Idade para ser o Pai

Capítulo 16

Acordei na manhã de segunda cansada, a conversa com Mustafá ontem foi boa, mas falar de Miguel me deixava meio que deprimida.

Quando estou perto dele meu corpo pede por ele e minha consciência me faz escolher a razão, tenho somente dezoito e ele quarenta, se isso é errado eu sou literalmente uma delinquente pois desejo-o de corpo e alma.

Meu celular vibra tirando-me de meus pensamentos.

"Você terá o mesmo destino dela!
DC"

A mensagem apareceu na tela do celular, li e reli aquilo milhões de vezes, estava começando a me preocupar, de qual destino se tratava, de quem aquela mensagem estava falando?

Peguei o celular, coloquei no bolso da calça pijama e me levantei, peguei as muletas e sai do quarto encontrando Miguel no corredor.

-Bom di... - ele franzi o cenho. -Você está bem? - toca meu braço preocupado.

-Olha isso! - peguei meu celular e mostrei-lhe a mensagem.

Miguel leu e arregalou os olhos, me olhou e vi uma raiva tomar conta dele, nunca havia visto ele daquela maneira.

-Não vou deixar que nada lhe aconteça.. - sua voz saiu autoritária e firme.

-Bom dia pombinhos! - Rodrigo aparece e some com o sorriso no rosto quando vê Miguel. -O que houve Miguel?

-Liga para Luísa, precisamos de ajuda... - Rodrigo me olha, dá um sorriso de ternura e beija minha testa.

-Tudo vai ficar bem viu? - ele olha o irmão e sai digitando no celular.

-Você vai me explicar o que houve? - falei depois de quase não ter entendido nada.

-Vamos às compras! - ele fala entusiasmado.

-Como? - ele sorri.

-Você precisa de um celular novo...

-Mas esse... - aponto para o aparelho em sua mão que minutos depois foi arremessado na parede e caiu em pedaços no chão, fiquei atônita.

-Fique tranquila, existe melhores, vamos? - realmente não entendi nada.

Miguel, Luísa, Roberto e esse tal de DC já estavam me deixando louca, minha vida virou de cabeça para baixo depois que conheci Miguel e não estava gostando muito do rumo que tomava.

Descemos para o café da manhã e Mustafá havia preparado panquecas, Rodrigo estava ao telefone do qual abaixou o tom de voz quando eu entrei na cozinha.

-Ok Luísa, te aguardo! - desliga o telefone e sorri para mim. -Soube que seu aniversário é quinta Larissa, dezenove certo? - fiz sim com a cabeça e sorri. -Só não te dou presente porque meu irmão já vai te dar e tomara que goste. - ele pisca e dá uma gargalhada.

-Cala boca maninho! - Miguel fala entre os dentes e Rodrigo faz sinal de rendição.

-Vai comprar um celular novo para ela? - Rodrigo fala sem me olhar.

-Sim, antes da faculdade, Luíza vai mandar alguém? - Rodrigo assentiu.

-Vocês vão falar algo para mim? - tentei falar calma e os dois me fitaram.

-Você saberá na hora certa! - Rodrigo fala autoritário.

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Passei a tarde no meu quarto aprontando meu material e estudando, até que batidas na porta me cortam alguns pensamentos de certo quarentão.

-Lari? - Miguel entra e sorri quando seus olhos alcançam os meus.

-Oi. - vejo um homem branco, alto, careca, de terno e com uma escuta na orelha entrando com ele, parecia frio o homem.

-Essa é a senhorita Simal, será a sua protegida. - ele estica a mão e me cumprimenta.

-Prazer senhorita! - sem sorriso algum ele fica em posição.

-Seu segurança Larissa! - olho para o homem pasma. -Chamamos ele de Montanha. - ele sorri e o tal Montanha sai do quarto.

-Para que isso Miguel? - me levanto apoiada nele, como eu odiava aquela bota.

Miguel me segura na cintura de frente para ele e me aproxima de seu rosto, conseguia sentir sua respiração e percebi que estava ofegante.

-Sua proteção é meu dever Larissa! - ele me puxa em um abraço, minha cabeça pousava em seu peitoral e suas mãos faziam carinho em minhas costas. -Não quero te perder, linda!

Pelo jeito os apelidos e carinhos não iriam parar e eu teria que me acostumar.

Seu corpo perto do meu me fazia delirar, se eu continuasse ali eu não responderia por mim então me afastei com um sorriso no rosto.

-Você me deve um celular! - ele dá uma risada contida e pega em minha mão direita beijando as costas da mesma.

-Se troque que depois vai direto para a faculdade, que graças é os últimos dias... - dei risada e me sentei na cama vendo ele sair do quarto.

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Depois de comprarmos um celular novo, entramos no carro e fomos para a faculdade, começou a chover então como estávamos adiantados, ficamos conversando no veículo.

-Quantos anos de diferença havia entre você e sua mulher? - acho que essa pergunta o pegou desprevenido pois seu olhar era indecifrável.

-Três anos mais nova que eu, qual a razão dessa pergunta? - ele tenta se ajeitar de frente para mim.

-Nada, somente curiosidade. - ele semicerrou os olhos me fitando.

-Você não pensa em se casar novamente? - minha boca sem dono fala de novo, tenho que me controlar.

-Sim, somente se a mulher que eu escolher também me quiser com a mesma intensidade de como a quero... - aquilo fez gelar minha espinha, um arrepio percorreu todo meu corpo, sua pupila se dilatou me olhando, meu coração acelerou.

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Como estou ansiosa por eles.

E aí? Palpites de quem é DC?

Votem e comentem, não seja um leitor fantasma.

Bjs