Celebridade

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Quando nossos lábios se encostaram, meu coração que já estava acelerado, só faltou pular do peito, e todo meu corpo ficou quente. Mais quando nossos narizes se tocaram e nossos olhos se conectaram eu me assustei, e no impulso do susto, soltei a bancadinha e me impulsionei com todo meu peso para trás sem cuidado.

"Que porra você está fazendo Lyana!"

—AIIIIII... –na pressa de me afastar enfiei a mão nos cacos de vidros e gritei.

Meus olhos se encheram de lágrimas de dor, e o chão se tingiu de vermelho com meu sangue que fluía livremente para fora de meu corpo. Eu já e a me levantando, com aquela ardência, e pude ver um caco de vidro enfiado na mão, aquilo levaria vários pontos, e eu tinha pavor a agulhas. Fred se levantou rápido e pegando meu braço nervoso me dirigiu a pia.

—Deixe a mão aí, eu sei que dói, mais não tire até eu voltar. –ligou a torneira e colocou minha mão embaixo, choraminguei pela dor e ele saiu correndo, e poucos minutos depois voltava esbaforido com a varinha, e uma caixinha de primeiros socorros em mãos. -Vem Lya, me dê a mão. –fiz que não, e ele me olhou preocupado. –Vamos Lyana, temos que tirar o vidro daí e os caquinhos também, eu não posso usar um feitiço sem desinfetar a ferida. –o olhei e ainda sim meu medo era maior, se já doía com aquilo ali, imagina sem. –Lyana. –ele se aproximou e eu me afastei acuada. –Amor, você não pode perder tanto sangue, eu sei que vai doer, mais eu prometo ser cuidadoso. –o olhei chorosa.

"Isso vai doer feito o inferno! "

Ele veio até mim e desligou a torneira, e eu pude ver os estragos na minha mão, eu não conseguia nem a mexe sem aumentar a dor, sem falar que iria dá trabalho tirar aquilo dali. Fred me puxou para sentar na cadeira e ficou de joelhos na minha frente, segurando minha mão machucada que já voltava a sangrar.

—Coloque a cabeça no meu ombro e se sentir muita dor grite, ou me morda, mais não puxe a mão, isso pode te machucar mais pequena. –aquilo estava ardendo cada vez mais, e meu sangue já pingava, então fiz como ele pediu e encostei minha cabeça no seu ombro.

Fred segurou fortemente meu pulso com uma mão prendendo-a na minha cocha, e gemi trincando os dentes quando ele derramou álcool ali, cravei as unhas da minha mão livre na minha própria coxa. E senti quando este usou provavelmente uma pinça para retirar os caquinhos de minha mão. Eu tinha certeza que chorava feito criança, mais quando ele começou a puxar o caco que estava enfiado profundamente ali eu gritei e tentei puxar a mão.

—Aguente Lya, é o último amor. –eu o mordi e ele gemeu com a dor, mais mesmo assim continuou a puxar até que este saiu por completo.

Eu suspirei em alivio, mais ele ainda jogou álcool mais uma vez.

—Vulnerar sanentur. –os ferimentos se fecharam rapidamente mais eu ainda sentia alguma dor. –Pronto amor. –suspirou cansado.

Ele limpou meu rosto, e depois levantou.

—Fred... –ele me olhou preocupado/assustado. –Obrigada. –ele me sorriu leve e começou a limpar toda a bagunça.

Fui pegar um pano para limpar o sangue que sujou os móveis e ele me olhou descrente.

—Eu juro que se você sequer ousar sair dessa cadeira para limpar alguma coisa, eu te amarro nela. –ameaçou e o olhei assustada. –Merlin mulher, fique quieta um minuto.

Sentei rapidamente na cadeira, e fiquei lá balançando as pernas, o olhando com "cara de cachorro sem dono", até ele terminar de limpar e lavar tudo.

Fred me olhou e analisou de cima a baixo, e depois sorriu de lado. Pegou uma cesta no armário e começou a enche-la de comida e fez suco colocando-o numa garrafa térmica.

Casando com uma trouxaOnde histórias criam vida. Descubra agora