Bônus 1! Primeiro encontro

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Acordei com a música "Save'me" de NickelBack, ou seja, meu despertador, e por mais que eu estivesse "mais acabada que um bagaço de laranja", não pude impedir um sorriso de brotar em meus lábios.

"Que isso Lyana, ele é só um cara normal" –tentei me reprender mentalmente enquanto levantava para tomar banho.

"Que além de gato, salvou sua vida, eu já mencionei que ele é lindo?!" –disse minha voz interior.

Tirei minha camisola e fui direto para o banho com a ideia de não demorar muito ali ou me atrasaria, e graças aos céus hoje era dia de Sara fazer o café, então me apressei, e após terminar de tomar banho e brigar com a montanha de roupa que despencou em cima de mim quando abri a porta de meu guarda-roupas (chutei tudo de volta depois de escolher a que queria), me arrumei e rumei para nossa cozinha minúscula.

Moramos em um apartamento estudantil mobilhado, que possui uma pequena cozinha, uma sala com tv (que só usamos quando queríamos assistir um filme), dois sofás e uma lareira. Da sala temos acesso aos quartos por uma escada que leva ao primeiro andar, e os 2 quartos são suítes (primeiro o de Sara e depois o meu), e um banheiro social. Não tínhamos área de serviços por isso a nossa roupa era lavada em uma lavanderia comunitária da faculdade. Então nosso cafofo (apelido amoroso que demos), era mais do que o suficiente para suprir as nossas necessidades.

—Bom dia Sara! –eu falei ao adentrar a cozinha onde ela já tomava seu café com torradas na bancada.

—Bom dia sumida, que horas a senhorita chegou ontem do trabalho, eu verifiquei que você estava no trabalho até as 23:00 horas, mas acabei dormindo depois. –disse ela com um olhar felino, e eu suspirei pegando minha xícara do Jack Skellington (personagem de um filme animado), e a enchendo de café, esperando que minha coragem para contar a Sara a história de ontem também se enchesse.

—Cheguei eram quase 2:00 horas da manhã...

—Lyana, é perigoso você andar sozinha por aí nesse horário, e o que te fez voltar tão tarde? –ela perguntou preocupada, mais eu posso jurar que vi um brilho de malicia em seu olhar.

—Promete ficar calma e me ouvir até o fim? –perguntei sabendo que mesmo com ela afirmando que o faria, não o faria. —A maquina 9 deu um problema, e como cheguei atrasada o Seth me pediu para dá uma arrumada nela no seu lugar, e eu resolvi esperar até o fim do expediente pois seria mais calmo, só que não cogitei em momento algum que precisaria formatar o computador para isso, e quando por fim acabei, já estava tarde.

—Há que bom, mais da próxima vez não deixe para ultima hora. –ela falou enquanto eu comia uma torrada tentando novamente criar coragem para continuar.

—O problema foi que quando eu sai, fui abordada por um cara estranho que colocou uma navalha no meu pescoço. –respirei fundo e olhei para Sara que tinha uma torrada a meio caminho da boca.

—Meu Deus Lya, você está bem? –ela soltou a torrada e correu para o meu lado na bancada.

—Estou sim, nada me aconteceu.

—Como assim, o cara não te machucou? Ele roubou alguma coisa? Ele fez o que com você? –ela estava ficando nervosa, e eu poderia jurar que estava se repreendendo por não ter me esperado voltar para casa, então a puxei para que sentássemos lado a lado na bancada e tentei acalmá-la.

—Ele não me fez nada por quê antes que fizesse algo um rapaz me salvou, e me trouxe sã e salva até aqui. –eu disse sorrindo.

—O que? Vai me dizer que você foi salva pelo príncipe Harry em sua limusine branca que passava distraidamente pelo lugar após uma noitada de farra.–ela disse descrente.

Casando com uma trouxaOnde histórias criam vida. Descubra agora