Dia 9

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DIA 9 - CABANA

[ HARRY ]

A sensação do meu corpo estar a ser pressionado no dela era muito melhor do que numa manhã a servirem-me panquecas quentinhas preparadas com carinho. Mas será que isto faz algum sentido? Quem seria o homem que não gostava de estar nesta posição? Ainda mais no controlo.

O seu peito descia e subia acompanhando a sua respiração acelerada deixando-me louco. Quem diria que quando viéssemos para a uma ilha, fosse com uma rapariga destas? Bem assim valia a pena aventurar-me todos os meses num avião prestes a despenhar-se.

Os seus olhos castanhos estavam fechados, onde as suas pestanas descansavam nas pálpebras, onde as bochechas ganharam um tom carmim que a deixavam ainda mais sexy pelo simples facto de eu lhe provocar este tipo de descontrolo nela com o meu próprio corpo.

Automaticamente o meu semblante aproximou-se do seu assim como a minha mão apoderou-se da sua face, sentindo a pele lisa, que dias atrás fora tratada cautelosamente com um creme próprio deixando-a suave como uma pena. A rapariga exaltou-se assim que reparou a minha proximidade, saindo apressadamente debaixo de mim.

- O que pensas que estás a fazer? - ela berra, empurrando o meu corpo pesado para trás. Levantou-se rapidamente, sacudindo a terra das suas calças, pondo o cabelo atrás da sua orelha e olhando para mim, envergonhada e ao mesmo tempo aborrecida o que resultou num cruzar de braços e uma posição à modelo.

- Tinhas um pouco de coco nos lábios - tentei disfarçar ao mesmo tempo que me levantava igualmente e encostar-me, descontraído na palmeira.

- Boa tentativa.

- Obrigado!

- Estava a ser sarcástica!- ela rola os olhos. - Afinal, aprendi com o melhor.

Fiz silêncio para processar as suas palavras, antes de me desfazer num sorriso aberto.

- Obrigado.

- Pensas que sou alguma daquelas com quem te podes divertir? Estás errado, então.

- Tu não sabes nada acerca de mim e da forma como me divirto. Não venhas com esses golpes baixos! - aperto as minhas mãos, salientando os nós dos dedos que logo ficaram com uma cor diferente da minha pele. Respirei fundo e tentei controlar-me para não me zangar com ela. Estávamos tão bem até ela estragar tudo com as suas malditas ameaças.

- Um golpe baixo é dar-te um pontapé nas bolas, mas eu sou demasiado simpática para sequer- ele interrompe-me.

- Para me beijares? - provoco com um sorriso divertido na cara, fazendo com que a rapariga revirasse os olhos. Adoro quando ela faz aquilo.

- Estúpido - ela murmura.- Para sequer magoar alguém.

- Ouvi isso, boneca.

- Podes parar com os nomes? Primeiro, era doçura.

- Boneca é sexy mas como tu começas-te a ser uma chata e não percebes as minhas técnicas de sedução, vou mudar de estratégia, preferes Rubyzinha ou Rub?- gozo.

- As tuas técnicas de sedução não prestam, deixa-me que te diga e além disso eu gosto do meu nome tal e qual como ele é e não quero mudar. Pelo menos é mais bonito que o teu. Significa que sou uma pedra preciosa num tom de vermelho intenso - ela atira com um ar convencido na tentativa de me atingir. Falhou.

- Acho que essa pedra preciosa só atinge o vermelho a certas alturas do mês.

- Camelo - tão inocente que nem com uma piada a conseguimos divertir.

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