the way to Ω greece Ω

119 25 4
                                    

n/a: por favooooor comentem ♡

~☆~

- Princesa... - Uma camponesa choramingou, andando ao lado de Leigh-Anne. Ela estava suja, cansada, magra e ofegante. - Por favor... Não aguentamos mais.

Leigh-Anne sentiu pena quando viu a mulher, mas ela mesma também estava nas mesmas condições, puxando seu cavalo por uma corda, pois ele estava fraco demais para ser montado.

- Só mais algumas horas, sim? Eu prometo, senhora. Tau disse que já estamos perto da Grécia, e uma vez lá, providenciarei todos os benefícios possíveis para nós. - Ela prometeu enquanto se esforçava para andar por uma subida.

A mulher não discutiu, acompanhando em silêncio Leigh-Anne, ocasionalmente murmurando orações para alguns deuses, até que um barulho soou atrás das duas. A princesa se virou instantaneamente, se deparando com um homem de idade que havia caído atrás das duas, fraco e desnutrido. Ela se espantou, correndo para ajudá-lo enquanto uma roda se formava atrás dele.

- O senhor está bem? - Ela perguntou, já sabendo a resposta. O homem conseguiu ficar em pé graças a ajuda de um adolescente que o segurou, oferecendo um pedaço grosso de galho de árvore como apoio.

Leigh-Anne se levantou do chão, olhando para as pessoas ao seu redor. Todas fracas e sem comer por mais de um dia, e ela teve de tomar uma decisão.

- Faremos uma pausa. - Disse. Comemorações pequenas e agradecimentos foram escutados ao fundo, mas não pelas pessoas próximas a ela. - Já estamos chegando, posso ver por como a fertilidade do solo mudou, de seca como a de nossas terras para umida e frutífera. Mas não podemos continuar sem comida e água, então, por favor, estoquem o máximo de frutas e carne que conseguirem para o fim de nossa viagem, e ajudem uns aos outros.

Quando terminou de falar, todos começaram a se dispersar para procurar comida. Ela se sentou no chão, respirando fundo enquanto as pessoas passavam por ela.

- Vá procurar comida, garota. - Ela disse, olhando para sua égua, mas ela não se moveu. Ao invés disso, se deitou no chão ao lado da morena. - Tudo bem, eu faço isso.

Leigh se levantou depois de dar dois tapinhas carinhosos entre as orelhas do animal, que o acompanhou com os olhos conforme ela se afastava para procurar comida. Ela estreitou os olhos quando avistou uma árvore com frutas, tentando idenficar que fruta era aquela.

- Nunca vi em toda minha vida. - Ela falou para si mesma quando pegou uma dos galhos, a analisando. Por fora, era verde escuro com algum tipo de "pelo". Leigh a abriu com as unhas, e por dentro era um verde mais claro, com pequenas sementes pretas. - Espero que seja uma fruta mesmo.

Ela cheirou a fruta, e deu de ombros quando sentiu o cheiro doce dela, a colocando na boca e dando uma mordida. Ela deixou escapar um "hmm", surpresa pelo sabor gostoso.

E ela se esticou, na ponta dos pés, para encher os braços com aquela fruta e levar para todos provarem - era realmente gostoso. Mas, enquanto fazia isso, alguma coisa se mexeu entre as árvores, a fazendo sair da ponta dos pés lentamente e franzir a testa desconfiada.

- Quem está aí? - Leigh perguntou, se virando depois e olhando entre as árvores. - Olá?

Ela tentou gritar quando uma mão tapou sua boca, a puxando para trás e colocando uma faca em seu pescoço, a fazendo soltar as frutas. O homem que havia a imobilizado começou a falar, mas ela não conseguia entendê-lo, exceto pela palavra "Jade".

Jade não iria desistir tão cedo dela, iria?

- Me solte! - Ela tentou morder sua mão, mas a faca se aproximou mais da sua pele, e ela sentiu a dor começando a cortar a primeira camada da sua pele.

O soldado egípcio continuava falando, mas Leigh-Anne se debatia, tentando escapar. Ela não entenderia sua língua de qualquer maneira.

Ela pensou que tudo estava acabado, afinal, ela havia sido pega, então parou com os movimentos. Orou silenciosamente para Nyame, e só esperando que encontrasse seus pais para onde quer que fosse depois de sua morte.

Ela já estava chorando quando achou que o soldado cortaria seu pescoço, mas ao invés disso, o som de carne sendo perfurada e a pequena sufocada do soldado foi tudo o que aconteceu nos segundos que se seguiram. Leigh olhou para o lado com o canto do olho, e uma flecha estava atravessada no pescoço do homem, ao que ela soltou um grito alto e se afastou.

Seu coração estava extremamente acelerado, e ela recuou quando uma garota com um arco se aproximou dela, arregalando os olhos.

- Não.

- Minha princesa, não vou lhe machucar. - A garota disse, deixando o arco no chão. - Ele te machucou... Aqui, um pouco de água limpará.

Leigh-Anne recusou a bolsa de água que lhe foi oferecida, recuando mais ainda.

- Eu... eu vou... - Ela estava desnorteada, traumatizada pelo acontecimento recente. A garota começou a recolher as frutas no chão, as colocando em uma sacola. Leigh olhava estática, até que ela fechasse a sacola e entregasse para a morena.

Leigh não deu uma palavra, só começou a se afastar, voltando para perto de todos.

- Precisamos ir andando! - Ela gritou, e todos começaram a cochichar pelos cantos quando viram o corte fino no pescoço da princesa, em que pequenos fios de sangue escorriam. Não doía naquele momento, talvez por causa de toda a adrenalina, mas ela ainda estava com medo. - Por favor, vamos andando. Eu... peguei algumas frutas, mas... bem, não importa, todos atrás de mim.

Algumas pessoas perguntaram a ela se estava bem, mas ela só assentia, nunca revelando o que havia acontecido.

E, enquanto andavam, toda a informação da última semana começou a ser processada, a fazendo chorar com soluços por todo o caminho até a Grécia.

empires;; lm auOnde histórias criam vida. Descubra agora