XXVI

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Lauren

Já fazem alguns minutos desde que acordei e até agora ainda não sei nada da Camila, depois de a ter procurado por todo o apartamento e de lhe ter ligado inúmeras vezes e ela não ter atendido comecei a ficar preocupada.

Ouvi passos nas escadas e olhei para lá, encontrando a Kelli.

Eu: Kelli, onde está a Camila?

Kelli: Não sei, ela ontem disse que ia à garagem buscar a mala dela e depois eu fui dormir.

Eu: Eu vou à garagem, não saias daqui.

Eu saí de casa e fui até à garagem e perto do elevador encontrei a mala da Camila, olhei por toda a garagem e não encontrei a minha mulher.

Fui a correr até casa e logo o meu telemóvel começou a tocar.

Eu: Quem é?

Alexa: É a Alexa.

Eu: O que queres?

Alexa: Quero fazer um acordo por causa da tua queridinha mulher.

Eu: Onde estás, deixa-me falar com ela.

Alexa: Anda ter comigo daqui  a 30 minutos perto da praia, sozinha e podemos conversar sobre o acordo.

Eu: Ok, mas deixa-me falar com ela.

Alexa: Não.

Antes de ela desligar eu consegui ouvir a Camila a pedir ajuda.

Kelli: O que se passa, mama?

Eu: Nada, eu vou ter de sair, preciso que fiques com os teus irmãos.

Saí de casa a correr e cheguei perto da praia em 20 minutos. Depois de esperar quase uma hora por ele lembrei-me que ela podia fazer mal aos meus filhos então voltei para casa e demorei apenas 7 minutos. Cheguei a casa e a porta estava aberta, entrei a correr e encontrei a Emily, a Emma, a Ashley e o Noah amarrados no sofá e não havia sinal dos meus outros filhos. Eu soltei os meus filhos e eles abraçaram-se a mim a chorar.

Eu: Onde estão os vossos irmão?

Emily: Ela levou-os.

Eu: Quem?

Emma: Ela disse que se chamava Alexa.

Eu: Meninos, eu vou ligar à Dinah para ela ficar convosco, eu tenho de resolver isto.

3 Semanas depois

Camila

Já fazem 3 semanas desde que eu e os meus filhos estamos aqui fechados, todos os dias, a Alexa junto com o seu capanga, levam-me para o sótão e batem-me. Os meus filhos todos os dias choram no meu peito. A Kelli e eu não comemos à alguns dias para que a comida dê para os mais pequenos, visto que eles só nos alimentam 1 vez por dia.

Acordei com o fungar de alguém, levantei a cabeça e encontrei a minha branquinha a chorar num canto do quarto. Levantei-me com cuidado para não acordar os trigêmeos e fui até ela. Com alguma dificuldade sentei-me ao lado dela e puxei-a para o meu peito.

Eu: O que se passa, branquinha?

Kelli: Eu tenho saudades da mama e dos manos.

Eu: Eu também, meu amor. Nós vamos sair daqui, eu prometo.

Kelli: Mas como?

Eu: Não sei, mas eu vou-vos tirar daqui nem que seja a última coisa que eu faça na vida.

A minha menina assentiu e depois voltou a deitar-se no meu peito. Ainda me doiam as costas por causa da surra de ontem mas eu tinha de ser forte pelos meus filhos.

A Kelli acabou por adormecer no meu colo e minutos depois, a porta abriu-se revelando a Alexa.

Alexa: Põem-te de pé.

Tentei tirar a Kelli do meu colo mas ela agarrava-se mais cada vez que me mexia. O homem que estava com a Alexa aproximou-se de nós e arrancou a Kelli do meu colo à força. A menina bateu com a cabeça na parede e acordou assustada. Logo depois, o homem agarrou o meu braço e levou-se de rastos até ao sótão onde, novamente, ele me bateriam.

Depois do homem me ter atirado contra a parede, a Alexa veio até mim com uma faca na mão.

Alexa: Prende-a.

O homem sentou-me numa cadeira e prendeu-me, depois de me deixar apenas de roupas intimas. A Alexa veio até mim, pediu ao homem para se retirar e depois, sem avisar, espetou a faca na minha perna. Eu gritei de dor e depois ela continuou a espetar a faca por todo o meu corpo. Quando eu estava quase a desmaiar, ouvi a porta a abri com uma força brutal, olhei para lá e encontrei alguns policiais e atrás deles a Dinah e foi aí que eu apaguei.

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