Capítulo 51

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O barulho de uma cadeira sendo arrastava fazia a minha cabeça latejar e eu sentia todo o meu corpo dormente e dores em diversas partes desse era tanta dor junta que meus olhos estavam lagrimejando, bem antes que eu conseguisse abri-los, um leve toque na minha mão fez com que eu abrisse levemente eles, mas não consegui ver nada, estava tudo muito escuro e levou um bom tempo ate que meus olhos se acostumassem com a falta de iluminação do lugar, quando consegui focar em algo vi Tyler encostado na poltrona ao meu lado, eu queria dizer algo, mas as palavras não vinham abri a boca para falar era um pouco difícil e eu acabava perdendo o ar, tentei mexer minha mão, mas a mão de Tyler estava por cima então eu comecei a fazer carinho nessa.

Ele se endireitou na cadeira e me olhou com os olhos cansados, o que me levou a querer saber quanto tempo estava ali.

Eu me lembrava de tudo, bem te tudo ate eu apagar no banco, depois disso só me lembro desse momento.

- Meli? – ele sussurrou.

Sorri para ele é a única coisa que sou capas de fazer, enquanto o ar que entra por minhas narinas não são o suficiente para que eu consiga me concentra em outra coisa que não seja respira.

- vou chamar uma enfermeira! – ele aperta o botão e ficamos em silêncio a espera de alguém.

Ele me encarou por um instante e eu pude ver seus olhos marejados o que fez os meus se embasarem também.

- eu quase te perdi! – ele colocou sua cabeça entre meu pescoço e eu inalei o seu suave cheiro de suor e restos de seu perfume, queria dizer que eu estava bem, que ele não tinha mais que se preocupar, mas não achava minha voz ou muito menos as palavras certas para usar, apenas virei a cabeça minimamente possível e o beijei um pouco acima da orelha.

******

Três dias depois eu já conseguia andar, respira e falar sem sentir dor, não podia me abaixar ou fazer movimentos que exigisse muitos esforços por que minha cirurgia ainda era muito recente e eu podia abri algum ponto, eu não estava em repouso absoluta, mas uma das regras era não sair de casa e não ficar muito tempo em pé, segundo Tyler não seria problema, ele estava determinado a seguir as instruções da medica ao pé da letra.

Enquanto Tyler foi compra os meus remédios, meus pais me levaram para minha casa e foram embora logo eles não são muito de lidar com pessoas doentes e a preocupação deles estava me deixando estressada então pedi pra que me deixassem sozinha.

Antes do dia no banco quando eu pensava no momento em que fosse morrer eu achava que muita coisa fosse passar pela minha cabeça, como as minhas lembranças da vida ate aquele momento ou que eu fosse pensar em tudo o que eu ainda tinha pra viver, mas não poderia mais porque meu tempo tinha se esgotado, mas não, eu não pensei em nada a não ser naquele momento o fato de estar sangrando e de não estar sentindo nada, eu não pensei que estava morrendo, agora parece que foi tudo tão rápido que eu não tive tempo, mas naquele momento o tempo parecia ter parado para eu admira o sangue e não pensar em mais nada.

Macabro não?

Mas talvez eu não estivesse pensando na morte porque sabia que aquele não era meu fim, talvez quando chegar realmente há nossa hora as lembras ou um futuro que não vai existir passe por nossa mente, mas eu ainda não podia garantir isso, e nunca poderia garantir porque não poderia depois de morta vir aqui e falar para alguém todas as duvidas que o mundo tem sobre a morte.

A campainha toca e eu penso duas vezes antes de levantar e atender, mas quando o faço preferia ter ficado deitada.

- Melodie?

Colegas de quartoOnde histórias criam vida. Descubra agora