△ egypt △

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n/a: MALANDRAMEEEENTE

desculpem a demora, bebes sz.

btw, qual personagem é a favorita de vcs?

e a que vcs mais se identificam?

~*~

- Deseja algo, minha rainha? - Um escravo de Jade se aproximou dela, que estava sentada na beira do rio.

Jade olhou para ele, o fuzilando com o olhar.

- Saia daqui.

O homem magro arregalou os olhos, assentindo e se retirando em passos rápidos. Jade girava uma pulseira de ouro em sua mão, mas ela se irritou quando sentiu as lágrimas queimarem seu rosto, gritando e jogando a peça na água.

Ela ainda podia escutar os gritos de sua mãe quando lhe contou sobre seu acordo com a Roma, ainda se sentia inútil por ter chorado em sua frente e repetir "vou consertar isso, eu vou consertar" sem realmente ter uma maneira de consertar tudo.

Jade tirou as peças de ouro de seu cabelo e suas orelhas, as jogando todas no chão. Ela fez o mesmo com sua coroa, soltando um suspiro. Ela não merecia tudo o que tinha.

Suas mãos continuaram em seu rosto por um tempo depois de jogar água nele, tentando não chorar. Onde estava a Jade de três dias atrás? Onde estava a Jade que ordenara o ataque em Uganda?

Mulheres têm vários hormônios, e talvez fosse um deles entrando em ação ali. Era isso que ela tentava dizer a si. Talvez fosse só aquela pequena tensão antes da "benção" chegar - era assim que sua mãe chamava aquilo. Jade não via como aquilo podia ser uma benção por a modificar por completo, deixando-a mais sensível e doce, e chutando sua rebeldia e poder de lado.

Ela tirou as mãos do rosto, se levantando e deixando tudo ali, no chão, enquanto caminhava de volta para o palácio. Aquilo não era justo com ela, logo quando havia começado tudo isso - foi o que ela pensou o caminho inteiro.

A primeira coisa que fez quando chegou em seu quarto, foi dispensar todos os escravos e criados. Eles conseguiam ser irritantes demais na maioria das vezes. Ela preparou tudo o que iria usar quando a "benção" chegasse, preparou seu próprio banho quente e esquentou um pano para colocar em sua de sua barriga, que doía como o inferno agora.

Ela não teve outra opção a não ser dormir, talvez acordasse melhor no dia seguinte, mais disposta a destruição. Ela colocou o pano quente em cima de si, se cobriu com os lençóis e fez uma pequena oração antes de se sentir desligar de tudo.

Estava escuro quando ela acordou, e Jade se sentou na cama quando ouviu uma pequena discussão do lado de fora do seu quarto, uma voz conhecida e um de seus criados.

- Vamos, Ysan, me de a chave do quarto dela.

- Ela não pediu para te chamar. Provavelmente está até dormindo.

- E ela precisa me chamar?

A outra pessoa na discussão respirou fundo, alto o suficiente para Jade conseguir ouvir do outro lado.

- Você pode ter alguns privilégios, mas ainda dorme no mesmo quarto que todos nós, o de escravos.

- Ysan, eu só quero entregar isso a ela. - Barulho de joalheria batendo foi escutado, e Jade franziu a testa.

- Faça isso quando ela acordar.

- É a porra da coroa dela! O que vão pensar de mim se me verem com isso pelas ruas?

Jade se levantou da cama, tropeçando em um dos lençóis pelo chão e xingando baixo. Ela abriu a porta, se deparando com os dois ali, parados e com expressões bravas.

- Jed. - Ela chamou, o fazendo se virar para olhá-la.

- Oh, graças. - Jed foi até ela, com tudo o que ela havia deixado na beira do rio em seus braços. - Isso é seu.

- Entre. - Foi o que ela respondeu, sem pegar nada.

Jed levantou uma sobrancelha e entrou, passando por baixo de seu braço apoiado na porta.

- Desculpe por ele, Ysan. - Ela falou para o outro escravo, que assentiu.

- Não se preocupe com isso, minha senhora.

Ela fechou a porta com um pouco a mais de força do que o necessário, se virando para Jed com uma sobrancelha levantada.

Ele estendeu a coroa e as jóias, as recolhendo quando ela estendeu a mão para pegá-las. Jade lhe lançou um olhar nada legal.

- Por que estava chorando? - Ele perguntou.

- Não acho que te dei a liberdade de pensar que pode me fazer perguntas. - Ela se encostou na cômoda atrás de si. - Ysan disse por si mesmo: você dorme no quarto de escravos.

Jed suspirou, jogando a coroa e as outras peças de ouro para Jade.

- Você só vai perder isso se continuar assim.

- Nunca. - Ela respondeu, sem expressão.

Jed riu.

- Claro. Se trancar em um quarto ajuda muito. - Ele negou com a cabeça, indo até ela. - Não sei quem a deixou assim, Jade, mas alguns dias atrás você estava me ameaçando de morte por ter pedido para parar com essa caçada ao poder. E você realmente me ameaçou para nada?

Jade revirou os olhos quando ele colocou um braço de cada lado da cômoda, a prendendo entre ele e o móvel.

- Não finja que quer que eu continue com isso.

- E eu não quero. - Ele deu de ombros. - Mas também não gosto de ser ameaçado em vão. Se você começou algo, termine.

Jade levantou os olhos para ele, que estava usando somente a parte de baixo da roupa, inclinado sobre ela.

- Hm? - Jed esperou uma resposta.

- Eu não tenho o exército para atacar nada agora. - Ela bufou. - Não devia ter caído na armadilha daquela romana, mas eu também não teria o exército para impedir o ataque dela. Merda.

Jed se afastou dela, andando pelo quarto com os braços para trás.

- Bem, se você não tivesse ficado no quarto por todo o dia, saberia que Leigh-Anne ainda está viva, assim como outras duas representantes de Olímpia. E que elas se juntaram.

Jade arregalou os olhos.

- O quê?

Jed deu de ombros.

- É o assunto do momento em toda a cidade.

- Se estiver mentindo...

- Vá lá fora e veja as notícias do dia. - Ele andou até ela, tirando a coroa de sua mão e a colocando na cabeça de Jade. - Você é a rainha, Jade. E nenhum romano pode tirar isso de você.

Ela o olhou por um tempo, e bem quando ele achou que ela o beijaria, tudo o que Jade fez foi andar em direção à porta, saindo em passos apressados e raivosos.

Jed suspirou e também saiu do quarto, fechando a porta e dando de cara com Ysan do lado de fora, parado da mesma maneira.

- Você está criando um monstro, Jed. - Ysan disse, e o outro suspirou, se sentando nos pequenos degraus em frente à porta do quarto de Jade.

- Minha mãe costumava dizer que o amor é uma mentira. - Ele respondeu. - Assim como essas mesmas palavras.

Ysan riu.

- Sabe que ela cortaria sua cabeça se precisasse, certo?

Jed deu de ombros.

- Nunca gostei das boazinhas de qualquer maneira.

empires;; lm auOnde histórias criam vida. Descubra agora