Casando com uma trouxa

Bônus 4! Castelo de cartas

—Por que o Malfoy, Lyana? –perguntei, e mesmo com a raiva eminente controlei cada parte do meu ser para não gritar com ela.

—E por que não Fred? –ela me perguntava incrédula.

Havíamos saído do consultório do Malfoy a poucos minutos, e eu tive de esperar até chegarmos no quarto para poder abordá-la sobre isso, ela não me consultou, simplesmente enquanto trocava sorrisos com aquela doninha albina, o perguntou se este "poderia por favor" ser seu padrinho, e ainda completou com um "eu ficaria imensamente grata e feliz se puder aceitar. Merlim é testemunha de que tive de usar toda minha reserva de paciência para não azará-lo quando ele deu aquele sorriso para Lya, dizendo que estava "lisonjeado". O infeliz ainda teve a ousadia de beijar a mão dela, e não teria sido problema se ele ao menos tivesse desgrudado os olhos dos dela por um segundo, mais não, eu sabia, ele a olhava com desejo contido. E eu não permitiria que aquele desgraçado a tocasse novamente.

—Abaffiato, colloportus. –gritei nada contido apontando a varinha para a porta. –Por que não? Simples Lyana, Eu. Não. Suporto. O. Malfoy. –sibilei irado.

—O problema não é meu Fred. –ela deu de ombros casualmente sem se importa com a elevação de minha voz, e eu podia jurar começar a ver tudo vermelho.

—NÃO BRINQUE COMIGO LYANA. –eu gritei, mas me arrependi no momento em que ela deu um passo para trás assustada. Merlin eu precisava me acalmar. –Vou tomar um banho. –ela fez que sim ainda temorosa.

Fui até o guarda-roupas e peguei a primeira roupa que encontrei, me dirigindo imediatamente para banheiro batendo a porta com força.

Tomei um banho com água fria, minha cabeça estava a mil e perdi a conta de quantas vezes esmurrei a parede do banheiro. Eu precisava me acalmar, precisa me lembrar que a Lyana não entendia esse mundo, que para ela tudo era novo, sem falar que ela não conhecia realmente o Malfoy, na visão dela ele era seu salvador. Mais se para ela ele era isso, então o que eu era? Seu futuro marido, ou melhor, o cara que a estava praticamente obrigando a casar! O pai de suas filhas que a deixou sozinha quando ela mais precisou, sendo um completo cafajeste, e se isso já não bastasse, foi o cara que a fez passar pelas piores torturas que qualquer bruxo teria arrepios só de imaginar. Sim, na visão dela ele era perfeito, e eu a causa de seus piores dias, o culpado de seus piores pesadelos. Então quem poderia culpá-la por pensar assim sobre ele, eu com toda certeza não.

Suspirei quando consegui enfim colocar a cabeça no lugar, eu só precisava conversar direito com ela, lhe explicar as coisas. Lyana sempre ponderou bem a situação, nunca era precipitada, poderia dizer com toda a certeza que ela é do tipo calculista, e apesar de estar sempre alegre, quando essa era fria, eu não teria como não me assustar.

Sai do banheiro a encontrando sentada na cama alisando a barriga, e estranhei, pois sabia que está deveria está com fome agora, ela carrega duas "Weasley" e em virtude disso estava sempre faminta.

—Achei que estaria lá em baixo, tentando devorar a mesa. –brinquei.

—Você trancou a porta com magia. –ela fez bico, parecia concentrada apenas em alisar a barriga, e não olhou para mim.

"Merlin Fred!" –suspirei e fui até ela.

—Desculpe, não só por isso mais por gritar com você também. –fui até ela e beijei sua testa, ela me sorriu um pouco mais animada.

Fomos almoçar e a tarde comecei a explicar como funcionava as coisas na loja a Lyana, ela pegava tudo de primeira e fazia algumas perguntas que nem mesmo eu sabia como responder, e graças a Merlim que Hermione viria para o jantar.

Harry, Gina, Ronald e Hermione vieram jantar conosco para saber das meninas, e como eu previra, Hermione tinha alguns livros que poderiam ajudar a Lya nos cálculos da loja, e em meio as conversas Lya pediu a Hermione para ser sua madrinha (enfatizando a Gina que está era minha irmã e seria estranho convidá-la, mais que as adorava igualmente), e a pobre Hermione não conteve o grito ao saber quem seria seu par no casamento.