Bônus 3! Resgate

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Não, eu não posso acreditar que isso está acontecendo comigo, não, de novo não, não ela, não depois de tudo que eu fiz.

A dor em meus joelhos ao se chocarem com o chão era uma prova irrefutável de que aquela situação não era um pesadelo, eu não estava sonhando, porém não deixava de ser um marasmo dessa maldita realidade a qual eu estava preso. Enfiei as mãos com força na cabeça, e dela para os cabelos puxando-os com força, me joguei para frente e bati com a cabeça no chão e comecei a esmurrá-lo com o punho fechado, lágrimas de desespero do fundo do meu amago desciam por me rosto e se perdiam no caminho do meu torço. E gritei, gritei como um babaca que não pode fazer nada, por que era exatamente isso, eu não podia fazer nada por ela a não ser esperar, esperar pelo pior.

Merlim ela estava grávida, eu a deixei sozinha e grávida. O que ela não teve que enfrentar até chegar aqui? O que ela não sofreria nas mãos daqueles comensais, eles a fariam sofrer de tal maneira que a morte seria uma libertação, um completo alivio. Eles morreriam por que mais uma vez eu fui um idiota imprestável, por que mais uma vez eu não tive poder para proteger ninguém.

—Fred, precisamos salvá-la! –Hermione estava acocorada ao meu lado, ela colocou a mão no meu ombro e a apertou.

—COMO? –gritei. –Nós não temos como achá-la Hermione!

—Se ela fosse pelo menos uma bruxa poderia mandar um patrono ou pedir ajuda por algum meio mágico, mais uma trouxa... –disse Angelina.

—Uma trouxa não tem como nós mandar um sinal de onde está presa. –olhei para Rony, e levantei tão rápido que esse se assustou. Nunca em minha vida fiquei tão feliz por ele ser meu irmão, e mesmo ele sendo uns centímetros mais alto eu ainda o abracei.

—Você é um gênio Rony. –eu estava eufórico, tinha uma chance. –Chame a ordem e me esperem na toca com todos.

—Onde você vai Fred, não podemos fazer... –dizia Hermione, mas a cortei antes.

—Vou buscar o único meio de localizá-la, e você vem comigo Hermione, já que você entende de tecnologia trouxa. –não esperei por uma resposta, enlacei sua cintura e aparatei no beco mais próximo ao apartamento de Lyana que podia. Não tínhamos um minuto a perder.

Sai de lá com Hermione ao meu lado, enquanto andava tentava limpar o rosto e ficar apresentável. Olhei ao redor para ver se não havia ninguém próximo, e ao ter certeza que éramos os únicos ali fiz um feitiço simples para trocar a roupa que estava por um paletó, e outro para limpar o rosto.

—O que estamos fazendo na Londres trouxa Fred? O que você espera encontrar aqui? –ela quase corria para me acompanhar.

—Lyana tem um anel localizador, não sei bem como funciona, só sei que ela mesma o desenvolveu, foi seu trabalho de graduação. –Hermione me olhava espantada.

—Mas como? Tipo um GPS? Mais Fred, mesmo um GPS integrado precisa enviar a informação de localização e receber dados de atualização, e para isso funciona geralmente com wi-fi Fred, então me desculpe, porém as chances de ela está num lugar que tenha acesso a tal tecnologia são ínfimas. E mesmo nesse caso ela...

—Não Herms, ela me explicou que diferente de outros dispositivos, o dela é diferente por que manda uma mensagem bina... biria... bia. –tentei lembrar com exatidão da palavra que ela tinha me dito, mas era algo muito complicado.

—Binaria? -seu rosto se iluminou.

—Isso binaria, uma mensagem binaria pela frequência do som, então qualquer lugar que tenha uma antena, mesmo que a quilômetros de distância, poderia enviar um sinal. E esse sinal seria lido por essa antena e enviado para outra, até chegar no celular que tem o ponto de leitura e tradução do sinal. –pelo menos foi isso que ela me explicou.

Casando com uma trouxaOnde histórias criam vida. Descubra agora