- Temos visitantes, minha rainha. - Um dos escravos de Jade anunciou, enquanto ela caminhava pelos jardins de seu palácio.
- E por que eu deveria me importar? - Ela respondeu sem olhar para o homem, tomando um gole do vinho em sua mão.
O escravo demorou para responder, formulando uma maneira em que a frase não saísse grossa demais.
- É a governadora de Pompéia, minha senhora.
Jade ergueu as sobrancelhas, surpresa.
- Outra mulher no comando? O mundo está mudando, graças aos deuses.
- Acredito que ela seja na verdade casada com o governador de Pompéia, minha senhora. - O homem falou, mordendo o lábio.
Jade revirou os olhos, dando o copo de vinho para o escravo.
- Mais uma tonta então. Mas mande-a entrar, estou de bom humor hoje. - Ela ordenou, e o escravo assentiu prontamente, começando a fazer o caminho de volta. - Oh, Ravi, certo? Viu Jed no quarto de escravos hoje?
Ravi negou com a cabeça, com as bochechas assumindo um tom avermelhado. Jade sabia que Jed tinha uma boca grande e contava tudo o que eles faziam entre quatro paredes para seus amigos no quarto de escravos, e ela também sabia que ele não tinha vergonha nenhuma em dizer que era escravo sexual da rainha Jade do Egito. Ele até se chamava de "brinquedinho".
- Certo. - Ela estreitou os olhos, não acreditando na afirmação. - Agora mande a... o que ela é mesmo? - Ela bufou. - Mande a romana entrar.
- Já estou aqui, Alteza. - Uma mulher alta e de cabelos volumosos veio andando do outro lado do jardim, segurando seu vestido preto. Ela se curvou quando alcançou Jade, a olhando com um olhar tão penetrante quanto o seu. - Jesy Roche, minha senhora, governadora de Pompéia, e talvez futuramente de toda a Roma.
Jade arqueou uma sobrancelha e inclinou um pouco a cabeça com interesse na mulher confiante em sua frente, apontando a ela o caminho de pedras do jardim, para que ela andasse ao seu lado.
- O que posso fazer por você, Jesy Roche?
- Vim aqui em nome do meu marido para fazer acordos com o Egito, Alteza. - Jesy falou, entrelaçando seu braço ao de Jade quando ela o ofereceu para guiá-la pelo jardim.
- Que tipo de acordos? - Jade não parecia muito interessada naquilo, mas gostava do ar de Jesy, se parecia com o seu.
Jesy tomou ar para falar, observando o lago ao lado direito delas.
- Sabemos que o Egito perdeu seu exército quase inteiro contra Uganda. A princesa fugiu e será difícil de achá-la...
- Mandei um grupo de 640 homens atrás dela três dias atrás. Posso estar me recuperando do impacto de Uganda contra o Egito, mas ainda vou ter a cabeça dela em um prato. - Jade a interrompeu, ao que Jesy assentiu.
- E acabou de perder 640 soldados... - Ela falou, tentando não rir de Jade. - O povo de Uganda é forte mesmo em minoria, minha rainha, entenda isso. Mas de qualquer forma, você tem, no máximo, três mil homens e um objetivo de tomar a Grécia agora. Estou certa?
Jade não pôde fazer nada além de concordar. Jesy a deixara sem saída naquela afirmação.
- E como o povo grego, principalmente o povo de Olímpia, não vai deixar barato, não terá tempo de treinar mais soldados para expandir seu exército antes de ser massacrada pelos gregos e ugandeses ao mesmo tempo. Eles vão se unir, tenha isso em mente.
- E o que está propondo? - Jade olhou para a mulher, tentando superar sua habilidade de manipulação, mas Jesy era mil vezes melhor naquilo.
- Vai precisar de alguém próximo para se unir a você também, Alteza. E Roma é o maior império neste momento, todos sabem disso. - Ela respondeu.
Jade parou de andar, se sentando em um banco próximo à trilha de pedras, Jesy fazendo o mesmo.
- E o que você quer com essa união? - Claro, Jade não era boba.
Jesy deixou um sorrisinho maroto escapar, mordendo o lábio em seguida.
- 53% das terras da Grécia que conquistar.
A rainha do Egito assumiu uma expressão levemente surpresa, rindo depois.
- Isso não seria injusto?
- Não seria injusto Roma deixar muito mais do que um exército de três mil homens morrer em nome do Egito? - Jesy passou a mão nos cabelos.
- E se eu recusar? - Jade estreitou os olhos.
- Farei a mesma proposta que fiz agora para a Grécia. - A romana sorriu. - Quer 47% das terras gregas ou nada, além de destruição total do Egito, por três grandes reinos?
Jade respirou fundo. Ela, novamente, não tinha escolha. Deveria ter pensado bem antes de mexer com Uganda, essa era a verdade. Ela estendeu a mão para Jesy, cedendo.
- Tudo bem.
Jesy não conseguiu evitar de sorrir, apertando sua mão de volta e se levantando do banco.
- Mando documentos que precisam da sua assinatura em no máximo três dias, Alteza.
Jade se levantou também, suspirando.
- Certo. Precisa que eu acompanhe até a saída?
- Seria uma honra.
Jade sorriu de lado, oferecendo seu braço mais uma vez para a romana, que o segurou e se deixou ser guiada para os portões do jardim.
- Desejo que tudo dê certo para nós, rainha Jade. - Jesy falou, tentando não soar tão falsa.
- Tenho certeza de que seremos boas amigas. - Jade respondeu. Por dentro, ela estava gritando. A rainha do Egito que precisava da ajuda de Roma por não conseguir administrar um ataque contra um povo por si própria.
Tudo pelo poder, Jade, tudo pelo poder, ela lembrava a si mesma enquanto andava.
E quando Jesy chegou aos portões do jardim e alguns servos os abriram, Jade deu dois beijos na mais alta, que acariciou suas costas e se aproximou mais de seu ouvido.
- Não faço amigos, rainha Jade.
E, quando Jesy entrou em sua carruagem, Jade assumiu uma expressão de amargura. Ela foi derrotada por alguém ainda mais manipulador.
- Tragam-me vinho. Muito vinho. - Ela ordenou aos seus servos, enquanto saía do jardim, em direção a entrada do palácio.
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empires;; lm au
ФанфикJade é finalmente a rainha do Egito, e vai fazer de tudo para conquistar territórios e expandir seu poder. O sul da África é seu primeiro objetivo, mas quando Leigh-Anne, a princesa de Uganda, interrompe seus planos, ela precisa de uma segunda opção...