Vivendo a Base de uma prece...

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“ Nós somos o que somos porque não somos o que somos obrigados a ser... A.W

*Bônus

Quando Dexter voltou em vez de canecas ele trouxe duas garrafas cheias.
Olhei delas pro meu copo e notei que eu não havia tomado nem mesmo um único e pequeno gole:
- Prontinho, agora a festa vai começar- ele se sentou e pegou minha caneca tomando tudo em dois longos goles.
- de que festa você está falando?- perguntei.
Ele colocou a  caneca na mesa e se inclinou pra me encarar com aqueles belos olhos verdes:
- bom, eu pensei bem e decidi que a partir desse exato momento...- ele olhou no relógio de pulso checando as horas-... Exatamente Três horas e vinte e sete minutos eu vou transformar você numa perdida como eu.
- numa perdida?
- exatamente. Vamos fazer coisas ilegais ficar bêbados e se der tempo correr pelados na rua cantando “We are The Champions".
- o que?- o olhei confusa- eu não entendi a parte depois de ficar bêbados.
- depois de ficar bêbados vem a parte de correr pelados na rua. A gente costuma fazer isso quando estamos... Felizes.
- a gente quem?
- bom, eu e o pessoal. E falando em pessoal eu vou te apresentar pro povo... Assim que eu der um jeito em você.
- der um jeito em mim?
- é...- ele assentiu sorrindo maliciosamente. Que gato!-... Eu vou mostrar a você o verdadeiro sentido da palavra diversão.
- OK... E essas coisas ilegais que você falou por acaso envolve polícia no meio?
- as vezes...- ele parou de falar e se corrigiu- Na verdade sempre tem polícia mas a gente foge.
- interessante- falei meio preocupada com a parte de fugir, sí é que eu conseguiria fazer isso.
- Agora Olhos Verdes, vamos começar a nossa diversão tomando isso- ele deslizou uma das garrafas de cerveja pra mim e eu a peguei.
- eu tenho mesmo que beber?
- claro, isso vai te animar, te deixar mais solta. Eu preciso que você esteja disposta a tudo, lembre-se que é uma vida nova pra você.
- eu não posso ter uma vida nova sem beber?
- Nops, vá na fé minha querida, beba tudo.
Assenti e levei a garrafa até a boca tomando um pequeno gole. Tenho certeza que a careta que eu fiz não saiu muito legal mas ele sorriu. E merda, eu amava aquele sorriso.
O gosto da cerveja não era tão bom, era amargo e estranho e parecia aquecer dentro de mim mas... Até que eu gostei.
- hummm.
- hummm o quê?- ele perguntou sem parar de sorrir.
- gostei, eu acho.
- acha?
- é, eu acho.
- é um bom começo- ele tomou um gole da dele e assim que colocou a garrafa de volta na mesa passou as mãos nos cabelos alaranjados o deixando ainda mais bagunçado. Não sei se babei ou se sorri igual a uma tonta só sei que quando os olhos verdes dele encontraram os meus ele sorriu e eu senti um longo arrepio percorrer meu corpo.
- WoW- peguei a minha garrafa e tomei mais um gole seguido de outro e outro e só mais um outro.
- então- falei olhando envolta- esse povo não vão ficar bêbados e agitados igual formiga com açúcar?
- ainda é cedo. Provavelmente ainda estão na primeira rodada, quando começarem a beber de verdade você vai ver o que é animação.
Assenti e tomei mais um gole daquele líquido horrível mais viciante antes de olhar para a máquina de jukebox.
- o que foi?- Dexter perguntou. Olhei pra ele e balancei a cabeça.
- não é nada eu só estava...- parei de falar e dei de ombros olhando pra ele decidida-... Eu quero colocar uma música.
- quer?
- quero- me levantei e olhei pra ele- eu vou ir até aquela máquina e vou colocar uma música.
- muito bem, então vai lá.
- é, eu vou.
Me afastei três passos da mesa e imediatamente voltei pegando na mão de Dexter e o puxando pra vim comigo.
Nos aproximamos da máquina e ele me deu algumas moedas.
Inseri uma e analisei a lista de músicas na tela. Fiquei mais de cinco minutos tentando escolher uma música e acabei não escolhendo nada.
Dexter parecia um pouco irritado atrás de mim porque quando se inclinou encostando seu corpo no meu ele tirou minha mão da tela e passou a lista rapidamente escolhendo uma que eu tive que gritar.
Ele deu um passo pra tras assustado com o meu grito e me virei sorrindo de canto a canto:
- o que foi?- ele perguntou.
- Eu adooooro essa música.
Ele arqueou as sobrancelhas de um jeito muito sexy até que sorriu:
- Ocean Drive- ele falou o nome da música de um jeito ainda mais sexy- Você curte Ocean Drive?
- você não?- perguntei.
- curto tanto que sei a letra todinha.
- sabe é? Duvido.
Ele me olhou sorrindo e quase cai dura quando ele começou a cantar as primeiras notas da música:
- We're riding down the boulevard. We're riding through the dark night, night. With half the tank and empty heart. Pretending we're in love, but it's never enough, nah. As the sirens fill the lonely air. Oh, how did we get here now, now, now, baby? We see a storm is closing in. Pretending we ain't scared...
Balancei a cabeça rindo e quando começou a tocar o refrão me juntei a ele:
Don't say a word while we dance with the devil
You brought a fire to a world so cold
We're out of time on the highway to never
Hold on (hold on), hold on (hold on)
De um minuto para outro parecia que todas as atenções estavam na gente. Dois malucos cantando “Não diga uma palavra, enquanto dançamos com o diabo”.
Quando a musica acabou colocamos pra tocar de novo e de novo até que tocou tantas vezes que eu perdi a conta.
Quando me dei conta, estava com uma garrafa de cerveja não mão já quase na metade. Dexter e eu estávamos no meio de uma pista de dança improvisada arrastando os outros caras ora se juntar a nós.
Em questão de segundos passamos de dois malucos para um grande grupo de malucos bêbados cantando a mesma música várias e várias vezes...
..............................................
Não me lembro quando foi a última vez que me senti tão bem por ser eu mesma e por simplesmente não me importar com a opinião de qualquer um a minha volta.
Para todos eu era só a Eve estranha e sozinha mas, aqui nesse bar eu sou apenas a garota maluca que depois da primeira caneca de cerveja não conseguiu parar mais de beber.
A música que tocava era “Livin' On a Prayer” e eu não fazia ideia de quando me juntei a um grupo de homens enormes e comecei a cantar o refrão como uma louca bêbada.
“Oh, we're half way there Whoah, livin' on a prayer
Take my hand, we'll make it,
I swear
Whoah, livin' on a prayer!!”
Avistei Dexter encostado na parede do outro lado do bar. Ele estava com uma garrafa de cerveja na mão que devia ser a quinta, sexta garrafa que ele tomava, ele estava olhando na minha direção me observando com tanta atenção que eu poderia até Me sentir comida com os olhos.
Ele parecia tão bêbado, com o cabelo bagunçado pele corada e com aqueles malditos labios curvados num sorriso sexy, nas ao mesmo tempo ele parecia tão inumanamente lindo que fez enlouquecer.
Me afastei dos rapazes e né aproximei dele sabendo que o meu sorriso de sempre estava estampado no meu rosto.
Assim que me aproximei o bastante ele me puxou pela mão e me abraçou. Passei os braços envolta dele é senti toda a quentura de seu corpo contra o meu. Ele era todo musculoso e absurdamente alto, mas mesmo assim, era a melhor coisa que eu já tinha abraçado na minha vida até mesmo melhor que o Tony, meu urso gigante de pelúcia.
Permanecemos assim, abraçados por vários minutos. Era estranho estar tão perto de alguém que apenas algumas semanas atrás era um completo estranho seduzente. Era ainda mais estranho estar abraçando o Ruivo sedução que invadia os sonhos mais pervertidos de todas, mas cara... Isso era bom.
Não sei quando foi que ele se afastou de mim, só sei que ele deixou a garrafa na mesa pegou nossas coisas e me levou para fora do bar onde já estava de noite...

All Star AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora