Amigas

135 10 0
                                    

Acordei sentindo um leve incomodo, alisei meu ventre e notei que as gêmeas não paravam quietas, ainda parecia ser madrugada, provavelmente todos na casa ainda dormiam assim como Fred ao meu lado.

—Oi, mamãe já acordou, tenham calma. –alisei a barriga sorrindo. – Vocês estavam com saudades de conversar com a mamãe, por que eu estava com muita saudades de conversar com vocês! –sussurrei rindo leve. -Nossa última conversa foi com a tia Sara e o tio Karl lembram? Eu sei, eu também sinto saudades deles, mais o pai de vocês não acha seguro nos encontrarmos, então por enquanto o melhor é nos afastamos um pouco, tudo bem? Há e por falar no pai de vocês, o que acharam dele? A mamãe fez ou não uma boa escolha? Eu sei que o vivia chamando de cafajeste aristocrático e cabeça de fosforo, maldito filho de Afrodite, demônio do quinto inferno, enfim, eu estava errada, mais não me juguem, vocês mesmas ouviram tudo por ele mesmo! –continuava a acariciar e elas pareceram se acalmar mais. –Mas estou começando a me desculpar com vocês pela coisa errada, então me perdoem filhas, sinceramente espero que possam me perdoar um dia, eu fui tão idiota esses dias, mas eu realmente estava assustada quando pensei em não ter vocês, e humanos são seres burros, e quando estão com medo isso ser torna ignorância pura. –as primeiras lagrimas já se amontoavam em meu rosto, mais eu não me importava, eu só queria me livrar daquela culpa que tanto me consumia. –Sei que isso não é desculpa, mas poxa, eu tive tanto medo, e depois que percebi que minha vida não teria importância sem vocês eu encontrei toda a coragem que precisava para enfrentar tudo, vocês me deram essa coragem. –ri em meio ao choro. –Por isso, prometo a vocês, que não importa o que aconteça, eu vou manter vocês seguras, e assim como o pai de vocês eu darei minha vida se isso for preciso...

—Não será, eu estou aqui para isso! –arrepiei-me dos pés à cabeça com aquela voz rouca sussurrando em meu ouvido. –Eu protegerei todas vocês! –Fred se levantou e se inclinou beijando minha barriga com um carinho tão grande que senti meu coração se encher de calor, não um ruim, mais daqueles que começa ali e transborda por todo o corpo, fazendo nossas pernas tremerem e as mãos suares.

Ele continuou ali beijando, fazendo-me sentir aquela maravilhosa caricia.

—Desculpe acordá-lo! –ele fez que não com a cabeça. E eu limpei o rosto.

—Já estava acordado amor, desde que você começou a miar incomodada com algo. –sorriu terno, e eu deveria estar morta de vergonha agora, ele ouviu tudo.

Fred subiu beijando até o vale dos meus seios, e se apoiando nos braços, ficou em cima de mim encostando nossas testas, céus, quando aquelas esmeraldas me encarraram eu podia ver o seu amor por mim transbordando ali, ele nivelou o rosto e nossos narizes se tocaram numa brincadeira gostosa fazendo meu rosto formigar em deleite.

—Me deixe ter você Lya, eu nunca precisei ter alguém como eu preciso de você agora. –sua respiração quente era sentida por mim quando sussurrou aquilo, e tudo que eu mais ansiava era obter seus lábios, e sentir o quão doce estavam após dizer aquelas palavras para mim.

Foi minha vez de inclinar para frente e acabar com aquela distância, mais como tudo que ocorreu ali, aquilo pareceu acontecer em câmera lenta para mim, aquele beijo doce e singelo, que misturava nossos sentimentos. Cada toque me fazia imaginar se minha pele era brasa branda, apenas esperando seu toque de fogo para me incendiar.

Dizer que naquele momento fazíamos amor parece-me tão errado, tão impuro, só de pensar assim eu já me sinto como se maculasse aquele momento, pois foi tão "transcendente", que mesmo se eu não tivesse minha brilhante memória tenho certeza que lembraria eternamente de cada sentimento, cada toque e mais do que tudo, cada olhar.

Ele foi lento, deliciosamente lento!

Deuses como me senti completa ali em seus braços, e quando tudo aquilo acabou e nos encaramos com as respirações aceleradas de frente um para o outro, sorrimos satisfeito por partilhar aquele momento, e assim ficamos, entre beijos carinhosos e mordidas de leve, não dissemos uma única palavra, não necessitávamos, nossos corpos já tinham dito tudo por nós.

Casando com uma trouxaOnde histórias criam vida. Descubra agora