Ataque Ao Ruivo!!!

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Eu nunca fiz questão de existir, eu não queria incomodar...

Assim que entraram no bar do Sam's Eve viu de longe onde Max e Nick estavam.
Aquela era sem sombra de dúvidas a mesa mais animada do local e pelo que parecia, com Dexter e Diniz se juntando a aquela dupla do outro lado do bar tudo ia ficar ainda mais divertido:
- Viados!- Max gritou de sua mesa do outro lado do bar.
Dexter passou o braço envolta do pescoço de Eve e sussurrou bem baixinho no ouvido dela:
- ainda dá tempo de fugir.
Ela olhou para e sorriu:
- acho que vou arriscar ficar.
- ah, é?- Dexter também sorriu- acho que gosto dessa sua coragem toda.
Eles permaneceram parados se olhando por um longo minuto até que Diniz se enfiou de alguma forma entre os dois e sorriu animado:
- bora pra mesa Romeu e Julieta?
- bora Pinguim- Dexter deu um tapa na bunda de Diniz que saltou pra frente, ele pegou na mão de Eve e a guiou na direção da mesa onde os outros estavam.
- Hey!- Max levantou sua garrafa de cerveja- A nossa dama dos peitos!
- Nossa uma vírgula.- Dexter falou encarando Max- Ela é só minha.
- por enquanto- Max sorriu e tomou um gole de sua cerveja.
Eve se sentou seguida por Dexter e Diniz se sentou do outro lado junto a Nick.
Depois de um minuto todos os olhares dos rapazes se voltaram para Eve que olhou de um pro outro confusa:
- o que foi?
- alguém já disse que você é linda?- Max perguntou.
- hã... Não sei, talvez sim.
- seria um desperdício as pessoas te olharem e não dizerem isso- Nick falou apoiando o cotovelo na mesa enquanto a analisava com atenção.
- é - Diniz assentiu.
- mas que porra é essa?- Dexter falou irritado- qual é, todo mundo vai querer ela agora?
- se ela me quiser eu sou dela- Max falou sorrindo para Dexter que o olhou feio.
- se você tentar algo seu corno...
- eu não vou fazer nada...- Max falou e completou-... Que ela não queira.
Dexter apoiou ambos os anti braços na mesa e sorriu para Max:
- só nos seus sonhos você vai ter alguma coisa com a minha Eva, aliás, nem em seus sonhos.
- é claro que não- Max bufou- nos meus sonhos eu sonho só com você meu ruivinho lindo.
Max mandou um beijinho para Dexter que balançou a cabeça e se levantou:
- eu vou pedir alguma coisa pra mim beber- ele se virou para Eve- você quer alguma coisa?
- Não...
- que isso Evinha, acompanha a gente na cerveja.
- acho melhor eu não beber hoje- Eve abriu um pequeno sorriso- eu não tô muito legal pra isso.
- qual o problema?- Nick perguntou.
- é...
- isso não é da conta de vocês- Dexter a interrompeu e Eve ficou aliviada por isso. Ela mesma não sabia se teria uma resposta tão boa quanto a dele.
Droga de câncer!, ela pensou.
- vocês nem pensem em ficar enchendo ela com perguntas como essas OK. Eu vou num pé e volto no outro.
- não se preocupe em voltar Baby.
Max mandou outro beijinho para Dexter e o viu se afastar antes de se levantar e ir se sentar ao lado de Eve:
- Então!- ele a encarou com um sorriso de canto a canto- Me conte mais sobre você Evinha, nos compartilhe mais sobre sua vida.
- o que querem saber?- ela perguntou.
- tudo. Quero saber de tudo.
- não tem muita coisa pra saber, a minha vida não tem tantas... Emoções como a de vocês.
- a nossa vida não é tão animada assim- Max tomou mais um gole de sua cerveja.- A gente é um pouco animado é claro, mas não chega a ser tão agitada assim.
- só as vezes.- Diniz falou sorrindo para Eve.
- porque não nos conta o que você faz depois do colégio.
- bom...- Eve parou de falar pensando um pouco. O que fazia depois do colégio era dormir, até porque depois que chegava do colégio ela costumava sempre estar bastante cansada e mesmo que ela tentasse permanecer acordada não conseguia.
Mas, o trio de patetas não sabia dos grandes problemas que ela tinha, pra eles ela era só uma garota anti social  e excluída da sociedade, não a garota com câncer e careca nada animada que vivia escondida dos outros pelos cantos.
Eve pensou em algo para dizer mas desistiu, mesmo que tentasse esconder não conseguia. Era difícil esconder algo que envolvia tudo o que ela fazia em sua vida.
- Eva?... Está tudo bem?- Max tocou no ombro dela. Eve olhou para ele e assentiu.
- Claro.
Ela sorriu:
- Você pode me dar uma licença Eu. Vou...- ela olhou na direção onde Dexter havia ido-... Eu vou pedir uma bebida pra mim.
- deixa que eu vou- Max se levantou- vou aproveitar pra ver se ninguém pegou no meu homem. O que você vai querer?
- hã...- ela deu de ombros-... Acho que vou aceitar a cerveja.
Max abriu um largo sorriu:
- é isso aí Evinha, tô gostando da atitude.
Max se afastou seguindo na direção do balcão onde Dexter conversava com o dono Sam e Eve se encolheu um pouco no banco onde estava sentada ainda sendo encarada por Nick e Diniz:
- o que você esconde Pandacornio?- Diniz perguntou com os olhos semicerrados enquanto a encarava.
- eu não escondo nada.
- algo me diz que esconde sim. E algo me diz que o ruivo sabe o que é.
Eve encarou Diniz por uma fração de segundos e sorriu:
- não é nada- ela falou, por fim.
- pode confiar na gente- Nick falou- Pode acreditar, a gente costuma entender os problemas de todo mundo.
- não entenderia o meu.
- acredito que entenderia sim.
Você que pensa, ela pensou.
- não vou arriscar.- ela falou e voltou a olhar na direção onde Dexter estava. Ele estava demorando até demais, ela não tinha certeza que ia aguentar aquela onda de perguntas em cima dela e se abrisse a boca mais uma vez seria pra contar tudo, e tudo era literalmente tudo.
Seu celular vibrou no bolso do moletom. Eve o pegou rapidamente, aliviada por ter sido salva po celular e fechou seu sorriso ao ver de quem era a mensagem.
Erik Willyams.
Ou melhor, Erik gostoso Willyams, o Japa Kung fruta.
Fazia um tempo desde que Eve falou com ele pela última vez, ela não o via desde que voltou de Nova York onde ela fazia tratamento.
Naquela época Eve costumava ter amigos e ela poderia dizer que O Erik foi até mais que um amigo na vida dela já que por um curto período eles namoraram, mas não foi nada que ela poderia considerar um Longo Namoro. Depois que ela saiu de Nova York e voltou para sua cidade natal toda a sua vida lá inclusive Erik se tornaram parte do passado.
Quando desistiu de fazer tratamento ela desistiu da vida que teve fazendo tratamento e por pior que fosse, Erik também fazia parte disso.
Erik: Sinto sua falta.
Eve: Já disse o que penso sobre isso, somos apenas amigos, lembra?
Erik: fomos mais do que isso, lembra?
Eve não respondeu e nem pretendia. Ela desligou o celular e o deixou em cima da mesa.
Ela voltou sua atenção para os rapazes que agora conversavam de algo relacionado a jogo ou filme e por um minuto que fosse Eve queria que aquele maldito momento acabasse.
Erik Foster era um erro.
Erik Foster não fazia mais parte de sua vida.
- Voltamos!- Dexter falou indo se sentar ao lado dela. Ele entregou a caneca de cerveja para Eve que assim que a pegou tomou metade num gole só.
Todas as atenções se voltaram para ela que colocou a caneca na mesa e sorriu:
- ta muito boa- ela falou.
- wow- Max arregalou os olhos- Que princesa quente.
Max se sentou ao lado de Dexter e passou o braço envolta do pescoço do Ruivo:
- e aí gato, bora dá uma fugidinha lá no escurinho?
Dexter olhou para Max e arqueou as sobrancelhas:
- você me chama pro escurinho e nem paga o jantar antes?- ele perguntou.
- primeiro o escurinho, depois o jantar.
Max mandou uma piscadela para Dexter que riu e balançou a cabeça.
- e aí?- Diniz encarou Dexter- Vai falar qual é a do segredo que você tem com a Eve?
- não temos um segredo.
- não tem?- Diniz se inclinou sob a mesa- provém.
- e você quer que eu prove como gênio?- Dexter perguntou.
Diniz deu de ombros:
- você que tem que saber. O segredo é seu.
Dexter arqueou as sobrancelhas e olhou para Eve que também olhou para ele e deu de ombros:
- eu não vou falar nada se você não quiser- ele falou.
Eve assentiu e olhou para os rapazes um pouco pensativa. Não era realmente um segredo a sua doença, ela já havia contado esse segredo pra uns amigos em nova York mas a reação deles não foram das melhores.
As pessoas quando descobriam que ela tinha câncer costumavam ter pena dela e pensavam que qualquer coisa poderia mágoa-la, o que não era verdade.
Eve aprendeu a conviver com sua doença mas o problema era que as pessoas não conseguiam conviver com a doença dela. O que realmente a magoava era o fato de todos a verem como uma boneca de vidro que precisava de toda a atenção do mundo e que não podia fazer nada.
Era difícil pra ela todas as vezes que teve que conviver com pessoas assim e o único medo que ela tinha agora era saber se o trio de patetas a veria dessa forma, com pena e não como uma pessoa normal.
- Eva...
- não tem problema Dexter- ela finalmente falou- acho que eles tem que saber, afinal, uma hora ou outra iriam descobrir.
- tem certeza?
Eve assentiu e respirou fundo antes de olhar novamente para eles e sorrir:
- estão prontos pra escutarem?- ela perguntou.
- eu tô- Max falou.
- idem- Diniz respondeu.
- eu até tô, mas por favor não diz que você é o Batman...
Diniz deu um tapa na cabeça de Nick que calou a boca. Eve respirou fundo mais uma vez e então falou tranquilamente:
- Eu tenho câncer.
No momento em que ouviu isso Max cuspiu a cerveja com tudo Acertando Diniz que se levantou num salto falando um palavrão bem alto:
- aí caralho- Max se levantou tentando se aproximar de Diniz que o empurrou bravo.
- seu puto! Você acabou com a minha camisa.
- foi mal aí cara. Não foi por querer.
Diniz olhou da camisa para Max e mostrou o dedo do meio:
- você tá fodido.
Max fez uma careta e voltou a se sentar. Diniz também se sentou e mesmo estando super bravo por conta de sua camiseta ele olhou para Eve e a encarou perplexo:
- o que foi que você falou?- ele perguntou.
Todos olharam novamente para Eve que apenas deu de ombros e respondeu:
- eu tenho câncer.
- não- Nick falou.
- sim.
- nããããããão- ele falou balançando a cabeça.
- tenho sim.
- nã...
- cala essa boca nick- Dexter falou o cortando antes que ele falasse mais uma vez “Não”.
- como isso aconteceu?- Max perguntou.
Eve deu de ombros novamente:
- bom... Aconteceu de repente. Eu comecei a ter muitas dores de cabeça e a ter várias mudanças de comportamento, isso tudo variando de um dia pro outro. Eu comecei a ficar muito agressiva e uma vez acabei do nada desmaiando. Acordei no hospital no outro dia e depois de fazer uns exames o meu médico me disse que eu estava com um tumor no cérebro e que se eu não me tratasse logo o tumor podia se espalhar e se tornar maligno. Eu fiz tratamento e não deu em nada.
Eve tomou um gole de sua cerveja suspirando:
- ano passado o meu médico disse que eu tinha apenas mais alguns meses de vida. Eu estava morrendo o que era óbvio, eu nunca achei que ia viver muito mas, acontece que eu estava morrendo rápido demais. Eu pensei, pensei e tomei a decisão de largar o meu tratamento e foi o que eu fiz. Saí de Nova York voltei pra cá e agora estou vivendo e esperando a hora de dar Tchau, tchau pro mundo.
Ela parou de falar abrindo um largo sorriso e todos continuaram a encarando. Talvez ela tenha sido radical demais dizendo tudo de uma maneira tão normal.
Eve não tinha problema nenhum em falar de sua doença, ela podia ser tudo menos o tipo de garota que fica fazendo drama e chorando porque vai morrer em questão de meses.
A realidade era aquela e infelizmente ela não podia mudar nada:
- eu já disse que tive que raspar minha cabeça?- ela perguntou tentando amenizar as coisas.
- maneiro- Max deixou sair e levou uma cotovelada de Dexter.
- hã...- Max olhou para Diniz e Nick que continuavam olhando espantados- qual é manés, vão ficar aí com essas caras?
- eu realmente não sei o que falar- Nick disse.
- não tem que falar nada- Dexter falou num tom bravo.- Ta legal, ela tem câncer mas e daí? Até parece que isso é algo impossível de acontecer.
- ele tá certo- Max falou dando um tapinha nas costas de Dex.
- é, eu estou sim e não é pra vocês acharen que só porque ela está doente tem que ser tratada como uma garota doente. A Eve é uma garota como qualquer outra e...
- ela não é como qualquer outra- Max o interrompeu- você viu o tamanho dos peitos dela, não é qualquer garota que tem esse patrimônio todo.
Dexter olhou para Max E suspirou:
- OK Max. A Eve é como qualquer outra garota mas com peitos incríveis. Ela merece ser tratada como qualquer outra e se vocês ficarem com drama eu vou chutar o rabo de cada um daqui até o inferno.
- aí- Diniz fez uma careta de dor- o Inferno é muito longe.
- que bom que você sabe.
Dexter abriu um sorriso falso para Diniz e quando pretendia dizer mais uma coisa algo o interrompeu, alguém o interrompeu.
Todos olharam pro lado e o que quer que estivessem pensando foi esquecido assim que viram Peety e seus dois capangas manés:
- Ora, ora, ora. Que surpresa encontrar as princesas por aqui. Pensei que esse lugar era melhor frequentado.
Max, Dexter, Diniz e Nick se levantaram. Os quatro cheio de músculos e prontos para qualquer coisa que Peety tentasse:
- o que você quer aqui Peety?- Dexter perguntou rude.
- eu quero o que qualquer pessoa quer num bar.
- seja o que for o inferno que você quer aqui se manda- Nick falou- se não notou essa mesa aqui tá ocupada.
Peety sorriu e ignorou Nick analisando a mesa onde estavam e passando a encarar Eve:
- Olha só, a formiguinha agora passou a ser parte do Bando é?
- e isso lá é da sua conta.- Max falou.
- é da minha conta sim, já que a formiguinha alí é do meu interesse.
- como é que é...!- Dexter tentou avançar contra Peety mas Max o impediu.
- nem se preocupe com ele Dex- Max olhou para Peety- Não vale a pena perder nosso tempo com esse saco de merda.
- é melhor tomar cuidado com o que fala Max. Suas palavras podem acabar prejudicando você.
- Sério?- Max falou num tom irônico- até parece que eu me importo. Agora dê o fora daqui, você e esses seus amiguinhos de merda.
Peety sorriu e olhou para Eve:
- tchauzinho Evinha.
Ele se afastou seguido por seus “Capangas” e se acomodou em uma das mesas próxima à deles.
Dexter e os rapazes se sentaram e o silêncio dominou a mesa por um longo minuto até que Dexter falou:
- Porra.
- é, super porra- Nick falou.
- deixa esse Viado pra lá- Max se inclinou pegando sua garrafa de cerveja- A gente veio aqui pra nos divertir, não pra ficar reclamando da merda do Peety.
- ele tem razão.- Diniz também pegou sua garrafa de cerveja- Não vamos nos preocupar com isso. Bora curtir a tarde.
- que tal um brinde?- Nick perguntou-  Um brinde a Eva, a nossa nova mascote.
- uma Brinde a Dama dos peitões- Max levantou sua garrafa e todos brindaram tocando suas garrafas e canecas.
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O salão de dança ficava numa área afastada do bar onde eram servidas as bebidas e se localizava as mesas.
Já se passava das oito da noite e aquela era a área mais animada de todo o local. Na pista haviam casais, solteiros, gordinhos sexys, os quatro patetas e qualquer um que se aventurasse na dança.
As músicas que tocavam eram uma sequência animada de Pop e músicas Eletrônicas. Já era a terceira vez que tocava Blame do Calvin Harris naquela noite e mesmo já tendo escutado ela outras milhares e milhares de vezes Eve não conseguia parar de ouvir ou de dançar porque aquela música tinha algo que não conseguia fazê-la ficar parada.
Depois de tanto tempo bebendo e conversando no bar todos já estavam bêbados, até mesmo Eve havia curtido beber além da conta. Ela estava elétrica, animada e não dava a mínima pra mais nada.
Tudo o que queria e precisava era curtir o momento.
A música Blame acabou e a faixa foi trocada por um remix da música Moondust do Jayme Young, ela tinha um som perfeito, lento ao mesmo tempo que seguia pra uma batida mais animada.
Eve havia tirado o moletom e o jogado em algum lugar no sofá entre o casal que parecia querer se engolir e o magrelo bêbado que havia vomitado na própria calça. Ela não sabia se algum dia ia ver aquele moletom novamente mas também não se importava.
Com todas aquelas pessoas na pista ela sentia muito calor, principalmente quando sua pele entrava em contato com o corpo de Dexter tanto nos esbarrão que eles davam um no outro, quanto nas investidas nada discretas de Dexter que fazia o possível e o impossível para manter a distância entre os dois a menor possível.
Várias e várias vezes Eve sentiu que estava prestes a desmoronar por cada toque, cada contato que ela tinha com Dexter.
Aquele ruivo tinha algo que a fazia esquecer o que quer que fosse no mundo e a deixava completamente maluca.
Dexter devia saber disso porque fazia de tudo para deixa-la drogada por ele.
Aí meu deus!!!!?, Eve pensou
O primeiro contato das mãos dele com a barriga dela a fez parar de dançar no primeiro segundo e congelar onde estava ao mesmo tempo que sentiu todo aquele arrepio estranho percorrer todo o seu corpo. Sem esperar qualquer reação vinda dela ele a puxou com força para trás colando seus corpos. Ele não pensou nem disse absolutamente nada.
Ambos permaneceram colados daquela maneira, Eve esqueceu de tudo a sua volta e aos poucos seus corpos foram se movimentando lentamente ao tom da música que parecia ter ficado lenta ao mesmo tempo que certa para aquele momento.
Seus corpos pareciam ter um ritmo perfeito, como se cada movimento fosse ensaiado.
Dexter lentamente subiu uma das mãos pelo estômago dela e parou um pouco a baixo dos seios dela.
Mesmo estando fora de seus sentidos por conta do álcool ele não iria avançar a menos que ela quisesse e mesmo tendo que se forçar o máximo possível para controlar seu corpo quando estava perto dela ele não se importava em esperar porque sabia que ela sentia o mesmo que ele e isso ninguém poderia mudar.
Num rápido movimento Dexter a puxou a fazendo se virar para ele. Eve levantou a cabeça passando a olhar bem para os olhos dele e pôde notar o quanto seus rostos estavam tão perto um do outro, era questão de um único e movimento para que seus lábios finalmente se tocassem. Mas ele faria? Ela se perguntou
Ela sentiu uma das mãos dele tocar sua cintura e a puxar pra mais perto, tão perto quanto antes. Ela podia senti-lo por completo e mesmo com todo aquele barulho a volta podia jurar estar ouvindo as batidas rápidas do coração dele.
Tum-Tum, tum-tum, tum-tum...
Dexter estudou cada detalhe do rosto dela tendo cuidado para não perder nenhum pequeno detalhe e querendo guardar aquele momento em sua mente.
Com a outra mãos ele deslizou os dedos lentamente na pele macia da bochecha dela. A ponta de seu polegar raspou no lábio dela ao mesmo tempo que ele também passou a encarar seus lábios sentindo uma vontade imensa de beijar ela. Mas ela permitiria? Ele se perguntou
Aos poucos ele se inclinou acabando com a distância de seus rostos e com um simples movimento ele selou seus lábios Aos dela mas foi em questão de segundos para ela ser afastada dele.
Dexter mal teve noção do que aconteceu. Num minuto ele estava quase que beijando Eve e em outro sentiu a parte esquerda de seu rosto começar a doer.
Demorou alguns segundos pra ele descobrir que havia levado um soco mas não se importou pois viu que a mesma pessoa que havia batido nele havia derrubado Eve que estava caída no chão Tão confusa quanto ele.
Dexter olhou para o agressor e passou a encarar Peety que parecia nervoso mas não tanto quanto ele:
- AGRESSÃO AO RUIVO!!!- alguém gritou próximo a eles, era uma voz conhecida. Por um minuto Dexter pensou ser a voz do irmão de Diniz, mas o que raios aquele garoto estaria fazendo alí???
- e aí princesa?- Peety perguntou- Tá a fim de me encarar agora?
Dexter pareceu não ter ouvido o que Peety havia dito pois sua atenção estava totalmente em Eve. Ele queria ir até ela pra ver se estava tudo bem pra depois socar Peety, mas a raiva que cresceu em seu peito foi muito maior que qualquer coisa.
Peety avançou querendo aproveitar a distração do Ruivo mas foi pego de surpresa pela reação de Dexter que parecia furioso.
Sem esperar mais um único minuto que fosse Dexter também avançou se desviando do golpe de Peety e lhe desferindo um forte soco.
Peety caiu pra trás com a boca sangrando e antes mesmo que pensasse em se levantar Dexter já estava em cima dele lhe dando seguidos e seguidos socos.
A multidão a volta começou a gritar uns por ajuda e outros gritando “Briga, briga...!!!”.
Os dois capangas de Peety avançaram contra Dexter o tirando de cima de seu amigo e seguraram o ruivo.
Peety se levantou cambaleando um pouco. Ele encarou Dexter. Sua raiva era tão visível quanto os hematomas em seu rosto vermelho.
Seu peito subia e descia de pura raiva e naquele momento tudo o que queria era acabar com aquele ruivo:
- você vai me pagar Dexter!
- vamos ver quem vai acabar com quem!- Dexter tentou avançar contra Peety mas ambos os “Capangas” o segurou o impedindo.
Peety cuspiu o sangue no chão e limpou sua boca com as costas da mão. Ele deu um passo a frente e desferiu um golpe violento na boca do estômago de Dexter que perdeu o fôlego.
Peety desferiu mais um soco contra o estômago de Dexter e antes que pudesse desferir o terceiro foi empurrado com força.
Ele deu uns passos desajeitados pro lado tentando manter seu equilíbrio e se virou para encarar a pessoa que havia lhe empurrado. Eve:
- o que pensa que esta fazendo?!- ele berrou, o tom de sua voz pareceu sair totalmente errado não como uma pergunta direta.
Eve não se intimidou. Pouco lhe importava a pose de “mau” que Peety estava fazendo, ele havia machucado Dexter e havia machucado ela.
Aquilo tinha que acabar:
- você é um filho da puta!- ela gritou e pela primeira vez Peety pareceu surpreso porque não esperava mesmo aquele tipo de reação vinda de Eve.
- o que você pensa que está fazendo?- ele perguntou bravo- Por acaso se esqueceu de quem é formiguinha?!
- não me chama de formiguinha...
- pensei que esse fosse o seu nome, não acho que eu esteja enganado, formiguinha.
Peety foi até ela querendo empurra-la pra longe dalí mas Eve não recuou nem mesmo um passo.
Ele era mais alto que ela e definitivamente tinha muito mais músculo que ela, mas o que importava? Ela podia não ter altura mas tinha muita vontade de dar uns socos na cara daquele idiota.
- Você pode dizer o que quiser sua cadela, todo mundo aqui sabe que você no fundo não deve passar de uma puta...
O som do tapa na cara de Peety ecoou pelo salão inteiro. Sim, ela bateu nele. Bateu com força.
Peety olhou para Eve com os olhos arregalados de puro espanto, os dedos dela estavam bem marcados no rosto dele que parecia ainda mais vermelho do que antes.
Porra, Eve pensou, agora fodeu.
Umedecendo os lábios ela deu um único e pequeno passo para trás não por medo mas porque sabia o que viria logo em seguida.
- SUA PUTA!
Peety não precisou de muita força para empurra-la e a fazer cair no chão.
Eve não conseguiu evitar de bater a cabeça pois o impacto com que caiu foi muito forte. Em questão de segundos ela começou a ficar tonta, toda a sua cabeça dava voltas e voltas e...
- o que você...- Peety deu um passo pra trás espantado. Ele pareceu tão surpreso quanto antes.
Aos poucos Eve foi voltando a sí e mesmo ainda um pouco confusa ela se assustou no momento em que percebeu. Ela estava sem a peruca.

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