△ egypt △

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- Minha rainha... - Um mensageiro entrou no palácio, onde Jade comia algumas frutas, sentada em seu trono. Ele se ajoelhou brevemente, voltando a ficar de pé. - Trago más notícias.

Jade fez um sinal para uma de suas escravas abaixarem a bandeja com as frutas, se sentando corretamente no trono e levantando uma sobrancelha.

- E o que seriam essas más notícias?

O homem suspirou, olhando para o chão.

- Nosso exército foi parado quando invadiu Uganda. Conseguimos conquistar somente três territórios. Os poucos homens que não foram assassinados, voltaram. Mesmo que o rei de Uganda tenha sido queimado vivo, seu povo massacrou nosso exército.

Jade se levantou imediatamente, andando lentamente até o mensageiro, com um olhar ameaçador.

- E por que não mandaram mais soldados imediatamente para acabar com o resto daquela raça? - Ela começou baixo, acabando por gritar no final.

Ele se encolheu um pouco, ainda olhando para baixo.

- Minha rainha, todos estão mortos ou foragidos, juntamente à princesa de Uganda.

- E qual o nome dela? - Jade arqueou uma sobrancelha, chegando mais perto ainda do homem, o fazendo tremer mais e mais. - Qual o nome dela? - Ela gritou outra vez, pegando as bochechas do mensageiro com uma mão.

- Leigh-Anne Pinnock, minha rainha.

- Mate essa vadia, e traga seu corpo para mim. - Ela o soltou, começando a se afastar, mas levantou um dedo quando teve uma ideia, voltando a se virar para o mensageiro. - Oh, não. A quero viva. Seu corpo vai queimar como o de seu pai. Agora, reúna homens, construa outro exército e tome o sul da África.

- Sim, senhora. - O homem respondeu, andando apressadamente para fora do palácio.

Jade revirou os olhos, segurando seu vestido quando subiu os poucos degraus até o trono. Ela sentou na cadeira de ouro e voltou a comer, sorrindo quando sentiu mãos massageando seus ombros e fechando os olhos.

- Hmmm... Jed... - Ela resmungou, inclinando a cabeça para trás antes de abrir os olhos e se deparar com os de Jed, sorrindo quase que imediatamente.

Ele parou a massagem, pegando a cadeira de uma das escravas de Jade e se sentando próximo a ela.

- Esqueça o sul da África, Jade. - Jed falou para ela, que franziu a testa.

- O quê?

- Esqueça isso. Reine só no Egito, já está ótimo! Não acha?

Ela respirou fundo, se apoiando nos braços do trono para se levantar e sentar em seu colo, de lado.

- Jed, meu querido, escute: se eu quisesse reinar só no Egito, se eu quisesse ser uma rainha insignificante e sem poder nenhum, eu não teria matado meu marido. Não teria matado o seu faraó envenenado depois de oito anos casado comigo, conhecendo cada movimento meu, mas ainda assim enganado pelo poder de uma vagina. - Ela acariciou seu rosto, mas seu olhar não tinha suavidade e muito menos carinho. - Minha mãe não me criou para ser nada menos do que a governanta de um continente inteiro, e eu não tenho dó de matar qualquer um que entre no meu caminho. E é por isso que você deveria ficar quietinho, você não é meu conselheiro, é só meu escravo, no máximo meu empregado.

Jed afastou o rosto dela do seu quando se aproximaram demais, olhando em seus olhos.

- Você traiu o faraó comigo por cinco anos, Thirwall. Você tem o Egito inteiro aos seus pés, rios de dinheiro, ouvidos por toda parte e batons que podem envenenar qualquer um que te beijar quando estiver os usando, Thirlwall. - Ele falou, dando uma longa pausa, antes de tirá-la do seu colo. - E eu ainda não tenho medo de você.

Ela arqueou uma sobrancelha enquanto ele andava de volta para os aposentos do palácios. Jade cruzou os braços, observando os passos dele.

- Direção errada. - Ela falou quando ele começou a ir para o quarto dos escravos.

Jed se virou para ela, que apontou para seu próprio quarto, escada acima.

- E não quero você saindo de lá até eu terminar aqui. Se se comportar direito, deixo você escolher uma algema. E talvez um chicote.

As expressões dele não se alteraram, e Jed só fez o que lhe foi ordenado.

Jade seguiu em direção ao seu próprio banheiro, ao que as duas escravas que estavam com ela a seguiram como cachorrinhos.

- Eu quero o melhor banho que puderem preparar. - Ela falou, e as mulheres começaram a trabalhar.

Ela tirou seu vestido, respirando fundo. Jade iria conquistar o que queria, fosse tomando à força ou queimando até virar cinzas. E agora, ela só queria a cabeça de quem atrapalhou seus planos. E se ela não conseguisse, ela iria queimar o mundo inteiro, para que tudo - e todos - virassem pó. Mas, agora, seu exército estava muito pequeno para começar uma caçada à princesa de Uganda e uma guerra contra o sul da África, ela perderia se tentasse.

Tudo o que ela podia tentar, era colocar seu plano B em prática.

Quando ela acordou na manhã seguinte, Jed estava ao seu lado, a abraçando. Ela se espreguiçou e se virou para ele, acariciando sua bochecha.

- Te machuquei ontem? - Jade perguntou baixinho, e ele sorriu.

- Pensei que essa foi a intenção. - Ele respondeu quando ela passou os dedos por um corte que havia feito sem querer em suas costas. - Não fui muito legal com você ontem.

Jade o virou de bruços, se esticando para beijar o machucado.

- Me desculpe.

Jed riu, arqueando as sobrancelhas.

- A rainha sabe pedir desculpas!

Jade também riu e lhe deu um tapinha na bunda.

- Não me subestime. - Ela voltou a deitar no colchão, ficando em silêncio por algum tempo. - Pensei no que você disse.

- Deveria estar surpreso?

- Jed... - Ela ameaçou, mas suspirou e continuou a falar. - Acho que vou colocar meu plano B em ação.

Ele franziu a testa.

- Plano B?

- Deixar a África de lado por um tempo, mas conquistar a Grécia. E, quando eu tiver o exército grego e egípcio juntos, ataco o sul da África, e mato aquela vadia que interrompeu meus planos. - Jade concluiu.

Jed não fez mais que uma expressão de levemente surpreso com a boca, e ela se virou para que ele pudesse abraçá-la por trás.

- O que acha? - Jade perguntou.

Ele deu de ombros.

- Sou só um escravo sexual. No máximo um empregado.

Jade revirou os olhos e se virou para o outro lado da cama, se afastando dele.

empires;; lm auOnde histórias criam vida. Descubra agora