- Calma, se concentra...- Harry pediu, paciente.- Aaaaaah!- Margoth berrou, furiosa pela falha, novamente.- Que saco!
Chutou a neve no gramado do jardim. Já estavam alí há horas e nada desse escudo sair.
- Jasminne, mantenha a calma! Assim não vai conseguir.- Ele afirmou, cruzando os braços.- Tente visualizar, ver como se expande.
- Eu não vou conseguir,Harry!- Afirmou desesperançosa.
- Vai sim!- Ele se ajoelhou perto dela,e lhe abriu um sorriso. - Agora, levanta... Vamos lá, do começo! Feche os olhos e procure a paz dentro de sí!
Margoth o obedeceu, a contragosto. Fechou os olhos, procurando a tal paz. Deus, aquilo era impossível. Jamais encontraria harmonia alí, na bagunça que era ela. Tudo dentro de sí era opaco e sem vida. Sem cor, nem brilho. Onde estava a harmonia daquilo? Espera! Algo estava iluminando aquela escuridão. Podia ver, como se destacava no meio do cinza. O que era? Uma lembrança? Estava parecendo... O jardim, flores por todo lado, e ele a beijava. Ele era seu. Sorriu.
Da janela da sala, Alec podia ver a luz que emanava dela. Depois de tantas tentativas, ela enfim havia conseguido. Aquela luz parecia o sol. Ímpar e imponente. Era magnífico.- Jasminne... Abra os olhos.- Harry pediu. Ela o fez,e, ao encontrar a luz dourada rodeando seu corpo. Sorriu. Ou melhor, gargalhou. Olhou para ele, que sorria para ela.- Você coseguiu...
- Harry... Eu... E-Eu consegui...- Deduziu, sentindo a leveza de estar dentro daquela cúpula.
A luz abandonou seu corpo, repentinamente. Não se assustou, pelo contrário, se venceu. Foi a melhor coisa que sentiu naquele dia. Vitória!
- Eu consegui!- Afirmou, olhando as mãos ainda trêmulas.
- Parabéns!- Ele a congratulou, satisfeito.- Eu falei que você conseguiria.
- Você sempre acreditou em mim...- Ela falou, recuperando o fôlego.- Obrigada, Harry !
- Não por isso!- Ele afirmou, sorrindo. E ela notou como ele tinha um sorriso lindo.
Margoth caminhou até ele,e ,sem qualquer aviso, o abraçou. Estranhamente não o traspassou com esperava. Pode senti-lo. Sentir seu corpo. Harry se assustou. Fazia muito, muito, muito tempo mesmo que não sentia o abraço de outro alguém, e o dela, era o melhor abraço de todos os tempos. Ele a apertou, trazendo-a para si. Seu cheiro ainda era o mesmo. Flor de cerejeira do campo. Quantas saudades tinha dela.
- Obrigada Harry...- Ela falou, apertando-o mais.
-Isso foi mérito seu...- Harry respondeu, ninando-a.
Alec olhava a tudo da janela. Sentiu perder uma batida de seu coração. Sentiu perder o chão debaixo de seus pés. Ele estava abraçando ela, e ela estava deixando. Por que estava deixando? Recuou da janela,se recusando à ser público daquele espetáculo.
- Chega Alec!- Falou para si mesmo,subindo para o quarto.- Chega de correr atrás...
- Ah! Vou contar pra Alec!- Animou-se mais ainda, porém, Harry lhe deu meio sorriso.
- Eu tenho que ir. Já deu meu tempo aqui, nesse plano.- Harry informou,coçando a cabeleira loira. Aquilo pareceu tão familiar para Margoth.- Preciso voltar...
- Tá! Tudo bem Harry.- Ela lhe sorriu.
- Eu volto quando puder.- Ele respondeu, evaporando no ar.
Margoth lhe deu tchal com a mão. Depois correu até o casarão, animada. Ele gostaria de saber do seu progresso.
- Alec!
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Acorde!
ParanormalSeria mais um dia normal para Alexandder Watter.Até que, em uma noite fria de inverno, dirigindo pelas ruas de Hollines, ele atropela alguém. Alguém que poderia parecer com qualquer pessoa,mas,no entanto,é externamente idêntica a sua noiva,morta em...