Island || h.s

Dia 18

Antes de ler: o capítulo seguinte tem conteúdo sensível maior que 16 anos. Se fores sensível à lista seguinte, não recomendamos a leitura: drogas, violência, sexualidade

DIA 18 - REVELAÇÕES

[ HARRY ]

- Que pensas que estás a fazer?!

Numa fração de segundos, Ruby empurra o meu peito com as suas pequenas mãos. A sua expressão no rosto é de surpresa e admiração enquanto que o meu interior lamenta-se pela falta de toque e de compreensão da rapariga que amo, por querer estar mais perto dela.

Quando esta se percebe que a água incolor revela cada traço do seu corpo nu, gira cento e oitenta graus, ficando de costas para mim e baixa-se o suficiente de forma a nada mais ser revelado. Um sorriso fraco estampa-se na minha face pelas suas bochechas rosadas.

Tento aproximar-me dela novamente. Em contrapartida, ela afasta-se e recusa o meu carinho. Suspiro interiormente pela sua infantilidade apesar de compreender a sua situação.

No entanto, somos ambos adultos e temos bem a noção quando comandamos as nossas ações ou não, quando estamos cientes do que estamos a fazer ou simplesmente quando sabemos que o prazer fala mais alto do que a racionalidade.

- Ruby, não podemos tomar banho juntos?!

- Não!

- Porque não?

- Porque....

Um silêncio prevaleceu por uns minutos antes de proferir algumas palavras.

- Não tenhas vergonha Ruby, sou só eu.

A rapariga olhou-me de relance por entre os cabelos antes de admitir aquilo que eu estava menos à espera.

-O meu corpo não é o melhor.

- Não importa. Sinceramente acho que é - sorri.

- Não te rias.

- A minha boca está selada.

- Não comentes.

- O meu cérebro desligado.

Ruby volta-se para mim com as suas mãos a esconder o rosto. Aproximo-me mais de si e junto os nossos corpos, agarrando as suas mãos e colocando-as para o lado. Estava uma Ruby envergonhada, vermelha a olhar para baixo sem saber o que fazer.

A rapariga assusta-se com o nosso toque e experimenta voltar-se novamente quando a agarro pela cintura e sussurro-lhe ao ouvido para simplesmente aproveitar e relaxar.

Delicadamente peço-lhe o gel de banho e Ruby caminha até às rochas para ir buscá-lo.  As suas ancas  movem-se coordenadamente e os meus olhos não conseguem largar de vista o seu esbelto e único corpo.

Nado até ela, surpreendendo-a e começo por lhe espalhar leves beijos pelas suas costas. A rapariga embaraçada estende-me o frasco e espalho o seu conteúdo enquanto as minhas mãos percorrem cada parte do seu corpo.

Os meus lábios mordiscam-lhe os ombros e logo a seguir massajam-nos. Os meus dedos traçam desenhos nas suas costas e percorrem suavemente a sua lisa e hidratada pele. Sorrio com o conforto provocado à rapariga que amo.

Finalmente os seus braços relaxam, o seu corpo volta-se para mim e um abraço é partilhado por nós. Os seus seios a tocarem no meu tronco provocavam-me arrepios e a minha mente dispara brincadeiras que algum dia poderíamos fazer.

Toco no seu semblante, elevo o seu pescoço e deposito-lhe um beijo na testa, reconfortantes pelo meu trabalho. Um sorriso fraco forma-se no seu rosto e a cor das suas bochechas suaviza.