do colégio, pelas quais não via à anos.

- Ele rasgou meu vestido me deixando exposta, e depois ajudou os amigos à jogar alimentos e outras coisas em nós.

- Quando você diz "nós", a quem se refere?

- Eu, Daniel e Kayla.

- Está dizendo que a garoto falecido, a ajudou por livre e espontânea vontade?

Estranhei sua pergunta, mas não exitei em responder.

- Sim.

- E depois do ocorrido? O que vocês fizeram?

- Fomos para casa no carro de Daniel, ele voltou para falar com a namorada e ficamos nós duas em casa antes dela sumir de vista.

- Então, a senhorita Deschanel à deixou sozinha em casa, para voltar por vingança? - O advogado andava de um lado para o outro na minha frente.

- Sim, ela voltou, mas não sei dizer se foi por vingança.

- Tente raciocinar comigo, ela estava lá quando Daniel foi afogado, mas permaneceu calada, arrancou o vídeo do programa para que ninguém visse e tivesse uma carta na manga contra meu cliente, ajudou você à espalhar cartazes à procura de alguém que ela sabia que não estava mais entre nós. Por que ela faria isso?

- Porque ela me ama. - Olhei para Kayla. - Porque ela queria me proteger, queria que eu permanecesse bem.

Como se minha resposta não fosse válida, o advogado mecheu com a mão em um ato esnobe.

- Era só isso excelência.

🎥📷📹

Faltava duas testemunhas, os próprios rés. Kayla disse toda a verdade, sei disso pois quando ela mente ela entorta a boca.

Assim que Bryan se sentou, fiquei com medo de suas intenções. Ao jurar a verdade, ele estava cabisbaixo.

- Senhor Pekolskin. - Meu tio começou parado em sua frente. - O senhor poderia dizer o motivo de ter humilhado a senhorita Fanning em frente ao baile?

- Eu era o jovem mais famoso da escola. - Ele falava em desgosto. - Ela era a mais invisível. Fiz uma aposta, ganhei.

- E essa aposta, valeu à pena? - Meu tio colocou a mão no queixo pensativo.

- Com a grana que ganhei, acabei fugindo. - Bryan deu de ombros.

- Mas por que você afogaria alguém se já tinha ganho a aposta?

- Influência. Os garotos não gostaram da interferência do Daniel, eles queriam vingança, dei isso à eles.

- Pode me dizer, como que foi a entrada de minha cliente no local do crime?

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