"Quando recebi o bilhete naquele dia ensolarado de julho, eu não podia me surpreender mais com o dono da caligrafia redonda e bonita. "
Aquele era o dia em que comemoraríamos o aniversário de Harry, e mesmo com todo o desconforto e cansaço que sentia nos últimos dias, eu me levantei sorridente (com a ajuda de Fred), pois eu sempre me divertia muito com toda a família reunida.
–Tem certeza que quer ir Lyana, você parece cansada amor! –Fred me olhava preocupado.
–Eu não perderia isso por nada! E nem vem, suas filhas que resolveram passar a noite toda remexendo para lá e para cá. –resmunguei, as meninas não me deram descanso.
Agora com um pouco mais de 7 meses as meninas estavam cada vez mais agitadas, sem falar que era difícil achar uma posição confortável para dormir, e o peso, deuses como eu estava um dragão. Mais não tenho do que reclamar, Fred fazia o possível para que eu me sentisse melhor, sempre me dava massagens e nunca me deixava sozinha por muito tempo, sem falar no Din (nosso elfo doméstico), que mesmo tendo custado uma pequena fortuna resolvemos liberta-lo, e pagávamos um salário justo por seus serviços, o que no começo foi bem complicado de fazê-lo entender, mais no fim, tudo se ajeitou e ele se apegou a nos, e a reciproca é mais do que verdadeira.
Ao entrar na cozinha naquela manhã, já pronta para sair, me senti feliz pela cena que se desenrolava a minha frente. Din com um avental de louça servia o café a Fred, que estava sentado dando comida a um Gray que já possuía tons vermelhos mesclados com seu cinza.
–Vamos Gray, faça haaaaaaaa... –ele abria o bocão e o bichinho se remexia fofo na mesa, não tive como não rir.
–Pare de empanturrara-lo Fred, ele vai ficar doente assim. Vem amor, vem para mamãe. –ele pulou fofo vindo para mim.
–Bom dia minha senhora, gostaria de café? –perguntou-me o elfo.
Já tinha desistido de fazê-lo parar de me chamar assim, e no fim apenas me acostumei com os modos do elfo.
–Bom dia Din, dormiu bem? Eu adoraria um xicara por favor. –sorri
–Muito bem minha senhora, como sempre desde que vim servi-lhes. –ele colocou meu café e ataquei as torradas.
–Lya, o Malfoy não disse quando seria a próxima consulta? –ele me olhou e eu ri envergonhada.
Fred e Draco atualmente se suportavam mais, e até já sentavam em uma sala para conversar sem se alfinetar "muito", o que eu achava deverás engraçado. Draco tinha se tornado um bom amigo para mim, e apesar das más línguas, ele me tratava como uma irmã, e mesmo Fred teve de dar o braço a torcer a isso.
–Depois de amanhã! –ele me olhou sério. –Desculpe amor, eu esqueci de avisar. Eu recebi o bilhete dele ontem e estava tão absorta nos cálculos que nem me toquei de te contar.
–Tudo bem. –ele suspirou. –Eu sei como você fica quando começa a fazer aquilo! Merlin, se eu deixar você nem come.
–Desculpe, é que minha mente quando foca em algo é...
–Eu sei amor, não estou te criticando, pelo contrário, admiro sua inteligência e rezo todos os dias para as meninas puxarem a você nisso. –fiquei vermelha.
–Obrigada.
–Sabe, você fica mais linda redondinha e vermelha! –ele sempre sabia como piorar as coisas.
Aparatamos nos limites da toca, e como imaginei fomos os últimos a chegar. Todos nos cumprimentaram, e como sempre a senhora Weasley tentou me entupir de comida. Desejamos a Harry "Feliz Aniversário" e entregamos seu presente, e apesar de envergonhado ele o aceitou feliz.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Casando com uma trouxa
FanfictionVocê quer saber o porquê de eu, uma trouxa, como eles me chamam, acabei me casando com o todo poderoso herói da guerra bruxa, Frederick Weasley, e ainda por cima grávida? Eu posso te contar minha história, mas você estará por sua conta e risco, apen...