Capítulo 12

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Voltamos para a casa de Miguel, Luisa e sua mãe saíram, Clara e eu conversamos o caminho todo sobre a faculdade, natal e ano novo.

-Podemos fazer um amigo secreto, que tal? - Clara fala enquanto Miguel pegava minhas muletas.

-Pode ser, tudo bem para você Lari? - Clara olha-o com as sobrancelhas levantadas.

-Sim, mas o meu vai ser lembrancinha, ja vou avisando. - Miguel sorriu e olhou para a mãe.

-Vocês são amigos a quanto tempo? - Clara pergunta com um tom de voz diferente.

-A pouco tempo, porquê mãe? - ela arregalou os olhos e logo em seguida semicerrou-os.

-Nada! - Miguel pega suas malas e coloca no chão em frente da porta da mansão. -Não se preocupe com dinheiro Larissa, vamos tirar os nomes e vamos as compras. - ela olha para os meus pés. -Quando tira isso? - Clara aponta para a bota enquanto estamos entrando na casa.

-Semana que vem...

-Primeira semana de dezembro então? - fiz que sim com a cabeça, Miguel sobe as escadas com as malas e nós fomos para a sala de estar.

Nos sentamos e um silêncio tomou conta do local, ela foi quem acabou com ele.

-Quantos anos você tem Larissa? - ela foi direta.

-Dezoito Clara! - ela sorri. -Irei fazer dezenove no dia que irei tirar isso. - apontei para a bota.

-Você devia ter me dito Lari. - Miguel se senta ao meu lado.

-Pra quê? - ele e Clara me olharam pasmos.

-Para comemorarmos ué... - eles estavam sendo muito gentis, mas eu não queria nada, pois todos os meus aniversários eram comemorados com um cupcake, um combinado entre eu e minha mãe.

-Não quero nada. - vi o olhar de Miguel se entristecer. -Prefiro assim Miguel. - Clara semicerrou os olhos quando segurei na mão de seu filho.

-Como vocês se conheceram? - sua pergunta tirou meu fôlego e o de Miguel.

-Como assim mãe? - Miguel afasta minha mão e se apoia em seus joelho.

-Como assim o quê Miguel Miller? - ela estava um pouco alterada. -Quero saber como você conheceu Larissa, pois desconfio que não foi pela mãe dela. - ele me olhou de cima a baixo e eu senti um frio na espinha.

-Na aula do João mãe, ele da aula para ela na faculdade. - ela sorri e me olha.

-Que bom. - ela se levanta. -Vou tirar essa roupa e escrever os nomes para o nosso amigo secreto. - me dá um beijo na bochecha e se afasta em direção a escada principal.

Miguel observou sua mãe se afastar e senti sua mão tocar minha perna direita, olhei-o não entendendo nada.

-Você me desculpa por eu ter omitido o fato de como nos conhecemos de verdade? - seus olhos me olhavam profundamente, senti um leve aperto na minha perna.

-Porquê você omitiu esse fato? - falei olhando sua mão na minha perna.

-Ela odeia manifestações, e pensaria que você estava no meio... - ele retira sua mão e encosta suas costas no sofá. -Temos que fazer ela gostar de você...

-Pra que precisa que ela goste de mim? - ele me olhou e realmente não entendi seu olhar.

-Talvez um dia você entenda. - eu entendia sim de certa forma, mas no fundo eu queria poder dizer o que sentia. -Você está bem? - acordei de meus pensamentos nessa hora.

-Sim...

-Você estava longe. - ele fala colocando seu braço esquerdo por detrás de mim. -Você querendo ou não, te darei um presente de aniversário. 

Seu rosto estava próximo a mim, seu braço já quase me puxava para perto de si, seus lábios estavam tão próximos a mim que pude sentir sua respiração, meu corpo dizia "se entregue, você não vê que ele também quer?", mas meu cérebro me afastava dele, sua outra mão tocou meu pescoço me puxando levemente mas um barulho fez ele pular do sofá e respirar ofegante, me virei para trás e vi Mustafá segurando um vaso grande que estava em um pedestal, para que não caísse.

-Desculpe senhor Miller, eu não queria atrapalhar. - Miguel suspirou aliviado sorriu para mim.

-Não se preocupe Mustafá, você não atrapalhou nada. - ele passou a mão na nuca, se aproximou de mim. -Você vai amar meu presente. - falou em meu ouvido e deu um beijo em minha testa. -Não deixe Luisa se aproximar dela Mustafá...

-Com todo o prazer senhor. - ele já havia colocado o vaso de volta.

Miguel me fitou e sorriu sem mostrar os dentes, me olhou por inteira, fiquei vermelha de vergonha quando fez isso, se afastou e me deixou sozinha novamente.

-Desculpe por ter atrapalhado Larissa. - ouço Mustafá sussurrando.

-E pra que está sussurrando? - falei vendo ele dar a volta no sofá e se sentar na poltrona ao lado.

-Foi automático... - ele disse de forma espontânea. -Desculpe a invasão de privacidade, mas que vocês estavam em um climão, vocês estavam. - ele fez careta.

-Isso dói muito Mustafá...

-Porquê? - ele fala se sentando no mesmo sofá que eu estava.

-Acho que estou amando-o. - vi um sorriso de orelha a orelha brotar em seu rosto.

* * * * *

Oiee

Pessoal, postarei novamente somente semana que vem, desculpe se foi pequeno, tomara que tenham gostado.

Votem e comentem, não seja um leitor fantasma por favor. Beijinhos.

Idade para ser o PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora