Fazia frio alí. Olhou ao redor, e sentiu-se só.- Alec!- O chamou,mas,nada ouviu.
Era escuro alí. Ela mal conseguia enxergar um palmo à frente do nariz.
- Alec!- Ela o chamou mais uma vez.- Ele não pode te ouvir aqui...- Uma voz ecoou, no meio do nada. Assustou-se ao reconhece-la.
Ele saiu do meio da escuridão, vestindo roupas coloniais, com seus cabelos loiros caindo aos olhos azuis reluzentes. Olhou para ela, e, como se tomado por uma imensa alegria, sorriu.
- Jasminne...
Margoth sentiu-se estranha. Por que não sentia medo?
- O que é que você quer?- Tentou se desvencilhar dele,mas, não conseguiu se mover.- Quem é você?
Ele perdeu o sorriso, mas, não o brilho nos olhos.
- Meu nome é Harry Blackwood...
- E por que é que você me persegue? O quê que eu fiz pra você?- Margoth o questionou, sentindo o frio alí aumentar.
- Eu não te persigo!- Ele afirmou, quase aflito.- Eu tento te proteger...
- Chama isso de proteger?- Margoth sentiu-se quente de ódio.- Me deixou passar por tudo aquilo, matou a Rose...
- Não fui eu!- Ele respondeu, olhando para ela.- Foi Jullianne!
-O quê?- Margoth perguntou, incrédula. Mas, por que não sentia que aquilo tudo era insuportavelmente mentiroso? - E-Eu não acredito em você!
- Eu nunca mentiria para você! - Ele respondeu, e parecia quase implorar para que acreditasse. - Eu sempre te protegi dele!
- Dele?- Margoth perguntou. Quase podia imaginar quem era.
- Não confie nele!- Ele pediu.
- Está falando de quem?- Perguntou confusa.
- Quando lembrar de tudo... Quando precisar de mim, é só me chamar.- Ele falou, retornando à escuridão.
- Espera! Harry! Harry!- Ela o chamou.
- Você só precisa me chamar...
Margoth acordou, de imediato e seus olhos encontraram a forte luz branca do teto. Olhou ao redor, e notou que estava num quarto. Um quarto branco e sem vida. Olhou para o braço que estava num gesso, e descansava sobre a barriga. Se sentou na cama,com dificuldade. Estava tonta, e sentia sono. Olhou de novo para o braço engessado. Estava tão rechonchudo agora.
Puxou da ponta do dedo esquerdo um aparelho que apertava o indicador. Lhe irritava. Estava difícil lembrar como foi parar alí, a cabeça estava ainda bagunçada.Estranhou o burburinho do lado de fora do quarto. Parecia até...
- Margoth!- Alec invadiu o quarto, e logo depois, um grupo de médicos, todos enluvados.
Os olhos cheios de lágrimas agora estavam cheios de estranhesa. Olhou bem para ela, sentada na cama, o olhando com espanto. - Margoth!?-O quê?- Ela perguntou, olhando para ele e os médicos, empacotados até os dentes, com confusão.
- Você?!- Alec Gaguejou,assustado.- Está bem?!
- Mas,é claro que estou Alec!- Ela respondeu, e parecia se divertir com a cena.
Um dos médicos foi até Margoth e pegou sua mão esquerda, procurando pelo equipamento na ponta dele,mas, encontrou nos lençóis da cama.
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Acorde!
ParanormalSeria mais um dia normal para Alexandder Watter.Até que, em uma noite fria de inverno, dirigindo pelas ruas de Hollines, ele atropela alguém. Alguém que poderia parecer com qualquer pessoa,mas,no entanto,é externamente idêntica a sua noiva,morta em...