O sonho

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Dizem que os sonhos refletem o que queremos ou o que estávamos pensando antes de adormecer. Mas agora não era nada, absolutamente nada.

Estava escuro e úmido, frio muito frio, parecia uma caverna, mas não era, eu andava mas não chegava a lugar nenhum, "é hora de ir" uma voz ecoava pelas paredes de escuridão, "vamos Eleonor" dessa vez era outra voz, uma mais conhecida, "a menos que você queira morrer" de novo a voz desconhecida, "Eleonor" dessa vez reconheci a vos de Vandu, "é hora de ir" um coro das duas vozes.

"Ir para onde? Aonde eu estava? Será que eu morri?"

Acordei assustada, estava na minha cama, coberta pelo meu cobertor e encharcada de suor, uma bandeja estava ao lado, em cima de uma cadeira, tinha um copo com um liquido vermelho, um pote com amoras e um com biscoitos, pareciam estar me esperando a um bom tempo ali parado.

A luz do sol entrava pelos espaços entre as folhas das árvores até a janela do meu quarto, isso significa que não estava em baixo da terra.

Peguei a bandeja, estava com muita fome.

Enquanto comia tentava lembrar do que tinha acontecido, e como fui parar ali.

A porta se abriu.

Vandu. Ele tinha me colocado lá, ele tinha cuidado de mim.

Assim que ele entrou no quarto a cortina se fechou, rapidamente, e a luz se acendeu ao mesmo tempo.

-- Vejo que acordou! -- Falou com uma voz que parecia aliviada. -- Está se sentindo bem?

-- Estou sim, o que aconteceu?

-- Depois do incêndio da convenção você desmaiou...

-- Por quanto tempo fiquei desacordada? -- O interrompi.

-- Três dias. -- Respondeu rapidamente.

-- E você ficou aqui? Cuidando de mim? -- Perguntei curiosa.

-- Sim. Mas...

-- Como você conseguiu entrar aqui? -- Dessa vez eu estava com um pouco de raiva.

-- Sou um bruxo esqueceu? -- Falou explicando. -- Quando você desmaiou criou uma brecha nos seus feitiços, fazendo com que eu conseguisse encontrar sua casa e remover o feitiço que a deixa em baixo da terra.

Ele era muito esperto.

-- Por que?

-- Por que o que? -- Ele parecia confuso.

-- Por que me ajudou?

-- Você sabia que diferente do que dizem, vampiros tem sentimentos? Não como o de vocês, amor, ódio, isso não e nada para nós, sim agimos muito por instinto, mas não significa que só agimos assim. -- Ele parecia querer explicar algo.

-- Não entendi o que você quis dizer. -- Agora quem estava confusa era eu.

-- Nossos sentimentos estão ligados aos instintos. Você é uma boa bruxa... -- Ele estava olhando a cortina como se pudesse ver o sol.

-- Ainda não entendi porque me salvou -- Eu me levantei e fui em direção a ele.

-- Como você pode não entender? -- Ele se virou ficando de frente para mim.

-- Eu entendo que você age por instinto, só não entendo... -- Parei olhando nos olhos dele, eram profundos, parecia uma mistura de ira com pena e preocupação, misturado com o castanho dos seus olhos.

-- Por quê te salvei? -- falou colocando um de meus cachos que estava no rosto atrás da minha orelha. -- Não sei, só senti vontade de te proteger, você despertou meu instinto protetor. -- Agora ele parecia calmo.

-- Você... Eu despertei esse instinto em você? -- gaguejei.

-- Sim. -- Ele estava com a mão no meu pescoço, a mão no meu pescoço, a mão tão fia quanto o gelo -- Você conseguiu despertar isso em mim. -- Ele soltou meu pescoço e se afastou.

Parecia que não era só instinto protetor que havia despertado.

-- Vai aonde? -- Fiquei olhando para ele com vontade de ir atrás .

Ele fechou a porta sem me responder, as luzes se apagaram lentamente enquanto a porta se fechava e a cortina abria, para deixar a luz do sol e a brisa do final da tarde entrar.

sentei na cama de novo e voltei a comer as frutas e os biscoitos, pensei "eu dormi muito, nem me dei conta".

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Gente meu computador  esta me deixando doida eu posto os capítulos e ele não posta ou então não aparece postado pra mim estou quase enlouquecendo aqui.

Comentem se tiverem gostado se não tiver gostado também comentem isso é importante pra mim.

A história de Eleonor, a bruxa.Onde histórias criam vida. Descubra agora