Posso?

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Quando acordei estava deitada num tapete no chão da sala. Vandu deve ter me colocado lá, mas ele não estava por ali.

Levantei-me e fui no quarto ver o hóspede. Ele parecia bem melhor agora, como ele é um lobo, então cicatriza mais rápido do que se fosse um bruxo como eu, e em pouco tempo estaria totalmente cicatrizado.

Troquei os curativos, e fui até a biblioteca, Vandu também não estava lá, fui para o quintal que agora eu tinha, o sol brilhava forte não muito alto no céu, mas já iluminava bastante.

Comecei a ajeitar aquela terra que pouco havia mexido, pensei um pouco no que eu poderia fazer com todo aquele espaço. Percebi uma sombra passando pela clareira e percebi que as pessoas que passavam em cima do feitiço não percebiam que estavam pairando no ar.

Eu não sabia qual era a sensação de estar passando por ali, pois depois que lancei o feitiço não sai de casa, pouco ficava onde a luz batia.

De repente a porta se abriu e um vulto passa por mim, sobre as escadas e sai do feitiço.

Corro para dentro de casa e deparo-me com uma pequena bagunça pela casa e a porta do quarto aberta me dava uma sensação de que algo ruim tinha acabado de acontecer. Entrei desesperada e vi que ele não estava mais lá, ele havia fugido.

Quando Vandu me encontrou estava sentada no chão ao lado da cama, ainda suja de sangue. Não estava chorando, apenas pensava perplexa no que tinha acontecido.

Ele senta ao meu lado e pergunta já confirmando:

-- Ele foi embora!?

Apenas balanço a cabeça confirmando.

-- Bem, eu já sabia que isso ia acontecer.

-- Eu sei.

-- Como?

-- Você estava sempre observando, você sabia que o feitiço que lancei só o seguraria por algumas noites, mas não sabia quantas, só sabia que seria até que estivesse totalmente curado pois o feitiço era para fazer exatamente isso mas não sei como foi tão rápido se ontem a noite ainda estava tão machucado.

Ele parou para pensar um pouco.

-- Ele era um híbrido certo!?

Concordei com a cabeça observando as estrelas do outro lado do quarto.

-- Os híbridos muito poderosos no poder de regeneração... -- Começou ele.

-- São os que envolvem vampiros! -- Falei.

-- Não só vampiros, mas lobos também, e se tiver os dois então se cura muito mais rápido que qualquer híbrido.

-- Então já sabemos que ele é parte vampiro e parte lobo, mas será que é só isso?

-- Bem provável que sim.

-- Como você sabe? -- Olhei-o desconfiada.

-- Simples, um híbrido já é raro geralmente não sobrevivem para contar como foi a transformação.

-- Verdade, se híbridos de primeira e segunda escala já são raros imagina de terceira e quarta escala.**

-- Ele deve ser de segunda escala.

Confirmei com a cabeça e me lembrei que ele havia demorado para voltar.

-- Por que você demorou tanto para voltar? -- Perguntei.

-- Tive que fazer algumas coisas. -- Ele responde meio espantado com minha pergunta.

-- Tipo?

-- Coisas com nossos governantes. -- Falou com um ar de quem esconde algo.

-- Sei... -- Falei irônica.

Levantei-me e fui em direção a porta, mas antes de passa-la sinto uma mão em volta do meu pulso, não preciso nem olhar para saber que ele tinha levantado.

-- Eleonor, são coisas que não posso te contar, agora mas prometo que em breve poderei.

Olho para ele, parece sincero, apesar de seu olhar frio. Ele passa as mãos ao redor da minha cintura num abraço, me puxando para não muito perto, eu ponho os braços ao redor do pescoço dele e apoio a cabeça em seu ombro, respirando o estranho aroma de sangue com lírio. Ele vai subindo a mão pela minha costas até chegar ao meu pescoço. Arrepiando-me. Eu já sabia o que estava por vir, já sabia o que ia acontecer, o instinto falaria mais alto.

Ele cheira meu pescoço e depois beija, sobe em uma linha de beijos até a minha bochecha, então para, levanto a cabeça e olho para ele.

-- Desculpe-me. -- Diz ele.

-- Pelo que?

-- Por tudo, por não poder te contar o que você quer saber e por isso. -- ele aponta com a cabeça para as mãos.

-- Não, não fuja. -- Eu estava com medo, medo de ele ir embora e de ele ficar.

-- Você quer que eu fique!? -- Falou bem calmo.

Não respondi, abaixei a cabeça com vergonha. Com a mão que estava no meu pescoço levanta minha cabeça.

-- Posso? -- Pergunta, e nem precisa terminar de falar.

Levanto a cabeça levando os lábios até os dele, apenas encostando. Ele me puxa mais para perto e me envolve num beijo quente.

Passando a mão pela minha nuca, puxando de leve meus cabelos, me arrepiando. Me levanta um pouco do chão, anda e me pressiona contra a parede, me prendendo. Ele abaixa a mão que estava no pescoço, descendo a lateral do meu corpo até a cintura, então as duas mãos descem da cintura até a coxa onde começa a puxar meu vestido, que vai até um pouco abaixo do joelho, suas mãos foram tão rápidas que quando percebi já não dava para parar, cruzei minhas ao redor da cintura dele.

Quando ele estava prestes a tirar meu vestido...

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Essa ultima cena eu não tinha conseguido escrever e precisei de uma ajudinha rsrs

obs: Não consegui esperar para postar esse capitulo.

obs2: Na primeira vez que escrevi o capitulo o cheiro de Vandu não seria de sangue e lírio rsrs

Espero que vocês comentem o que acharam e o que precisa melhorar, vou levar em consideração qualquer crítica, e deem estrelinhas também.
** classificação de híbridos, caso queiram que eu detalhe sobre isso só pedir que no próximo capítulo detalho para vocês.

A história de Eleonor, a bruxa.Onde histórias criam vida. Descubra agora