Minha mão tocava algo ou alguém, abri meus olhos e percebi que estava deitada em cima do peitoral de Miguel, seus braços estavam me envolvendo e estávamos cobertos com o cobertor.
-Bom dia! - ouço sua voz sonolenta.
-Bom dia! - me afasto deitando ao lado.
Nós viramos um de frente para o outro e ficamos nos olhando.
-Você está melhor? - ele puxa a coberta mais para cima, estava frio naquela manhã.
Me sentei e encostei na cabeceira.
-Sim, acabamos dormindo juntos... - ele esfrega os olhos e se senta me olhando.
-Fazia tempo que não dormia tão bem. - sacana ele, me falar isso.
-Porquê você me chamou de amor ontem? - ele arregalou os olhos e passou a mão na nuca.
-Melhor irmos tomar café da manhã, o pessoal deve estar esperando. - ele se levanta e se espreguiça.
-Você não me fala sobre meus pais, sobre você... - suspirei. -Vai ficar difícil nossa convivência desse jeito Miguel?
Ele não se pronunciou, deu a volta na cama, pegou minhas muletas e ajeitou-as, deu um beijo na minha testa e saiu do quarto.
Aquele seu silêncio me matava, cada vez mais eu me apaixonava por ele, eu precisava dar um jeito nisso.
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-Bom dia cunhada! - Rodrigo me abraça quando piso na cozinha.-Eu não tenho nada com Miguel. A não ser que queira algo comigo! - me sento vendo ele arregalar os olhos.
-Você me daria a honra? - Miguel abaixou a cabeça e fitou sua mão em cima da mesa.
-Talvez. - ele sorriu e olhou Miguel.
-Não sei que cara é essa mano, acabei de ver você saindo do quarto dela, tenho certeza que dormiu lá... - todos nos olharam, vi Mustafá sorrindo.
-A noite foi boa! - falei entusiasmada. -Não é Miguel? - ele me olha e semicerra os olhos.
Eu estava com tanta raiva que acho que falei demais, na altura do campeonato eu não pensava em mais nada.
-Com você chorando, não sei como foi boa. - levantei as sobrancelhas.
-Claro que foi, você até me chamou de amor...
-Vocês avançaram em? - Rodrigo arregala os olhos.
-Preciso ir, com licença! - Miguel se levanta e beija o topo da minha cabeça, abraça a mãe e sai da cozinha.
Um silêncio tomou conta do local, Clara me olhava de minuto em minuto, Luísa me observava séria.
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Tomei meu café da manhã e pedi para que Mustafá me ajudasse no quarto.-Então ele dormiu aqui? - Mustafá pergunta sentado ao meu lado e olhando meus livros da faculdade.
-Preferia que ele me odiasse do que ele ter feito aquilo comigo... - falei pensando que havia falado baixo, mas ele escutou.
-O que ele fez? - ele arregala os olhos.
-Na verdade nada, ele me chamou de amor...
-Puxa vida, Senhor Miller chamando você de amor? - Mustafá sorriu. -Ele deve estar perdidamente apaixonado por você, para não conseguir segurar.
-Não sei Mustafá! - fechei os cadernos e empilhei-os.
-Do que você tem medo? - aquela pergunta me fez pensar.
-Nessa altura do campeonato eu não tenho a mínima ideia de verdade. - ele ri.
-Tente explicar. - suspirei e vi que ele se ajeitou na cama me olhando.
-No começo eu achava que não poderia gostar dele, por ele ser mais velho, aí minha mãe morre, me mudo pra cá, conheço Luísa, você e Clara, Rodrigo aparece e finalmente quando eu penso que Miguel nunca havia olhado para mim... - eu fechei os olhos lembrando da noite passada. -Ele me chamou de amor e dormimos abraçados...
-E com toda certeza você aproveitou ou tirou uma lasquinha... - aquilo me fez dar um sorriso de lado inconsciente. -Eu sabia! - ele aponta para mim e cai na risada.
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Miguel
-No começo eu achava que não poderia gostar dele, por ele ser mais velho, aí minha mãe morre, me mudo pra cá, conheço Luísa, você e Clara, Rodrigo aparece e finalmente quando eu penso que Miguel nunca havia olhado para mim... - há um silêncio e ela termina. -Ele me chamou de amor e dormimos abraçados.Me afastei da porta, caminhei até meu escritório e me sentei na minha cadeira, fiquei virando a cadeira de um lado para o outro, se alguém visse a cena acharia que eu parecia uma criança.
Ouvir os pensamentos de Larissa me deixou diferente, me lembrei da primeira vez que á vi na multidão, ela estava caída no chão tentando se levantar, seu cabelo solto se enroscava nos pés das pessoas no chão fazendo-a permanecer ali, me aproximei e puxei-a para cima, quando seus olhos se encontraram com os meus meu corpo estremeceu, meu coração acelerou de tal maneira que minha respiração ficou ofegante e antes que eu não respondesse por mim eu tirei-a de lá e me afastei, pois nunca havia sentido aquilo antes.
Ouvi batidas na porta e Luísa entrou devagar, ela vestia uma calça jeans preta, bota de salto, camiseta branca com uma jaqueta de couro preta por cima, cabelos soltos e seu coldre estava à mostra.
-Já vai Lu? - ela sorri.
-Você promete que vai protegê-la? - ela se apoia na mesa com as duas mãos. Seu olhar era de preocupação e eu dava razão, as circunstâncias precisavam daquilo.
-Fique tranquila Lu, ela estará bem aqui... - ela dá um suspiro de alívio e sorri.
-Tomara que sua mãe não meta dedo na relação de vocês, gostei dela, e amaria vê-los no altar juntos. - eu sorri e vi ela saindo da sala, Luíza é legal pena que não pode se mostrar de verdade para Larissa, as duas se dariam bem.
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Que saudade de publicar, resolvi dar uma quebrada na pausa, não suportei as ideias e resolvi publicar.E aí quero saber, o que acharam de Luíza?
Votem e comentem
Bjs
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Idade para ser o Pai
Teen FictionMiguel, um homem de quarenta anos e milionário, formoso e seguido por mulheres a onde vai. Larissa, uma menina de dezoito anos, com as responsabilidades já se mostrando em seu pequeno mundo e descobrindo um passado secreto em sua família. ...