Ela abriu os olhos, e a encontrou. Estava presa na escuridão. Ferida. Fraca. Doentia...- Irmã!
Margoth chamou por ela. E ela a viu. No início, se assustou, depois, pareceu incrédula, mas, logo se convenceu. Era sua irmã.
- Jasminne?! Como? Como chegou aqui?- Perguntou, confusa.
- Eu vim te libertar !- Margoth correu até ela, procurando um lugar para começar a puxa-la daquela escuridão maldita.
- Espera... Jasminne! Eu não posso sair!
- O quê!?- Margoth perguntou, parando repentinamente.- É claro que pode!
- Irmã...- Jullianne a olhou. E Margoth pode encontrar arrependimento transbordando por seus olhos.- Eu dei a minha alma... Não posso sair daqui!
- M-Mas... Mas você me disse... Disse no sonho que eu podia te libertar !- Ela falou, sentindo a voz tremular.
- E pode.- Jullianne respondeu, fitando os olhos da irmã. Respirava com dificuldade, mas, mesmo assim, se forçou a sorrir.- Me mate!
Margoth a olhou, assustada, quase horrorizada. Seus olhos nunca foram tão grandes.
- O que você...? Não! N-Não! Jullianne eu nunca... Meu Deus, NÃO !- Gaguejou nervosa, aterrorizada, transtornada.
Havia acabado de encontra-la. E agora, depois de tanto tempo...? Por que ela pedia por aquilo? Por que?!
- Jasminne, você é a única...
- Não! Não!- Gritou nervosa. A voz tremia, sem controle, sem muita razão também.- Não é justo! Depois de tanto tempo, depois de tudo... NÃO É JUSTO! POR QUE EU? LOGO EU?!
- Irmã...
- Não é justo!- Ela Cambaleou para trás, desnorteada. Não podia ser! Não havia qualquer possibilidade. Ela não iria fazer isso. Não havia coragem nela para aquilo.- Como você pode me pedir isso? Por quê?
- É o único jeito... Eu fiz um pacto de sangue. Não pode ser desfeito. E você é a única que poderia chegar até aqui.- Margoth olhou para a irmã, espetada por aquelas sombras, nem viva, nem morta.- Jasminne, isso é horrível! Eu já não aguento mais...- Ela falou, com a mesma voz trêmula da irmã.- Eu vivo assim há bastante tempo. Eu estou aqui, vendo ele te matar, vida após vida, e não posso fazer nada para impedi-lo. Eu já estou cansada!
- Por que você foi fez isso?- Margoth perguntou, cedendo ao chão, caindo em, seja lá o que fosse que a mantinha de pé.- Nós tínhamos a mamãe, e nós éramos felizes.
- Eu tinha inveja... Inveja do seu poder.- Ela respondeu, olhando para a irmã.- Eu também queria curar, e fazer alguma coisa de útil. Mas...- Ela fez uma pausa quase impulsiva.- Mas, eu acabei pegando o caminho errado para isso...
- Eu não posso!- Margoth respondeu, segurando a cabeça com as mãos. Chorava o suficiente para Jullianne sentir vontade de afaga-la.- Não me pede isso...
- Você nasceu depois de mim, e apesar de ser uns segundos mais nova, sempre foi você quem me defendeu...- Ela sorriu, como se estivesse lembrando de algo bom.- Você sempre teve mais coragem que eu... E sempre esteve lá quando eu precisei.- Margoth olhou para a irmã, em silêncio.- Eu preciso de você, uma última vez.
- Eu acabei de te encontrar... Você não pode me pedir isso!- Margoth respondeu, levantando do chão que nem existia.
- Jasminne, é o único jeito!- Jullianne respondeu, e se obrigava a sorrir, para acalmar a irmã mais nova.- Só assim eu vou ter paz... Só assim você vai enfraquece-lo, e derrota-lo...-.Ela suspirou, cansada.- Se não fizer por você, faça por mim...
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Acorde!
ParanormalSeria mais um dia normal para Alexandder Watter.Até que, em uma noite fria de inverno, dirigindo pelas ruas de Hollines, ele atropela alguém. Alguém que poderia parecer com qualquer pessoa,mas,no entanto,é externamente idêntica a sua noiva,morta em...