-Desculpe, mas quem é ela? - Ele chega na porta e eu abro a maçaneta, me coloca na cama e ajeita as muletas ao lado da mesma.
-Minha cunhada. - Ele suspira e da um sorriso de quem não gosta do que fala. -Tenho que suporta-la desde quando Carol se foi, felizmente ela até agora nunca meteu um dedo na minha vida desde o falecimento de sua irmã. - Ajeita meu travesseiro quando eu indico que vou sentar apoiada na cabeceira.
-Você gosta...
-Com toda a certeza não, ela até tentou algo comigo mas eu a despachei. - Ele fez uma careta, não me aguentei e dei risada, ele sorriu e me deu um beijo na testa. -Quer ficar mesmo aqui?
-Sim... - Suspirei.
-O que foi? - Ele se senta ao meu lado.
-Quero tomar banho, mas estou sem roupa, nos esquecemos...
-De ir na sua casa. - Ele completa minha frase e sorri. Se levanta e estica a mão. -Vamos então. - Ele me pegou no colo e saímos do quarto, nos deparamos com Luisa na porta.
-Vai ficar carregando-a para todos os lado? - Ela estava trocada, estava de rasteirinha, uma camiseta branca grudada no corpo e um short que quase mostrava seu útero, nem preciso continuar para saberem o que parecia.
-Está com ciúmes Luisa? - Ela da uma gargalhada forçada e me olha em seu colo.
-De uma novinha... - Ela aponta para mim. -Nunca! Confio no meu taco. - Ela faz sinal como se beijasse o ombro.
-Que taco Luisa? - Naquela hora foi eu que gargalhei e não foi forçado, somente percebi o que tinha feito quando vi o olhar dela me fuzilando.
-Do que ri menina? - Calei a boca na hora. Miguel me olha e sorri.
-Do taco que você perdeu cunhadinha, agora me dê licença que tenho coisas para fazer. - Ela bufava enquanto nos afastávamos dela e descíamos as escadas. Ele me colocou no chão e me entregou as muletas, fomos até o carro, ele abriu a porta e me ajudou a me ajeitar.
-Sua cunhada tem razão. - Ele me olhou. -Você não pode me carregar para todos os lados. - Ele sorriu.
-Mas como que fica a escada? - Me virei para ele dentro do carro.
-Ajeita um quarto no térreo. - Ele franzio a testa e fez não com a cabeça. -O que você quer com isso Miguel? - Ele fica em silêncio, estava dando até para ver sua cabeça pensando, sorri com aquilo.
-Ok, mas vou para o térreo junto. - Ele realmente queria estar ao meu lado, eu sabia do meu sentimento e ele estava piorando a situação querendo ficar ao meu lado desse jeito.
-Não precisa...
-Mas eu quero. - Levantei as mão em sinal de rendição.
-Ok, você é o dono da casa, você que manda. - Ele riu, o caminho de foi todo em silêncio até chegamos em casa.
Foi difícil entrar na casa, ver e sentir o perfume de minha mãe, cada canto tinha uma lembrança, cada segundo ali me fazia lembrar das situações que tive com ela, arrumei uma bolsa grande e coloquei minhas coisas dentro, Miguel me ajudou pois eu não aguentava ficar muito tempo em pé.
Sinto meu celular vibrar na cama indicando mensagem.
"Oi amiga, Seli e eu queremos passar na casa de Miguel para te ver, não conseguimos conversar no velório.
Obs: Ainda acho que deveria ficar na minha casa.
Bjs Mili"
-Milena e Seli querem me ver, eles podem ir na sua casa? - Miguel me olha depois de ajeitar uma calça na minha na bolsa.
-A casa também será sua enquanto você ficar lá, então seus amigos poderão te visitar a vontade, não se preocupe. - Ele volta e pega um creme de corpo que estava em cima da minha penteadeira e coloca em outra bolsa.
"Pode sim, em casa nos falamos.
Obs: Estou bem. Não se preocupe.
Bjs Lari"
-Vamos? - Ele fala fechando o zíper das bolsas.
Antes de sair, olhei a casa e suspirei, um dia eu voltaria, mas seria em um futuro sem previsão. Voltamos para casa em silêncio, Miguel arrumou o quarto no térreo e me ajudou a colocar as roupas nos móveis, Luisa não apareceu desde a hora que chegamos e resolvi dormir.
-Amiga! - Senti uma mão quente no meu ombro, abro os olhos e vejo Milena e Seli na minha frente. -Oie!
-Oi. - Me sentei e Seli ajeitou meu travesseiro nas minhas costas.
-Você está bem? - Seli me pergunta se sentando do lado da cama que estava vazia.
-Sim, só preciso de um banho, mas essa bota atrapalha tudo. - Eu aponto para a bota e Milena faz careta.
-Como você caiu da escada...Miguel te empurrou? - Ela levanta as sobrancelhas.
-Menos mal! - Falei involuntariamente me lembrando quando ele me respondeu que seria melhor a casa da amiga, fiquei furiosa e subi tão rápido que tropecei e cai, o resto todos sabem.
-Não vai dar certo você ficar aqui La...
-Me ajuda tomar banho Milena? - A corto na fala e ela vê que naquele assunto eu não queria tocar.
-Claro! - Ela suspira.
* * * *
Oieee
Tomara que tenham gostado.
Votem e comentem, não seja um leitor fantasma.
Bjo. ;)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Idade para ser o Pai
Teen FictionMiguel, um homem de quarenta anos e milionário, formoso e seguido por mulheres a onde vai. Larissa, uma menina de dezoito anos, com as responsabilidades já se mostrando em seu pequeno mundo e descobrindo um passado secreto em sua família. ...