Recapitulando
Me levantei um pouco fraca e até tonta. Levar a casa tão rápido a um novo lugar me deixou cansada. Mas, mesmo assim, eu me levantei, fui andando um pouco lenta até a porta. Vandu estava parado em frente a porta, parecia estar disposto a não me deixar sair.
-- Vandu! Deixe-me sair. tenho que fazer uma coisa rápido.
-- O que por exemplo?
-- Eu... Eu não tenho tempo de explicar. Deixe-me passar. -- Eu já estava irritada.
-- Não -- Ele também parecia irritado. -- Você vai ter que me tirar daqui se quiser sair.
-- Está bem, você que pediu. -- Com uma onda de poder joguei-o para longe.
Abri a porta e sai correndo pela a floresta. Vandu me alcançou antes de eu conseguir chegar aonde eu queria. Ele parou na minha frente me fazendo parar. Comecei a ataca-lo como ataquei na minha casa, ele apenas desviava dos ataques com muita agilidade, eu comecei a me irritar, comecei a ataca-lo com galhos de árvores.
senti gotas caírem, cada vez mais rápido, estava chovendo muito forte.
-- Não quero brigar, -- falei -- quero apenas passar.
-- Eu também não quero brigar, quero apenas te proteger. -- Ele estava gritando acima da chuva para que eu pudesse escutar. eu não parava de ataca-lo com galhos, com ele apenas desviando. -- Mas para isso você tem que parar de me atacar e vir comigo.
Mesmo com meus ataques ele estava chegando perto.
-- Não! -- Respondi gritando -- Eu não vou com você, eu preciso ir, deixe-me. -- Eu já estava com lágrimas nos olhos.
-- Calma! -- Numa distração minha e ele chegou perto. Perto o suficiente para me pegar, mas não o fez. -- Não sei o que é tão importante... mas vou com você.
-- Como...!? -- tudo bem, ele deixou-me confusa agora -- Não... Não precisa.
-- Não importa se precisa ou não. Eu vou -- Ele me puxou para perto e me abraçou -- te proteger. -- Ele puxou meu queixo para que eu pudesse olha-lo -- Não importa o que você queira, farei tudo para te proteger.
Ele abaixou a cabeça de vagar como se não quisesse me assustar, lábios pequenos, encantadores e macios encostaram nos meus. Ele me segurava pela cintura com uma das mãos, enquanto a outra passeava pelo meu rosto até chegar à minha nuca. Minha respiração parecia que tinha parado, eu não conseguia me mexer, por mais que quisesse, percebi que eu não queria sair. Fui esticando as mãos pelo peito dele, era forte, fui subindo as mãos, indo até a nuca, subindo até seus cabelos macios, descendo novamente pelos ombros de volta até o peito arranhando-o pelo caminho. Ele me puxa para mais perto como se não quisesse se separar, mas afrouxou um pouco, segurou uma das mãos que o arranhava, afastou seus lábios dos meus e abri os olhos de vagar como se para não perceber que era um sonhos, mas não era sonho, olhei aqueles olhos castanhos, pareciam famintos e cheios de desejos, notei que ainda estava chovendo e me lembrei do que tinha ido fazer ali.
-- Preciso ir. -- Falei me desvencilhando dos braços fortes dele, ele definitivamente quer me convencer a não ir.
-- Está bem -- Falou me deixando ir. -- vá na frente.
-- Você... Você vai comigo?
-- Vou!
-- Então vai me ajudar não é!?
-- Está bem, eu te ajudo, não tem outro jeito mesmo.
Corri até o local onde tinha deixado o estranho encostado em uma arvore. Cheguei perto, encostei as mãos no rosto dele, percebi que ele estava muito frio, apesar do sangramento ter diminuído, ainda sangrava.
-- Me ajude. -- Pedi à Vandu.
Ele fitou o garoto por alguns instantes. abaixou, pegou o garoto e colocou-o sobre seus ombros.
-- Tome cuidado! -- Falei preocupada.
-- Eu estou tomando -- respondeu ele com um tom de ironia -- Fique aqui.
-- Por... -- Não deu nem tempo de eu terminar de falar , ele saiu correndo.
Ele era realmente muito rápido, mas mesmo assim ele demorou para voltar.
Estava escuro, era uma noite sem lua e sem estrelas e muitas nuvens. Sentei nas raízes de uma arvore, me encostando nela, fechei os olhos, aquela parte da floresta me deixava com medo, eu sentia-me sozinha, como na época em que meu pai...
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Gente quem gostou da briguinha do casal?
Ah! A musica é meio como a Eln se sente, quando eu postei no social não tinha imaginado mas agora que eu reli e mudei algumas coisas nesse capitulo eu pensei nessa musica.
Se alguém tiver sugestões de musicas pode me falar.
bjss :*
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A história de Eleonor, a bruxa.
Mystery / ThrillerParo em uma lareira distante, fugindo!? Sim, dos meus problemas, não quero enfrenta-los, não agora, preciso primeiro saber se realmente quero isso. Para isso lembro-me de algumas coisas da minha infância tentando achar uma brecha para saber se em al...